Secretas informadas do assalto antes de divulgação da informação

Responsável do SIRP disse que teve conhecimento através da "comunicação social", mas terá havido uma reunião antes na qual se falou do caso

O secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) afirmou que soube do furto de Tancos através do Serviço de Informações de Segurança, e que este serviço tomou conhecimento através da comunicação social. No entanto, o Expresso e o Observador avançam hoje que antes de a informação ter sido divulgada aos media houve uma reunião de segurança do Centro de Informações e Segurança Militares em que o caso foi abordado.

De acordo com as informações avançadas hoje pelos dois meios de informação, a reunião aconteceu às 10.00 de dia 29, uma quinta-feira, antes de o Exército ter divulgado um comunicado em que dava conta do assalto, na noite anterior, aos paióis de Tancos. Nesse encontro estavam presentes elementos da GNR, da Polícia Judiciária Militar, dos serviços de informações do Exército e do SIS e do SIED. Segundo o Observador, só a PSP faltou.

De acordo com esta mesma fonte, nessa reunião de segurança do Centro de Informações e Segurança Militares falou-se do roubo de material de guerra em Tancos e trocaram-se informações acerca do armamento levado. O Expresso avança que a informação foi passada aos presentes pela Polícia Judiciária Militar.

A reunião foi curta - de cerca de meia hora -, segundo as mesmas fontes. E pouco depois, antes ainda das 11:30, o Exército enviou o comunicado às redações em que dava conta do assalto aos paióis de Tancos.

Na quinta-feira passada, na comissão de Defesa Nacional, no Parlamento, o secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), Júlio Pereira, disse que tomou conhecimento do furto a 29 de junho através do Serviço de Informações de Segurança (SIS), e que este serviço só soube do facto pela comunicação social no mesmo dia.

Contactados pelo Expresso e pelo Observador, o SIRP respondeu que o secretário-geral já deu todos os esclarecimentos que tinha a dar no Parlamento, e a Polícia Judiciária Militar, confirmando a reunião, recusou adiantar os temas abordados.

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