O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, apresentou a sua recandidatura para um segundo mandato, à frente da coligação “Por Ti, Lisboa”, como a opção moderada contra o que disse ser o radicalismo dos candidatos do PS e do Chega.Segundo Moedas, que contou com centenas de apoiantes, incluindo o primeiro-ministro Luís Montenegro, na Estufã Fria, nas eleições autárquicas de 12 de outubro os eleitores lisboetas farão uma escolha entre a “moderação e o radicalismo que conseguiu minar grande parte do PS e quer agora trazer esse modelo falido para Lisboa”. Nesse sentido, apelou mesmo ao voto dos “eleitores socialistas moderados”.Mesmo sem nunca nomear a socialista Alexandra Leitão, candidata à Câmara de Lisboa, marcou diferenças entre “quem esteve nas manifestações contra a polícia e aqueles que estão sempre com a polícia e a defender a segurança na cidade”. Uma referência à participação da então líder parlamentar socialista num protesto contra a operação policial em que dezenas de pessoas foram encostadas à parede na Rua do Benformoso, para serem revistadas.Apesar de ter recordado que é casado com uma imigrante, e de ter dito que a capital portuguesa é uma cidade segura, o candidato da coligação entre PSD, CDS e Iniciativa Liberal disse que “temos de admitir que hoje na nossa Lisboa mulheres jovens têm medo de estar em certos pontos da cidade”. Perante o que disse ser uma realidade “inaceitável”, anunciou que haverá um plano de ação, coordenado com o Governo, para garantir mais polícias na rua e aquilo a que chamou câmaras de videoproteção.Na apresentação da candidatura, à qual se seguirá na próxima semana a formalização do acordo de coligação, estiveram os secretários-gerais do CDS (Pedro Morais Soares) e da IL (Miguel Rangel, que lidera o partido interinamente desde a demissão de Rui Rocha), mas também figuras como os ex-lideres centristas Paulo Portas e José Ribeiro e Castro, a ex-líder social-democrata Manuela Ferreira Leite, os atuais ministros Joaquim Miranda Sarmento e Graça Carvalho, o cantor Tony Carreira, o maestro Rui Massena, a atriz Luciana Abreu e a vice-presidente do PSD Leonor Beleza.Leonor Beleza teve direito a um agradecimento de Moedas, na sua qualidade de presidente da Fundação Champalimaud, por ter contribuído para a realização de mamografias gratuitas a mulheres lisboetas com menos de 50 anos. Um dos exemplos daquilo a que o candidato chamou “Estado Social Local” construído nos últimos quatro anos, acrescentando o passe social gratuito para os mais novos e mais velhos residentes na cidade e a criação de clinicas comunitárias.Sem revelar detalhes quanto à equipa com que se recandidata, Moedas fez questão de mencionar o atual vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, que há quatro anos foi apontado pelo CDS, tendo-se desligado entretanto desse partido. E também esteve presente na sessão a atual deputada liberal Angelique da Teresa, que integrará as listas da coligação ”Por Ti, Lisboa” em lugar elegível..Carlos Moedas recandidata-se à Câmara de Lisboa.Carlos Moedas e os 12 trabalhos de Lisboa