Luís Montenegro entre os participantes no encontro do PPE, em Berlim.
Luís Montenegro entre os participantes no encontro do PPE, em Berlim. EPA

Montenegro espera que vitória de conservadores alemães nas eleições relance economia do país

Primeiro-ministro português está em Berlim a participar numa reunião de dois dias do Partido Popular Europeu (PPE), que termina este sábado e conta com a participação da presidente da Comissão Europeia, Ursula von de Leyen.
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O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, espera que a vitória da União Democrata Cristã (CDU) nas eleições antecipadas de fevereiro, na Alemanha, possa abrir um "novo ciclo" que termine com a estagnação da economia do país.

O primeiro-ministro falou com a Lusa à margem de uma reunião de dois dias do Partido Popular Europeu (PPE) em Berlim, que termina hoje. O encontro, que contou com a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e da presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, teve como anfitrião Friedrich Merz, líder da CDU e candidato a chanceler.

A Alemanha, governada neste momento por uma coligação minoritária formada pelo Partido Social Democrata (SPD), do chanceler Olaf Scholz, e pelos Verdes, tem eleições antecipadas marcadas para 23 de fevereiro.

"Esperamos renovar com ainda mais fulgor no futuro (as relações) qualquer que seja o resultado (...) desejo que as coisas corram bem ao candidato da CDU e que isso possa significar o relançamento da Alemanha como um grande motor económico da Europa", admitiu Luís Montenegro.

"A minha perspetiva é que, quanto mais forte estiver a Alemanha, mais forte estaremos todos, e estará Portugal seguramente. Esta eleição tem o desafio de abrir um ciclo novo porque, como tem acontecido nos últimos anos, a estagnação da economia alemã acaba por afetar muito Portugal", revelou o chefe do executivo português.

De acordo com as últimas sondagens, a CDU deverá obter um resultado de 31%, à frente da Alternativa para a Alemanha (AfD), com um resultado que pode chegar aos 22%, e do SPD que não deverá ir além dos 18%.

"Há uma grande proximidade de pensamento político (...) Ele (Friedrich Merz) está muito empenhado em convencer os alemães dos propósitos do seu projeto, que são muito similares aos nossos, o reforço da economia, o aumento da competitividade, a reindustrialização deste país que passa também pelos seus parceiros, e Portugal é um grande parceiro da Alemanha (...) Temos todo o interesse em continuar a exportar para a Alemanha e continuar a acolher investimento alemão em Portugal", salientou o primeiro-ministro português.

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