Ventura responsabiliza Carlos Moedas pelos confrontos da extrema-direita no 25 de Abril
O líder do Chega, André Ventura, responsabilizou este sábado o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, pelos desacatos registados durante os festejos do 25 de Abril, envolvendo movimentos de extrema-direita e antifascistas, que levaram à intervenção da polícia no Largo de São Domingos, em Lisboa.
Em conferência de imprensa, Ventura criticou a decisão da autarquia lisboeta de proibir concentrações de grupos da extrema-direita, alegando que a Câmara cedeu à "pressão pública, sobretudo da esquerda política", ignorando na sua intervenção o facto de as autoridades policiais terem dado parecer negativo à concentração convocada pelo Ergue-te.
Para o líder do Chega, a proibição "num dia de liberdade parece ou assemelha-se a censura" e expôs manifestantes, jornalistas e forças de segurança a riscos "absolutamente desnecessários".
Ventura afirmou que a Câmara deveria ter garantido as manifestações de forma segura, em articulação com as autoridades policiais, em vez de proibir os ajuntamentos. "A responsabilidade dos desacatos é inteiramente de Carlos Moedas", frisou.
Na sequência dos confrontos, dois polícias ficaram feridos e três pessoas foram detidas, entre elas o ex-juiz Rui Fonseca e Castro e o militante de extrema-direita Mário Machado, que terão de se apresentar perante o Ministério Público na segunda-feira, no Campus da Justiça.
Chega quer chamar ministra da Saúde ao Parlamento
O presidente do Chega questionou também "onde raio anda a ministra da Saúde" perante os serviços de urgência encerrados e anunciou que o partido vai procurar chamar de urgência Ana Paula Martins ao parlamento na próxima semana.
"Tivemos este sábado sete urgências encerradas no país", sublinhou André Ventura, numa conferência de imprensa na sede do partido.
"Não sabemos o que pensa a ministra da Saúde e não sabemos como vão resolver o problema, isto é o drama verdadeiro de um Governo incompetente e ausente", porque "não tratou de num ano fazer o que António Costa não fez".
* com Lusa