MP quer que Ricardo Salgado seja constituído arguido no caso EDP
Manuel Pinho, ex-ministro da Economia, terá recebido um milhão de euros que, segundo os procuradores do DCIAP, foram para beneficiar o BES e a EDP
Carlos Casimiro e Hugo Neto, procuradores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) querem que a Polícia Judiciária (PJ) constitua Ricardo Salgado, antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES), como arguido no chamado caso EDP.
A investigação incide sobre benefícios - que serão de mais de 1,2 milhões de euros - dados, alegadamente, à EDP por Manuel Pinho, que foi ministro da Economia no Governo de José Sócrates, diz o Observador.
Estarão em causa, segundo o mesmo jornal, pagamentos que superam o milhão de euros, realizados entre 18 de outubro de 2006 e 20 de junho de 2012, a uma sociedade offshore de Manuel Pinho, a Tartaruga Foundation, com sede no Panamá, pela Espírito Santo Enterpreises, outra offshore com sede nas Ilhas Virgens Britânicas.
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Os procuradores consideram que os pagamentos tinham como objetivo o benefício de grupos empresariais (Banco Espírito Santo/Grupo Espírito Santo) e a EDP, durante o tempo em que Manuel Pinho "exerceu tais funções públicas".
Neste período, Manuel Pinho foi ministro da Economia entre março de 2005 e julho de 2009. Assim, terá recebido 508 mil euros neste espaço de tempo, em transferências de quase 15 mil euros por mês.