O objetivo do Governo com a reforma administrativa anunciada não passa por uma redução do Estado, mas por uma modernização para que a "burocracia excessiva" deixe de ser um "obstáculo silencioso ao progresso, que trava o investimento, mina a confiança e compromete a tomada de decisões vitais para os nosso países", disse o ministro Gonçalo Saraiva Matias na abertura do 13.º Fórum de Lisboa, na manhã desta quarta-feira, 2 de julho.Numa das suas primeira intervenções públicas desde que assumiu o cargo de ministro Adjunto e para a Reforma do Estado, Gonçalo Saraiva Matias afirmou que o Governo está "a trabalhar numa reforma administrativa assente na simplificação, digitalização, articulação e responsabilização, não para reduzir o Estado, mas para fortalecer a sua relevância e legitimidade".Seguindo um dos temas centrais do encontro, o ministro afirmou que não se pode "admitir que a máquina pública seja um labirinto onde se perdem tempo, recursos e esperança". E destacou que "os cidadãos e as empresas pedem algo elementar: que o Estado funcione"..Sem detalhar como vai conduzir as políticas desta nova pasta dentro do Governo, o ministro referiu apenas que será preciso "revisitar o passado" para avaliar o que pode melhorar e o que precisa mudar dentro de um "sistema administrativo denso", mas indicou que a "simplificação dos códigos fundamentais do procedimento e da contratação pública, bem como a sintetização do universo de entidades que compõem a administração pública" será um caminho a seguir.O Fórum de Lisboa, evento liderado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil Gilmar Mendes, traz a elite política daquele país a Portugal. O tema desta 13ª edição é “O mundo em transformação – Direito, Democracia e Sustentabilidade na Era Inteligente”. O evento decorre até à próxima sexta-feira, 4 de julho, com o ex-secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo como um dos convidados internacionais..Reforma do Estado vai avançar com avaliação global de trabalhadores.Gilmar Mendes: "O Chega deve estar contaminado pela luta política do Brasil".Com "expectativas positivas", fórum jurídico brasileiro pode movimentar mais de 15 milhões de euros em Lisboa.Crise nas democracias? Não, mas “conhecem novos contornos”, defende Vitalino Canas