O congresso da Tendência Sindical Socialista da UGT recandidatou Mário Mourão para secretário-geral da central sindical, cargo que ocupa desde 2022, de acordo com uma resolução, aprovada por unanimidade.Assim, a Resolução Programática do IX Congresso da Tendência Sindical Socialista (TSS) da UGT (TSS/UGT), “realizado no dia 22 de novembro de 2025, e aprovada por unanimidade e aclamação”, decidiu avançar com esta recandidatura, acreditando que é “o compromisso de uma liderança que acredita na força do trabalho, na solidariedade socialista e no futuro do socialismo democrático”.No documento, a TSS reconheceu que o sindicalismo “atravessa grandes desafios, de representatividade e de capacidade de influência social” e que não pode “ficar preso a modelos de organização do passado”.Apontando questões como a tecnologia e o trabalho cada vez mais precário, os TSS destacaram a perda de centralidade do trabalho na vida democrática e “o afastamento entre sindicatos e novas gerações” como alguns dos aspetos que mais desafios trazem à atividade sindical.“Os jovens trabalhadores vivem realidades profundamente diferentes das que moldaram o sindicalismo tradicional: vínculos instáveis, múltiplos empregos, rendimentos irregulares, trabalho de plataforma, estágios sucessivos e carreiras fragmentadas. Muitos não se veem representados ou não compreendem a relevância dos sindicatos”, destacou, apontando que “reconquistar esta geração é crucial e implica reconstruir linguagem, formatos de participação e modelos de organização mais flexíveis, digitais, descentralizados e inclusivos”.A resolução não deixa de apontar ainda “reformas laborais que fragilizam a negociação coletiva, que ampliam a precariedade ou que aumentar a rigidez sem proteger verdadeiramente os trabalhadores”, assim como “a fragmentação do próprio movimento sindical”.Para a TSS da UGT, outro desafio é a “crescente pressão económica sobre os trabalhadores” e a renovação do sindicalismo.Esta recandidatura propõem-se a atacar estes problemas, nomeadamente através da defesa ativa dos direitos laborais e da negociação coletiva, da promoção da igualdade e combate às desigualdades, intervenção política e diálogo social, entre outras linhas de ação.“Estas linhas estratégicas definem o quadro de ação dos sindicalistas socialistas: um sindicalismo moderno, inclusivo e estrategicamente orientado, que reafirma a centralidade do trabalho, defende direitos, promove igualdade e constrói justiça social”, destacou.Para a entidade, funcionam como “orientação para cada decisão, cada negociação, cada campanha e cada iniciativa do movimento, garantindo que a UGT e a Tendência Sindical Socialista se mantenham na vanguarda da defesa do trabalho digno e do futuro dos trabalhadores”..UGT entrega pré-aviso de greve mas mantém disponibilidade para diálogo.Mário Mourão quer que Governo dê exemplo e aumente salários da função pública