O primeiro frente a frente que antecede as eleições Presidenciais de 2026 acontece esta segunda-feira, 17 de novembro, às 21h00, na TVI, entre o antigo líder do PS António José Seguro e o líder do Chega, André Ventura, que trazem no currículo perspetivas políticas diferentes e que se afastam mais do que a ideologia sugere: o primeiro assume-se como sendo de “esquerda moderna” e o segundo como representante da direita conservadora com a missão de combater a corrupção.Ontem, na véspera do duelo que inaugura todos os outros no âmbito da sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa, Seguro teve um dia mais recatado, entre um “almoço de família”, o jogo de Portugal e “telefonemas”, garantiu ao DN fonte próxima do candidato. No mesmo dia, anunciou também que a mandatária nacional para a sua campanha seria Maria do Carmo Fonseca, a vencedora do Prémio Pessoa em 2010, que é investigadora em Medicina Molecular e professora catedrática na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Sobre a cientista, um comunicado da campanha de Seguro descreve-a como “uma figura maior da cultura científica portuguesa”, para além de ser “uma mulher face aos homens que todos os outros escolheram”.Já esta segunda-feira, 17 de novembro, esta calma antes do duelo será interrompida apenas por “mais umas opiniões” que Seguro vai ouvir antes do encontro com Ventura. No entanto, no sábado passado, António José Seguro, em Aveiro, no encerramento da Convenção para a Democracia, também deixou algumas advertências sobre o que esperar dele, com a garantia de que seria um candidato “exigente com a lei e a ética”.O “abanão popular”André Ventura, na véspera do primeiro duelo presidencial, andou por Águeda, numa ação que tinha como objetivo medir o pulso aos comerciantes locais, e optou por deixar palavras de proximidade para com a luta dos bombeiros, que se queixam de falta de respostas do Governo, e lamentou que Portugal seja “um país que dá dinheiro para as websummits, que dá dinheiro para as subvenções políticas dos partidos, que dá dinheiro para integrar minorias, mas não dá dinheiro para os bombeiros”.Com esta ideia vincada, Ventura criticou o candidato presidencial Luís Marques Mendes por ter considerado, no dia anterior, que o líder do Chega não tem “nível” para ser chefe de Estado.De forma retórica, questionou se, para o candidato apoiado pelo PSD, ter nível para ser chefe de Estado “é fazer parte do mesmo sistema de elites de há 50 anos”.Questionado sobre que motivos tem o povo para votar nele, Ventura, para além de criticar ataques pessoais que lhe são dirigidos, acabou por afirmar que o país precisa “de um presidente que represente pela primeira vez um abanão no sistema”.“Estamos fartos destas elites que nos governam há anos, que têm feito o mesmo sempre e do qual não temos saído”, vincou, mostrando o que vai levar para o debate de hoje..Debates presidenciais arrancam, mas "grande massa dos eleitores está desligada".Presidenciais: Debates vão decorrer tal como previsto nos três canais generalistas