580 mil euros em dinheiro, 21 telemóveis, duas metralhadores e cinco pistolas e seis relógios de luxo foram alguns dos bens apreendidos pela PSP numa operação de combate ao tráfico de estupefacientes na região da Grande Lisboa e que foram mostrados esta terça-feira à comunicação social.(Clique na galeria em baixo para ver as imagens do fotojornalista Leonado Negrão).Para a PJ, esta operação permitiu o desmantelamento de uma organização criminosa “altamente sofisticada e perigosa" que que exigiu que os polícias estivessem “altamente armados, reforçados, quer na intervenção e na realização de todas as diligências”.Na operação, que decorreu entre os dias 17 e 20 de outubro, foram cumpridas 5 buscas domiciliárias, 4 buscas a armazéns e 3 buscas a garagens, nas zonas de Alcácer do Sal, Almada e Charneca da Caparica (concelho de Almada), Belas (concelho de Sintra), Corroios, Fernão Ferro e Foros de Amora (concelho do Seixal), Montijo e Sarilhos Grandes (concelho do Montijo).Sete homens - seis portugueses e um estrangeiro, com idades compreendidas entre os 27 e os 50 anos - foram detidos, indiciados pela prática do crime de tráfico de estupefacientes agravado, associação criminosa e detenção, uso e porte de arma proibida. Presentes à Autoridade Judiciária competente na segunda.feira, 20, ficaram em prisão preventiva..Prisão preventiva para os sete detidos em megaoperação da PSP contra o tráfico de droga. Além dos 5800 quilos de haxixe, que constitui a maior quantidade de droga apreendida pela PSP, com um valor estimado no mercado ilícito superior a vários milhões de euros, foram apreendidas 10 viaturas, duas lanchas rápidas,, seis embarcações, 21 motres de alta potência, painéis solares, inibidores de comunicações e armas e munições.A investigação foi desenvolvida pela PSP, ao longo dos últimos 8 meses, sob a direção da 1.ª Secção do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa. "Durante a investigação, os arguidos foram fortemente indiciados de integrarem uma organização criminosa que se dedica à aquisição para posterior venda de elevada quantidade de haxixe na zona da Grande Lisboa, utilizando instalações para armazenamento do produto estupefaciente, localizadas em zonas facilitadoras do seu transporte por água e possuindo armamento, equipamento de comunicações e apoio logístico que demonstram um elevado grau de sofisticação e perigosidade", explicou a PSP em comunicado, mostrando-se convicta de que "conseguiu interromper o fluxo de distribuição de haxixe para redes criminosas em todo o País".Questionado se esta investigação foi feita à revelia da Polícia Judiciária, que segundo a lei tem a competência reservada para investigar o tráfico de droga, Luís Elias respondeu: “A direção do inquérito compete ao Ministério Público. A PSP enquanto órgão de policia criminal efetuou todo este inquérito, estas investigações, sob a direção do MP e foram cumpridos os protocolos previstos”.O responsável disse ainda que “foram comunicadas as identidades dos principais suspeitos à PJ em momento oportuno”.*com Lusa