PS diz que é “a oposição que é alternativa ao Governo” e reitera críticas a ministro da Educação
TIAGO PETINGA/LUSA

PS diz que é “a oposição que é alternativa ao Governo” e reitera críticas a ministro da Educação

Líder parlamentar Eurico Brilhante Dias apelidou o ministro da Educação de "Fernando, o mal interpretado" e realçou abstenção ao Orçamento de Estado para evitar crise política.
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O líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, afirmou esta quinta-feira, 18 de outubro, que os socialistas são "a oposição que é alternativa a este Governo" e manteve as críticas ao ministro da Educação, que apelidou de "Fernando, o mal interpretado".

Num discurso no jantar de Natal do grupo parlamentar do PS, o líder da bancada socialista sublinhou que o partido tem vindo a construir "a verdadeira oposição política" ao atual executivo e apresenta um conjunto de iniciativas que demonstra quem, além de oposição, é "a verdadeira alternativa a este Governo".

"Sem prejuízo do confronto político que temos feito neste Parlamento, sem prejuízo da direita se ter constituído uma verdadeira maioria numa coligação de facto em questões essenciais entre a direita e a extrema-direita parlamentar, é o Partido Socialista que emerge e continuará a emergir em 2026 como a verdadeira alternativa política, aquele partido em que os portugueses vão confiar e voltarão a confiar", disse.

O socialista considerou também que o PS é a alternativa mesmo que "de forma responsável tenha evitado que o país voltasse a ter uma crise política, com uma abstenção no Orçamento do Estado".

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Depois de enumerar iniciativas do PS que foram chumbadas por uma maioria formada por PSD e Chega, Brilhante Dias salientou que foram os socialistas que fizeram frente ao "não é não" do Governo ao Chega que, disse, "rapidamente se transformou em sim é sim em questões fundamentais como a lei da nacionalidade ou a lei dos estrangeiros".

"Quem é que esteve como alternativa e com a força política que os portugueses nos deram a defender a Constituição? Foi o PS. E só a força do PS foi capaz de bloquear aquilo que era uma lei inconstitucional. Aliás, dois decretos da Assembleia da República inconstitucionais, fazendo uma fiscalização preventiva que, pela primeira vez feita por um grupo parlamentar, teve vencimento no Tribunal Constitucional", frisou o socialista.

O deputado considerou que, perante um "Governo que escolheu governar e formar maiorias com quem ataca a Constituição" e tem utilizado a margem financeira para "exaurir as contas públicas", o PS é "a mola das forças democráticas da sociedade portuguesa que estão na defesa dos valores fundamentais do 25 de Abril e da democracia pluralista".

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No mesmo discurso, o líder da bancada do PS - que afirmou, esta semana, que o ministro da Educação, Fernando Alexandre, ou se retratava das suas declarações sobre residências universitárias ou perdia condições para continuar no Governo - reiterou as críticas ao responsável pela pasta da Educação.

"O que dizer de um ministro que ficará com o cognome de Fernando, o mal interpretado?", disse, referindo-se, com ironia, a outras "más interpretações", no passado, como o número de alunos sem professor, as alegadas pressões para a admissão de estudantes no curso de Medicina ou a retirada de conteúdos de educação sexual dos programas da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.

"E agora voltou a ser mal interpretado quando quis confundir baixos rendimentos com degradação e se enrolou numa explicação pouco concludente, já agora, mas que apesar de tudo reconhece que aquilo que de facto disse não o podia dizer", acrescentou, sobre o facto de o ministro da Educação ter defendido as residências públicas devem ter alunos de vários estratos sociais, caso contrário, irão degradar-se mais rapidamente.

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