Pedro Nuno Santos recorreu novamente às redes sociais para tecer considerações públicas e com consequências políticas porque apelidando de "caos" o que se vê no Aeroporto de Lisboa relembrou que a solução transitória do Montijo foi "revogada", no caso pelo antigo primeiro-ministro e companheiro de partido, António Costa. "Em 2022 fui amplamente criticado e tive um despacho revogado. Mas se não tivesse sido revogado, já no próximo ano podíamos estar a abrir o aeroporto do Montijo”, escreveu o ex-líder socialista nas redes sociais. “Ou seja, em quatro anos [a contar a partir do verão de 2022] poderíamos ter uma nova pista no Montijo e estaríamos em condições de poder aliviar o Humberto Delgado”, recua, considerando: “O problema fundamental é termos um aeroporto a rebentar pelas costuras, há muitos anos. Não há remendos que resolvam um problema estrutural."O ex-secretário-geral e antigo ministro das Infraestruturas reitera que "Montenegro e Pinto Luz, mais preocupados em fazer oposição ao governo socialista que com o futuro do país, ajudaram a bloquear a situação", assinalando que "não foram os únicos", disse, voltando a dirigir-se a Costa.Considerando que haverá "caos" no Humberto Delgado até 2037, "se todos os prazos correrem bem, o que duvido", Pedro Nuno Santos lamenta não haver solução de transição até ao aeroporto de Alcochete estar concluído.No final de junho de 2022, o socialista publicou um despacho com o objetivo de avançar com as obras na base aérea do Montijo em 2023 para que a infraestrutura estivesse pronta em 2026 para funcionar em conjunto com o aeroporto de Lisboa, até estar concluído o aeroporto de Alcochete. Um dia depois, Costa revogou o despacho.Pedro Nuno Santos ficaria mais cerca de seis meses no cargo, tendo demitindo-se no final do ano após a polémica em torno do pagamento da indemnização à administradora da TAP Alexandra Reis. Recorde-se que o atual deputado suspendeu o mandato no Parlamento e não votou no Orçamento de Estado..Pedro Nuno Santos suspende mandato antes da votação do Orçamento de Estado.Pedro Nuno Santos responde a militantes que defenderam menos coligações autárquicas na Comissão Política