Mariana Mortágua à conversa com Isabel Moreira
Mariana Mortágua à conversa com Isabel MoreiraFoto Reinaldo Rodrigues

Mortágua responde à acusação de “radical” de Moedas recuando aos tempos de Jorge Sampaio

Coordenadora do Bloco de Esquerda não gostou da declaração do presidente da Câmara Municipal de Lisboa no anúncio da campanha e valorizou a coligação à esquerda
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Mariana Mortágua ripostou a aproximação ao “radicalismo” que Carlos Moedas expressou na apresentação da candidatura ao município de Lisboa, quando afirmou que a capital não precisava de “aventuras radicais”. “Houve uma boa resposta da candidata Alexandra Leitão [PS]. São posições vazias, de propaganda, de quem não tem trabalho feito a mostrar. Radical é a sujidade nesta cidade, na qual precisamos de resolver o lixo. Radical no mau sentido – porque há um bom sentido e é preciso fazer mudanças radicais, por vezes – é o facto de as pessoas não conseguirem pagar uma renda. Carlos Moedas não conseguiu combater este fenómeno, não conseguiu combater o facto de Lisboa ser uma cidade para elites. E Lisboa tem de ser para todos. Carlos Moedas fez muita propaganda, mas pouco mudou. A cidade está pior, está caótica, os transportes não funcionam, o lixo é visível para qualquer pessoa, não há acesso à habitação e a cidade tem uma carga turística que não é compatível com a vida da cidade”, reagiu esta sexta-feira, 18 de julho, perante os jornalistas depois de uma coligação que teve quase 300 pessoas em apoio no Miradouro São Pedro de Alcântara.

A união das vontades à esquerda recuou aos tempos de Jorge Sampaio, quando o conseguiu também para a eleição no município. “Foi aqui lembrada a experiência de Jorge Sampaio, foi recordado como o somatório dos partidos pode criar esperança num projeto mobilizador para a cidade. É para isso que queremos contribuir. Lisboa dá um primeiro sinal. Temos um governo de direita e uma Câmara Municipal de direita. Este esforço de coligações feitas em nomes de cidades é aquilo que pode trazer esperança para o futuro”, enfatizou.

A terminar, deixou um desejo: “Que o PS, o Bloco, o Livre e o PAN consigam superar estes fronteiras em prol de Lisboa.”

Recorde-se que Sampaio estabeleceu um acordo com o PCP em 1989 e assim foi eleito presidente do município em 1990, perdurando até 1995 no cargo. A aliança entre socialistas e comunistas decorreu durante 12 anos.

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