Marques Mendes elege Santos Silva como o melhor ministro
Foi com uma "nota globalmente positiva" que Marques Mendes avaliou, ontem no habitual espaço de comentário da SIC, um ano de governo de António Costa. Marques Mendes acrescentou porém que a nota atribuída só é possível face a uma "ajuda inestimável" que o executivo de António Costa teve, a de Marcelo Rebelo de Sousa. Numa apreciação individual, o comentador considerou Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, como o "melhor", o "pensamento mais sólido dentro do governo".
Na lista de Marques Mendes, seguem-se Maria Leitão Marques, ministra da Presidência e Modernização Administrativa, afirmando que o Simplex lhe "garante qualidade e eficácia"; Matos Fernandes, ministro do Ambiente - "no caso da Uber mostrou o que não é habitual, coragem e espírito reformista"; Adalberto Campos Fernandes, ministro da Saúde, que Mendes classificou como um governante "tecnicamente sólido" a fazer "omeletes sem ovos" e, por fim, Vieira da Silva, ministro do Trabalho e Segurança Social, que "apesar de menos reformista do que o habitual, é um peso pesado".
Para o fim da lista, Marques Mendes deixou Capoulas Santos e Ana Paula Vitorino, Tiago Brandão Rodrigues, Manuel Caldeira Cabral e Luís Castro Mendes. A meio (os "satisfazem") estãoo Mário Centeno, Francisca Van Dunnen, Azeredo Lopes, Constança Urbano de Sousa, Manuel Heitor, Eduardo cabrita e Pedro Marques.
Depois dos Bons, Suficientes e os maus, Mendes trouxe para o primeiro plano do governo Pedro Nuno Santos, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, o "responsável pela geringonça funcionar bem". "Melhor do que se esperava", declarou o comentador, dizendo que tal se deve a Pedro Nuno Santos, que está "a acumular prestígio para ser o próximo líder do PS".
O comentador também sublinhou o papel de António Costa, o "abono de família do governo", porque aproveita a "boa relação política com o Presidente da República" e mantém o "PCP e o BE domesticados". Para Mendes, Costa vai avançar sozinho nas próximas eleições legislativas, tentando ganhar com maioria absoluta. No ano seguinte, em 2020, o PS não apresentará candidato a Belém, "como contrapartida de uma boa cooperação institucional", afirmou Mendes. No fundo, recordou, António Costa irá copiar Cavaco entre 1986 e 1991, e assim "governará oito anos seguidos".