O atual presidente da Assembleia Municipal do Funchal, José Luís Nunes anuncio este domingo, 29 de junho, que não será candidato à presidência da autarquia.Numa mensagem publicada no Facebook, José Luís Nunes fala numa "decisão difícil", mas, diz, "há momentos" em que se deve ouvir "a consciência e pensar sobre as prioridades para o presente e futuro". A decisão de se afastar, refere, foi tomada "por motivos meramente pessoais", que reserva para si depois de ter percebido não ser este o "momento" para avançar. Mostrando-se convicto que "continua a ser o momento" para o PSD, José Luís Nunes diz ir contribuir para "uma solução que assegure" o crescimento da capital madeirense.."Perdoem-me aqueles que dececionei, mas estou certo de que compreenderão que tinha de ser coerente comigo próprio. Acredito que o projeto do PSD vai encontrar alguém com a mesma força, entrega e espírito para vencer este desafio", conclui.Ainda que o motivo não seja revelado, a decisão de José Luís Nunes se afastar da corrida autárquica surge dias depois de algumas notícias terem dado conta que a ex-deputada Patrícia Dantas seria a número 2 da lista.No entanto, Patrícia Dantas é uma das envolvidas no caso AlMinho, um megaprocesso de corrupção com mais de 120 acusados e ainda sem sentença proferida. Ainda assim, e apesar de, como o DN noticiou, o PSD ter anunciado que não permitiria candidatos "acusados" pela Justiça, foi escolhida para ser candidata a vice-presidente da autarquia do Funchal.A decisão anunciada este domingo por José Luís Nunes já tinha sido deixada no ar pelo próprio, na passada sexta-feira durante a inauguração de uma Estação de Tratamento de Águas e Resíduos (ETAR) no Funchal. Em reação, o presidente do do PSD-Madeira e do Governo Regional, Miguel Albuquerque, confessou ter "pena" pelo facto da atual autarca, Cristina Pedra, não ser recandidata. Nessa ocasião, Albuquerque disse que é preciso "entender a vida das pessoas" e que uma candidatura não devia ser "imposta". Mesmo sendo "amigo do José Luís Nunes", fosse qual fosse a decisão que tomasse, mostrava-se convicto de que se iria "resolver".Em 2021, a coligação PSD/CDS venceu à câmara do Funchal ao PS, que era incumbente. O autarca eleito, Pedro Calado, saiu em janeiro do ano passado, após ser constituído arguido por suspeitas de corrupção. Cristina Pedra sucedeu-lhe no cargo, mas não será candidata agora..Autárquicas. PSD "não vai permitir" candidatos “acusados” pela Justiça.Advogado do presidente da Câmara do Funchal recusa falar sobre provas de corrupção na Madeira