A lista do PS a Braga, Catarina Miranda ao centro, Pedro Sousa, líder da concelhia à direita.
A lista do PS a Braga, Catarina Miranda ao centro, Pedro Sousa, líder da concelhia à direita.PS/PAN

Concelhia do PS de Braga demarca-se da decisão de Catarina Miranda de integrar executivo PSD

Pedro Sousa fala em "desenquadramento político". João Rodrigues, agora com quatro de 11 mandatos, mantém negociações com movimento independente de Ricardo Silva e recusa fazer "jogo de sombras".
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A concelhia do PS de Braga demarcou-se de Catarina Miranda, política que integrara as listas dos socialistas em coligação com o PAN, mas que aceitou o convite de João Rodrigues para estar no Executivo municipal em Braga.

"A decisão da vereadora Catarina Miranda de integrar o Executivo Municipal ao abrigo de um convite da Coligação Juntos por Braga representa um desenquadramento político evidente e uma leitura profundamente errada da responsabilidade, do compromisso e do sentido de lealdade e, sobretudo, perante os mais de 26 mil bracarenses que nos confiaram o seu voto", salienta em comunicado enviado às redações a concelhia, liderada por Pedro Sousa.

"A liberdade formal do mandato não apaga a responsabilidade ética e moral de respeitar a vontade que lhe deu origem (...), aceitar integrar o Executivo Municipal por via de um convite externo à força política que a elegeu constitui, de forma inquestionável, um desvio claro dessa responsabilidade", prossegue o PS.

Os socialistas não deixam de visar também João Rodrigues, presidente eleito por cerca de 300 votos a mais, com a coligação entre PSD,CDS-PP e PPM: "É importante sublinhar que, durante todo este processo, desde a Tomada de Posse, o PS nunca foi contactado pelo Presidente da Câmara Municipal."

Com apenas três de 11 mandatos, João Rodrigues entregou três pelouros a Catarina Miranda, no caso Cultura, Património Cultural e Educação Artística. Agora, a política passa a ser independente. Era a segunda da lista de António Braga, que optou por não exercer mandato de vereador. Como tal, número 1 e 2 socialistas deixam de fazer parte da equipa, ficando Pedro Sousa e a suplente Martinha Rocha como vereadores da oposição.

João Rodrigues tem agora quatro de 11 mandatos, mas continua a depender de acordos. Pelo que o DN sabe, o movimento de Ricardo Silva, que tem três vereadores, continua em negociações.

O homem que governou uma das freguesias mais importantes em Braga, conseguindo um resultado surpreendente nas eleições, quer que os três elementos entrem no Executivo. Para João Rodrigues só seriam necessários dois.

"No fim desta primeira ronda de reuniões, feita nos termos em que tinha definido, decidi atribuir pelouros a quem atribuí. Isto não significa, repito, que o diálogo não permaneça, não se mantenha, não possa haver alterações a esta delegação de competências, não possa haver uma ampliação desta delegação de competências. Agora, isso não depende só de mim", salientou João Rodrigues à Imprensa esta quinta-feira, não descartando a possibilidade de aumentar equipa de vereadores, recusando estar a fazer "jogo de sombras", referindo que as "reuniões foram abertas".

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