Magistrados do Ministério Público fizeram buscas no Ministério das Finanças
Magistrados do Ministério Público fizeram na sexta-feira de manhã buscas no Ministério das Finanças, confirmou hoje à Lusa fonte do gabinete do ministro Mário Centeno.
Ao DN, fonte da PGR confirmou a realização de buscas "para recolha de prova documental no âmbito de um inquérito em investigação no DIAP de Lisboa". O inquérito não tem arguidos constituídos e está em segredo de justiça. A mesma fonte precisou que as buscas não foram especificamente no gabinete do ministro Mário Centeno, referindo apenas que se realizaram no Ministério das Finanças.
A notícia das buscas foi avançada pelo Correio da Manhã (CM, na sua edição de hoje, não se conhecendo qual o motivo da ação dos magistrados. A revista Sábado adianta que o Ministério Público estará a investigar suspeitas de favorecimento a uma empresa do filho do presidente do SL Benfica, Luís Filipe Vieira. De acordo com a revista, o MP quer saber se Luís Filipe Vieira "apenas meteu uma 'cunha' para apressar um processo de isenção de IMI relativo a uma empresa do filho ou se o caso pode envolver crimes".
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Fonte do ministério confirmou à agência Lusa "a realização de ações inspetivas", garantiu a colaboração "de forma franca", colocando "à disposição das autoridades judiciárias todos os elementos solicitados".
O executivo não revela o motivo das "ações inspetivas", "respeitando o segredo de Justiça", ainda segundo a mesma fonte.
Na sua edição de hoje, o CM noticia as buscas, afirmando que foram feitas por magistrados da 9.ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), que lida com o crime económico.
O jornal não adianta o motivo das buscas, mas lembra que se encontram em investigações processos ligados à Operação Ciclone, envolvendo a EDP e a REN quanto ao Mecanismo dos Custos para a Manutenção de Equilíbrio Contratual (CMEC) ou ainda o caso das viagens de membros do Governo a França para assistir a jogos do europeu de futebol, em 2016.