Cocktail nos Jerónimos a 7500 euros. Panteão mais caro e só para eventos culturais

Novo regulamento para realização de eventos em monumentos está pronto. Só falta assinatura de Centeno
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Um jantar da Web Summit no Panteão Nacional, em novembro, levou o Governo a anunciar a elaboração de um novo regulamento para a realização de eventos em monumentos. Esse documento está pronto (falta apenas a assinatura do ministro das Finanças, Mário Centeno), segundo avança o Expresso, e é mais brando do que inicialmente se adivinhou: os mosteiros dos Jerónimos e da Batalha continuam a estar a abertos a iniciativas com caráter festivo, ainda que com limitações; o Panteão está quatro vezes mais caro e apenas disponível para iniciativas de âmbito cultural.

Segundo os dados avançados pelo Expresso, o Panteão Nacional não poderá acolher iniciativas de caráter social, académico, empresarial, festas ou cocktails. O monumento, onde estão os túmulos de grandes figuras nacionais, só estará disponível para eventos culturais e será mais caro: o corpo central aumenta dos mil para os cinco mil euros; o coro alto e a sala sul aumentam dos 750 para os mil euros; o terraço passa a custar quatro mil euros em vez de mil; e o adro mantém-se nos 1500 euros.

Nos Jerónimos, de acordo com o semanário, só se poderão realizar cocktails no antigo refeitório por 7500 euros. O local estará vedado a jantares, tal como os claustros, cuja capacidade máxima está agora limitada a 470 pessoas.

No Mosteiro da Batalha, o jantar no Claustro D. Afonso V, para 500 pessoas no máximo, custará três mil euros, e um cocktail sairá a metade do preço. Nas Capelas Imperfeitas, a organização de um jantar custará 400 euros e de um cocktail 250.

O ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, disse esta terça-feira que a utilização do Panteão Nacional, à semelhança de outros monumentos que "honrem a memória da nação", será "fortemente restringida", no âmbito da revisão da sua regulamentação.

Em novembro, após a polémica com o jantar da Web Summit no Panteão Nacional, o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, anunciou uma nova regulamentação para usos privados de espaços museológicos e de "memória da nação".

"Relativamente a espaços como o Panteão [Nacional] e todas as instituições que honrem a memória da nação e dos seus mortos, é evidente que será restringido, e fortemente restringido, o uso para fins privados ou festivos, desses locais que são de memória, de história, de recolhimento", disse.

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