Turismo de Portugal "não é diretamente visado" nas buscas da PJ
O Turismo de Portugal esclareceu hoje que "não é diretamente visado" na operação de buscas da Polícia Judiciária efetuadas na sua sede, em Lisboa.
"O Turismo de Portugal confirma a realização, no dia de hoje, de buscas judiciárias na sua sede em Lisboa, no âmbito de investigações em curso levadas a cabo pelas autoridades competentes e nas quais não é diretamente visado", refere a entidade num comunicado enviado à Lusa.
Na sequência desta operação judicial, "o organismo manifestou a sua total disponibilidade e colaboração com as autoridades, de acordo com os valores do rigor e transparência que regem a sua atividade", acrescenta ainda o comunicado.
Entretanto, a Procuradoria-Geral da República adiantou que as buscas são diligências realizadas no âmbito de um inquérito do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa. "Em causa estão suspeitas da prática dos crimes de corrupção, abuso de poder e participação económica em negócio", lê-se no comunicado.
De acordo com a informação divulgada pelo DN, a Polícia Judiciária realizou, durante o dia de hoje, buscas no Turismo de Portugal.
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Segundo informações recolhidas pelo DN, os inspetores da Unidade Nacional contra a Corrupção (UNCC) recolheram documentação sobre contratos e adjudicações sobre a promoção do turismo português no estrangeiro, sobretudo no Brasil.
No centro das suspeitas estará um ex-elemento do conselho de administração deste instituto público, que terá distribuído adjudicações por empresários que lhe eram próximos.
O Turismo de Portugal é atualmente liderado por Luís Araújo, que sucedeu no cargo a João Cotrim de Figueiredo.
(Notícia atualizada às 20:47)