O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo acusou esta terça-feira, 7 de outubro, o seu concorrente Luís Marques Mendes de ser "o bastonário" de uma “oligarquia perigosa” composta por uma “casta política que é dona da democracia”.O almirante falava à Lusa durante uma visita ao Brasil, numa conversa em que referiu que a sua candidatura provoca “reações estranhas e verdadeiramente antidemocráticas”, o que diz ser resultado de ter feito uma carreira militar, ser independente e de não ter feito uma carreira política.Gouveia e Melo diz que as críticas à sua campanha centram-se em temas que diz serem demagógicos. “Um dos temas é que eu, como militar, não devia estar na política“, sublinhou, acrescentando que outro dos motivos invocados é que não tem preparação política e que irá fazer “a translação de coisas más que existem dos militares para a política”.“É desinformação, é propagar a desinformação, propagar uma ideia e um medo que não existe, principalmente militares que foram criados já no processo democrático com juramento à própria Constituição. Isto significa que existe uma casta política que é dona da democracia", sublinhou, acrescentando que "uma casta política que é dona da democracia não é democracia, é uma oligarquia". A respeito dessa oligarquia, como lhe chama, diz ser "perigosa". "É uma oligarquia que tomou conta do sistema e se está a transformar em oligarquia de compadrio", uma vez que diz começar "a defender os interesses de pequenos grupos”..Gouveia e Melo diz que lhe ofereceram chefia das Forças Armadas para desistir da presidência.Diretor de campanha de Marques Mendes questiona "suprapartidarismo de Gouveia e Melo" por almoçar com Ventura