Pedro Nuno diz que este é um "governo de casas e casinhas” e recusa comissão de inquérito
Leonardo Negrão

Pedro Nuno diz que este é um "governo de casas e casinhas” e recusa comissão de inquérito

O secretário-geral do PS considera que uma comissão de inquérito não é o instrumento adequado para os esclarecerecimentos que julga que o primeiro-ministro ainda tem de fazer sobre a empresa familiar.
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Pedro Nuno Santos defende que uma comissão de inquérito não é o instrumento adequado para os esclarecimentos adicionais que o primeiro-ministro deve ainda fazer sobre a “empresa familiar de âmbito imobiliário” de que foi sócio.

“Esse não é o instrumento adequado. O primeiro-ministro terá muitas oportunidades de acabar com o tema de uma vez por todas, esclarecendo quem são os clientes, que serviços foram prestados e qual o preço cobrado para que não reste nenhum tipo de dúvida e suspeição das razões das avenças da empresa”, afirmou Pedro Nuno Santos esta segunda-feira, a propósito de uma comissão de inquérito que o Chega admitiu requerer.

“Dizia-se do governo anterior [PS] que era um governo de casos e casinhos. Este é um governo de casas e casinhas”, ironizou Pedro Nuno Santos, segundo o qual este caso só vai desaparecer da esfera mediática quando "o primeiro-ministro lhe der o mesmo tratamento que deu às dívidas fiscais sobre a sua casa”. Dessa vez, recorde-se, os esclarecimentos foram dados numa conferência de imprensa.

Para Pedro Nuno Santos é “muito importante” que Luís Montenegro esclareça “de forma cabal todas as questões que têm sido colocadas” sobre a empresa de que foi sócio até junho de 2022 e que agora pertence à mulher e aos filhos. E referiu que “o problema da empresa do primeiro-ministro não tem nada a ver com a lei dos solos”.

Já no que respeita às empresas de outros membros do governo, o líder do PS disse que “não sabe bem para que existem”.

“No que diz respeito às empresas familiares de âmbito imobiliário, sou sincero: vou tentando perceber qual a razão para tantos membros do governo tenham uma empresas no setor imobiliário. Temos tanta falta de casas em Portugal e cinco membros do governo têm empresas familiares de âmbito imobiliário. Os portugueses até ficam com a ideia de que é uma coisa muito comum”, acrescentou, dizendo ainda que "a doutrina do governo sobre empresas imobiliárias é muito distinta".

"Temos um secretário de Estado que as criou depois de ter chegado ao governo e saiu do governo. Há um ministro da coesão territorial que entendeu que devia desfazer-se da sua sociedade. Há uma ministra que entende que não deve fazer nada”, constatou, referindo-se, respetivamente a Hernani Dias, a Manuel Castro Ameida e a Rita Alarcão Júdice.

*Com Lusa

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