Dirigente do PS critica escolha de Lacerda Machado

Num artigo de opinião intitulado "Temos paquidermes na loja", António Galamba critica os exemplos de "confusão entre política e negócios"

António Galamba, membro da comissão política do PS e elemento da direção de António José Seguro no PS, critica, esta quinta-feira, num artigo de opinião no jornal i, os casos de "confusão entre política e negócios", denunciando a intervenção do "amigo de Costa", Diogo Lacerda Machado, na compra dos helicópteros Kamov ou na adjudicação do Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP).

"Não há opacidade má de direita e opacidade boa de esquerda. Há falta de transparência, de rigor, na gestão da coisa pública, e a expectativa de que os portugueses possam ser tomados por parvo, pro bono ou por 2 mil euros brutos", escreveu Galamba no texto intitulado de "Temos paquiderme na loja".

Enquanto ministro da Administração Interna, António Costa tentou anular o concurso do SIRESP, adjudicado a uma empresa do antigo grupo Sociedade Lusa de Negócios, proprietária do ex-BPN. O caso acabaria por terminar com a renegociação desta parceria público-privada- Lacerda Machado representou a Motorolla, a empresa que vendeu os aparelhos de comunicações.

No caso do aviões Kamov de combate a incêndios, o "amigo de Costa" integrou o júri do concurso internacional, responsável pela compra das aeronaves. "Era bom que o alegado novo tempo trouxesse mais transparência e mais escrutínio popular", defendeu ainda o socialista no artigo de opinião, acrescentando que "o primeiro-ministro defendeu um novo patamar de referência para futuro. Certamente tudo será diferente, transparente e sem ziguezagues em função da salvaguarda da manutenção do poder pessoal".

Entretanto, o Correio da Manhã escreve que Diogo Lacerda Machado ganhou, já este ano, três ajustes diretos feitos por entidades públicas. No ano passado, o advogado ganhou 445 mil euros em contratos com o Estado.

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