As eleições de 18 de maio viraram o país claramente à direita, com o Chega a reforçar a sua bancada com (pelo menos) 58 deputados e a AD, que tinha o mesmo número de deputados do PS, a passar a ter 87 mandatos.Numa altura em que ainda faltam apurar os votos da emigração (contados a partir de dia 28, vão atribuir os últimos quatro mandatos), vê-se já que a Iniciativa Liberal também cresceu – ainda que pouco – passando dos oito para os nove deputados.Em sentido contrário, toda a esquerda à exceção do Livre (que ganhou dois deputados) caiu em termos de representação parlamentar. O PS, que tinha 78 mandatos, por exemplo, passou para os mesmos 58 do Chega.E houve ainda lugar a uma estreia: pela primeira, o Juntos Pelo Povo (JPP) elegeu um deputado para a Assembleia da República, depois de se ter tornado a segunda força política na Madeira nas eleições regionais deste ano.É a primeira vez que o Parlamento tem tantos partidos representados, mas nem sempre foi assim, como ilustra a infografia interativa, que mostra a evolução da distribuição de mandatos desde 2015. O gráfico mostra que, no espaço de 10 anos, BE e PCP foram os partidos que mais perderam, depois de terem tido quase 20 deputados cada um, tal como o CDS, que até chegou a estar fora do Parlamento..Um, cinco ou 22+1. O que podia mudar o sistema eleitoral em Portugal para evitar desperdício de votos.Livre quer "relação construtiva" com a esquerda. Rui Rocha anuncia proposta de revisão constitucional