O coronel Vasco Lourenço declarou esta quinta-feira, 2 de outubro, o seu apoio à candidatura presidencial de António José Seguro e apelou à desistência de António Filipe e Catarina Martins, defendendo que a esquerda deve abandonar o que chamou de “estupidez nata” e apostar numa estratégia de unidade.Num comunicado enviado à Lusa, o presidente da Associação 25 de Abril afirmou ver em Seguro “um compromisso claro e sem ambiguidades com a Constituição, com a defesa da democracia plural e com a proteção dos direitos fundamentais de todos os portugueses”.Vasco Lourenço defendeu que as forças progressistas devem construir “maiorias e convergências que não deixem dúvidas”, de forma a assegurar um resultado “inequívoco” contra “ambiguidades perigosas” e “tentativas de manipulação da História”.Em declarações à agência, reproduzidas por vários meios de comunicação, o capitão de Abril foi mais direto: “António Filipe e Catarina Martins deviam abdicar. Já transmiti essa posição ao candidato apoiado pelo PCP, a quem tenho estima, mas os seus votos vão ser votos perdidos. A esquerda devia unir-se em torno de quem tenha capacidade para ser eleito.”Lourenço sublinhou que, além das qualidades pessoais de Seguro, o socialista é, na sua perspetiva, o único capaz de enfrentar os candidatos da direita. Recordou ainda o apelo histórico de Álvaro Cunhal, em 1986, para que os comunistas votassem em Mário Soares contra Freitas do Amaral: “Nem que seja preciso tapar a cara, o importante é garantir a vitória.”Sobre a demora do PS em oficializar apoio a uma candidatura presidencial, o militar disse não compreender, lembrando que “houve vários possíveis candidatos que não deram um passo em frente, ao contrário de António José Seguro”.Vasco Lourenço revelou também ter recebido pressões para avançar pessoalmente com uma candidatura, mas recusou “por motivos de idade”.No comunicado, o histórico capitão de Abril alertou ainda para “impulsos de maior autoritarismo” em curso na vida política e pediu que sejam “derrotados de forma inequívoca” através de um compromisso firme com a liberdade e a democracia..Presidenciais: CDS-PP prioriza Paulo Portas para se distanciar do PSD.Presidenciais 2026. "Não serei um primeiro-ministro sombra em Belém", garante António José Seguro