Lisboa tem-se associado a manifestações de apoio pela Palestina.
Lisboa tem-se associado a manifestações de apoio pela Palestina.MIGUEL A. LOPES/LUSA

Palestina entrou na conversa de Carneiro com Montenegro

Secretário-geral do PS manifestou desagrado pela demora do país em reconhecer o estado da Palestina.
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O reconhecimento do Estado da Palestina foi tema de conversa entre José Luís Carneiro e Luís Montenegro esta tarde de quarta-feira, em Belém. Sabe o DN que o secretário-geral se insurge com a demora do país em seguir a missiva de outros países, com destaque para o Reino Unido e França.

Tal como os partidos à esquerda do parlamento, o Partido Socialista quer um reconhecimento da Palestina como solução para o fim do conflito armado com Israel, na tentativa de acalmar a tragédia humanitária vivida em Gaza.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, avançou com a ideia de apoio de uma declaração conjunta e que coloca Portugal ao lado de outros 14 países no reconhecimento da Palestina, algo que pode acontecer em setembro.

José Luís Carneiro considera a posição tardia, acompanhando a posição seguida pelos partidos à esquerda.

Na reunião entre o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e José Luís Carneiro, secretário-geral do PS, o líder socialista descreveu ao DN que na "agenda do encontro estarão temáticas como a Defesa e a Saúde".

O secretário-geral do PS já solicitara, por carta, várias vezes, a possibilidade de reunir com o primeiro-ministro. Vincando a vontade de dialogar, a meta do PS é negociar propostas e procurar acordos que estejam menos radicalizados. A questão da Imigração, correspondendo a muitas das medidas do Chega, alertou o Partido Socialista, o qual pretende sensibilizar a AD para várias matérias, sem nunca esquecer a discussão para o Orçamento de Estado de 2026.

Este não é o primeiro encontro entre Luís Montenegro e José Luís Carneiro. Os dois já se reuniram, no início de junho, mas nessa altura o encontro foi a pedido do primeiro-ministro. O aumento da meta de 2% do PIB em Defesa até final do ano e a trajetória de 5% até 2035 gera dúvidas no PS e, a propósito disso, como o DN noticiou, Carneiro procurou ajuda de especialistas para o conselho estratégico, como é o caso do antigo ministro, Augusto Santos Silva, com experiência em diplomacia internacional e Defesa.

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