Líder do PSD de Vila Pouca de Aguiar contesta candidata autárquica aprovada pela Direção Nacional

O presidente da Comissão Política da Secção de Vila Pouca de Aguiar do PSD, José Diegas, classifica como “inaceitável” e um “profundo desrespeito para com a vontade democrática” dos militantes a escolha que a Direção Nacional do partido fez ao candidatar às autárquicas a atual presidente da câmara, Ana Rita Dinis, deixando-o de fora. O dirigente social-democrata queixa-se ainda de ter sido informado sobre esta decisão através de uma mensagem no WhatsApp.“O meu nome foi aprovado por larga maioria”, no plenário da secção a que preside, lembra José Diegas numa carta aberta que dirigiu a Luís Montenegro e a Hugo Soares, respetivamente presidente e secretário-geral do PSD, acrescentando que foi proposto em janeiro “para homologação à Comissão Política Nacional”, “em pleno respeito democrático e sem reclamações ou controvérsias de qualquer espécie”.“A Comissão Política Nacional, em vez de fazer o que lhe competia, homologar ou não homologar a proposta da Comissão Política Distrital, decidiu meter na gaveta este processo durante cinco meses”, sustenta o dirigente social-democrata, considerando “estranho, mesmo muito estranho”, ter recebido este anúncio via WhatsApp.“Eles é que escolhem, eles é que sabem, e os estatutos nada valem”, diz o social-democrata, avisando Luís Montenegro e Hugo Soares: “Este partido não é exclusivamente vosso!”“O PSD é de todas as pessoas que o compõem e dos cidadãos que a este aderem em cada concelho”, adverte José Diegas, completando a sua missiva com a ideia de que o partido “não é apenas daqueles que se sentam nas cadeiras do poder em Lisboa, fechados sobre si mesmos e movidos por interesses desconhecidos, estranhos e incompreensíveis, tentando impor decisões sem qualquer correspondência com as realidades locais e sem olhar à vontade dos principais interessados. Precisamente o contrário do que foi referido pelo presidente do PSD no último congresso em Braga.”Com esta nota, José Diegas diz ter o “dever moral” de manifestar publicamente o que sente, perante todos aqueles que em si “confiaram e acreditaram” face ao projeto que tem para Vila Pouca de Aguiar.Com tudo isto, o líder concelhio do PSD exige explicações para os militantes do partido naquela região. “As pessoas deste concelho não conseguem vislumbrar as motivações para a não homologação da minha candidatura à Presidência da Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar. Na verdade todas as regras da democracia e da representatividade das escolhas das bases do partido foram desconsideradas”, acusa.Depois de assinalar a desconsideração dos decisores, José Diegas garante ter dado o seu “melhor”.“Agora, a vossa estranha decisão veio impedir a abertura de um novo ciclo com o PSD neste concelho, onde é necessário implementar uma nova estratégia de desenvolvimento”, sustenta o líder social-democrata, concluindo que se sente “forçado” a impugnar esta decisão ao “Conselho de Jurisdição Nacional”.vitor.cordeiro@dn.pt.Autárquicas. Ana Abrunhosa (PS) anuncia coligação com Livre, PAN e Cidadãos por Coimbra.Independentes lutam para continuarem a ser relevantes nas próximas autárquicas

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