5 mulheres detidas por promoverem venda de casas sem conhecimento dos donos. Prejuízos de 7 milhões de euros

5 mulheres detidas por promoverem venda de casas sem conhecimento dos donos. Prejuízos de 7 milhões de euros

Vítimas eram essencialmente investidores estrangeiros, que, convictos da legitimidade do negócio, entragaram a uma empresária do setor imobiliário elevadas quantias como sinal.
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A Polícia Judiciária (PJ) anunciou esta quinta-feira a detenção de cinco mulheres suspeitas de uma burla no setor imobiliário no Algarve. Estas mulheres terão promovido a venda de imóveis sem o conhecimento dos donos, tendo provocado prejuízos acima dos sete milhões de euros. São suspeitas de burla qualificada, falsificação de documentos e branqueamento de capitais.

De acordo com a PJ, que admite a existência de outras vítimas além das já identificadas na investigação, a atividade destas mulheres decorreu durante pelo menos um ano.

A investigação da PJ centrou-se numa empresária do setor imobiliário, que de forma online promoveu a venda de imóveis na região do Algarve, "essencialmente junto de investidores estrangeiros, sem o conhecimento dos seus proprietários, os quais foram surpreendidos com a existência de registos provisórios de venda das suas propriedades".

"A suspeita celebrou contratos de promessa de compra e venda desses imóveis em escritórios de Solicitadoras localizadas na região do Algarve ou através de documentos por estas autenticados, sem conhecimento ou a intervenção dos proprietários dos imóveis", diz a PJ em comunicado.

Os "compradores", convictos da legitimidade do negócio, "chegaram a entregar-lhe um montante superior a um milhão de euros" como sinal para a aquisição.

Na operação "Chave na Mão", a PJ realizou três buscas domiciliárias e quatro buscas em escritórios de Solicitador, "nas quais foi apreendido um elevado acervo documental probatório, equipamento informático, valores em numerário e joias".

Nestas buscas foram encontrados documentos que fazem crer que existem mais vítimas. Foram "percecionadas tentativas de contacto de supostos clientes" e verificou-se, "nos últimos dias, a formalização de novas queixas, por pagamentos de mais de dois milhões e setecentos mil euros", diz a PJ.

As cinco suspeitas irão ser presentes a primeiro interrogatório judicial com vista à aplicação de medidas de coação.

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