Empresas procuram reforço de parcerias
O crescimento da indústria de defesa portuguesa vai exigir a criação de parcerias entre fabricantes nacionais e mundiais. E tanto grandes como pequenas empresas estão já preparadas para esta nova ordem. A metalomecânica A. Silva Matos está disposta a ser uma parceira industrial na área das soluções em aço (a sua área de especialidade) e também a firmar acordos com empresas de atividades complementares, revelou o administrador Pedro Pinheiro, na conferência Land Defence Industry Day, que se realizou em Vila Nova de Gaia, uma iniciativa do Exército português,
Presente no evento, a Rheinmetall considerou também necessário "ver o que está disponível no mercado, o que está quase desenvolvido e o que se adapta a cada exército". De seguida "cada empresa tem de pensar: qual é a minha parte nisto? O que posso contribuir para que isto exista?", disse Eduardo Martinez, CEO do área de negócio dos veículos militares da gigante alemã. Para este responsável, estamos a viver uma situação de crise, "mas há sempre oportunidades para todos".
Já a portuguesa Tekever pode contribuir com a experiência ganha como fornecedor de drones à Ucrânia. Nestes dois anos e meio de guerra, a empresa efetuou mais de cem micro evoluções nesses equipamentos. Segundo Pedro Petiz, diretor da Tekever, essas atualizações foram possíveis devido ao acompanhamento do cliente na linha da frente e permitiram ajustar os sistemas tecnológicos às necessidades no terreno. São apenas três exemplos, dos vários que foram apresentados na conferência, das respostas que se podem encontrar para reforçar e melhorar os stocks de armamento no país e na Europa.