Acordo para a aquisição de até 36 equipamentos de artilharia Caesar por Portugal a França já tinha sido assinado em outro de 2024, aquando da comemoração do Dia do Exército.
Acordo para a aquisição de até 36 equipamentos de artilharia Caesar por Portugal a França já tinha sido assinado em outro de 2024, aquando da comemoração do Dia do Exército.Foto: Embaixada de França em Portugal

Exército vai comprar até 36 obuses de artilharia a França. Macron confirma acordo

Comunicado do gabinete do presidente francês confirma a "intenção" formalizada em outubro de 2024 para aquisição de até 36 equipamentos de artilharia.
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Um comunicado do Palácio do Eliseu, esta terça-feira, a propósito da visita do presidente francês, Emmanuel Macron, a Portugal, prevista para quinta e sexta-feira desta semana, confirma que, à semelhança de outros acordos bilaterais entre os dois países, será formalizada "uma intenção e um acordo já anunciado para a aquisição de até 36 Caesar pelos portugueses", até 2034.

Esta missiva surge no seguimento da carta de cooperação de armamento num contexto do conflito da Ucrânia e faz parte do "reforço da base industrial europeia".

O acordo que estabelece um protocolo para a aquisição deste equipamento já tinha sido assinado a 26 de outubro de 2024, nas comemorações do Dia do Exército, e, na altura , o ministro da Defesa, Nuno Melo, explicou que o Governo apostou na "modernização dos equipamentos nos três ramos das Forças Armadas" e considerou os Caesar como um "equipamento fundamental no sentido da substituição deste tipo de arma, a pensar no futuro".

O equipamento Caesar (um acrónimo que deriva do francês Camion Equipé d’un Système d’Artillerie, que numa tradução livre significa camião equipado com um sistema de artilharia) é produzido pela empresa francesa KNDS, que também produz estes equipamentos para a Croácia, Estónia e França e é passível de ser financiado com fundos europeus.

De acordo com a informação divulgada pela empresa que produz estes obuses, os Caesar já deram provas das suas capacidades e foram utilizados pelo exército francês no Afeganistão, Líbano, Mali e Iraque. Conseguem disparar seis ogivas por minuto e podem ter um alcance de mais de 40 km usando uma munição Base Bleed ERFB, e mais de 55 km com rockets de de munição assistida.

A KNDS também promete que os Caesar tenham uma capacidade de disparo imediato, com o primeiro tiro a acertar no alvo definido, e a garantia de que o equipamento ajustará a precisão do disparo a cada ogiva lançada. Para além disto, este equipamento, de acordo com o que é assegurado pela empresa, tem uma capacidade de recarregamento baseada nas configurações automáticas, o que permite um elevado nível de eficiência comprovado em combate.

Os Caesar, segundo a promessa da KNDS, também são versáteis no que diz respeito à deslocação e implantação no terreno, podendo ser transportados por aviões C-130, A400, IL76 e C-17, sendo que também são ágeis o suficiente para passarem em ruas públicas e terrenos acidentados.

A propósito de valores, no dia em que o acordo foi assinado, o chefe do Estado Maior do Exército, general Eduardo Mendes Ferrão, não quis divulgar a informação, mas garantiu que está previsto na Lei da Programação Militar.

O presidente Emmanuel Macron visita Portugal nos dias 27 e 28 de fevereiro e será o primeiro chefe de estado Francês em 26 anos a participar numa cerimónia na Assembleia da República, ainda que não discurse.

Acordo para a aquisição de até 36 equipamentos de artilharia Caesar por Portugal a França já tinha sido assinado em outro de 2024, aquando da comemoração do Dia do Exército.
Macron vem a Portugal quinta e sexta-feira assinar acordos bilaterais e aprofundar relações

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