Pedro Nuno Santos, antigo secretário-geral do PS.
Pedro Nuno Santos, antigo secretário-geral do PS.FOTO: PAULO SPRANGER

Pedro Nuno Santos retoma ideia do aeroporto do Montijo com críticas subliminares a António Costa

No final de junho de 2022, o socialista publicou um despacho com o objetivo de avançar com as obras na base aérea do Montijo em 2023. O primeiro-ministro revogou o despacho no dia seguinte.
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Pedro Nuno Santos recorreu novamente às redes sociais para tecer considerações públicas e com consequências políticas porque apelidando de "caos" o que se vê no Aeroporto de Lisboa relembrou que a solução transitória do Montijo foi "revogada", no caso pelo antigo primeiro-ministro e companheiro de partido, António Costa. "Em 2022 fui amplamente criticado e tive um despacho revogado. Mas se não tivesse sido revogado, já no próximo ano podíamos estar a abrir o aeroporto do Montijo”, escreveu o ex-líder socialista nas redes sociais.

“Ou seja, em quatro anos [a contar a partir do verão de 2022] poderíamos ter uma nova pista no Montijo e estaríamos em condições de poder aliviar o Humberto Delgado”, recua, considerando: “O problema fundamental é termos um aeroporto a rebentar pelas costuras, há muitos anos. Não há remendos que resolvam um problema estrutural."

O ex-secretário-geral e antigo ministro das Infraestruturas reitera que "Montenegro e Pinto Luz, mais preocupados em fazer oposição ao governo socialista que com o futuro do país, ajudaram a bloquear a situação", assinalando que "não foram os únicos", disse, voltando a dirigir-se a Costa.

Considerando que haverá "caos" no Humberto Delgado até 2037, "se todos os prazos correrem bem, o que duvido", Pedro Nuno Santos lamenta não haver solução de transição até ao aeroporto de Alcochete estar concluído.

No final de junho de 2022, o socialista publicou um despacho com o objetivo de avançar com as obras na base aérea do Montijo em 2023 para que a infraestrutura estivesse pronta em 2026 para funcionar em conjunto com o aeroporto de Lisboa, até estar concluído o aeroporto de Alcochete. Um dia depois, Costa revogou o despacho.

Pedro Nuno Santos ficaria mais cerca de seis meses no cargo, tendo demitindo-se no final do ano após a polémica em torno do pagamento da indemnização à administradora da TAP Alexandra Reis. Recorde-se que o atual deputado suspendeu o mandato no Parlamento e não votou no Orçamento de Estado.

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