Marques Mendes, candidato à Presidência da República
Marques Mendes, candidato à Presidência da RepúblicaFOTO: JOSÉ COELHO/LUSA

Marques Mendes apela a Governo e a UGT que continuem negociações mesmo após greve

Com uma greve geral prevista para 11 de dezembro, o candidato a Presidente da República apela ao "diálogo social" e pede que "não deixem de voltar à mesa das negociações" após a paralisação.
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O candidato a Presidente da República Luís Marques Mendes apelou esta quinta-feira, 13 de novembro, ao Governo e à UGT que continuem as negociações mesmo após a greve geral prevista para 11 de dezembro e defendeu que com “intransigência nada se resolve”.

“Provavelmente vai haver uma greve, é um direito legítimo das confederações. O importante é que, mesmo depois da greve, não se interrompa o diálogo social, que continua a haver negociação”, afirmou.

Luís Marques Mendes falava aos jornalistas após uma visita à loja social Dona Ajuda, em Lisboa.

O antigo líder do PSD apelou diretamente ao Governo e à UGT que “com greve ou sem greve, provavelmente com greve, não cortem o diálogo social, não deixem de voltar à mesa das negociações a seguir à greve”.

“Uma alteração à lei laboral com acordo é sempre melhor do que sem acordo. E por isso, nunca, nunca uma pessoa desiste do diálogo social. Eu sou um grande entusiasta do diálogo social e, portanto, mesmo antes de ser Presidente da República faço este apelo, porque é o sentido construtivo que deve imperar nesta ocasião”, salientou.

O candidato presidencial pediu, tanto ao executivo, como à central sindical, que não sejam irredutíveis e continuem as negociações, sublinhando que “se houver intransigência nada se resolve, se houver diálogo tudo se resolve”. 

“Já vi muitos momentos no passado em que houve greves e a seguir se voltou à mesa das negociações e a seguir até houve acordos, isso é positivo. Eu sou uma pessoa otimista e acredito que no final tudo vai acabar num acordo”, disse.

Marques Mendes salientou “a importância de um acordo social” quando estão em causa alterações à lei laboral, considerando que “é importante para preservar a paz social no país” e “é importante para haver tranquilidade dentro das empresas”, além de ser “um bom sinal para o país, um sinal de maturidade”.

O candidato presidencial disse também acreditar que “esta matéria vai chegar ao mandato do próximo Presidente da República, não se vai resolver antes”.

E considerou que “a missão fundamental de um Presidente da República é ajudar a que o diálogo social se pratique”, bem como “garantir a estabilidade”, indicando que esta será uma das suas prioridades se for eleito em 18 de janeiro.

“A estabilidade é importante para os governos apresentarem resultados, é importante para as pessoas terem uma vida tranquila, não andarem com eleições permanentemente, e para as empresas terem previsibilidade”, assinalou.

Na ocasião, o candidato a Presidente da República elogiou o trabalho da associação que visitou e da loja social, que considerou ser “serviço público”, e propôs que este tipo de projeto seja replicado noutros pontos do país.

“Aqui respira-se a montante e a jusante solidariedade e generosidade”, afirmou, sublinhando que “já são muitas e muitos os beneficiários e as beneficiárias”.

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