Marques Mendes, candidato à Presidência da República.
Marques Mendes, candidato à Presidência da República. FOTO: JOSÉ COELHO/LUSA

Marques Mendes considera ser "ficção científica" a ideia de Ventura de não haver corrupção durante a ditadura

O candidato presidencial considerou que o rival na corrida a Belém nunca será Presidente da República devido ao "seu estilo", à "sua linguagem" e às suas "ideias".
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O candidato presidencial Luís Marques Mendes afirmou esta segunda-feira, 27 de outubro, que a ideia de que não havia corrupção no tempo da ditadura é ficção científica, alegando que quem diz isso está a branquear o antigo regime.

“Aquela ideia de que não havia corrupção no tempo da ditadura é de ficção científica. [Só] Não vinha cá para fora porque havia censura”, referiu Marques Mendes no final de uma visita à Associação do Monte Pedral, no Porto

O ex-líder do PSD defendeu que quem diz que antigamente não havia corrupção está a branquear o antigo regime, numa referência ao seu adversário na corrida a Belém, André Ventura, também líder do Chega.

Esta tarde, durante o debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2026, na Assembleia da República, André Ventura voltou a defender uma ideia que lançou na sexta-feira em entrevista à SIC, a de que para acabar com a corrupção em Portugal era preciso "três Salazares".

Questionado sobre as afirmações de André Ventura, Marques Mendes disse não querer “falar mais sobre essa pessoa”.

“Tenho para mim o seguinte, e acho que isto define tudo, este homem pelo seu estilo, pela sua linguagem e pelas ideias que tem não vai ser Presidente da República nunca. Acreditem em mim”, reiterou.

Marques Mendes, que hoje dedica o dia a instituições sociais do Porto, insistiu que “todas as declarações de André Ventura” demonstram que não pode, nem vai ser Presidente da República.

Questionado ainda sobre o apoio manifestado pelo presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), Nuno Morais Sarmento, à sua candidatura, Marques Mendes disse tê-lo recebido com surpresa, por um lado, e com satisfação, por outro.

“Surpresa porque não estava minimamente à espera, apesar de ter enorme respeito e consideração pelo doutor Nuno Morais Sarmento, e satisfeito porque, evidentemente, as razões do apoio dão-me muita confiança e muita esperança e fiquei, obviamente, contente”, assumiu.

“É mais um dos muitos apoios, mais à direita ou mais no centro-esquerda que tenho, e assim se vai fazendo uma candidatura”, concluiu.

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