O Chega não vai apresentar uma candidatura à presidência da Assembleia da República. O anúncio foi feito esta segunda-feira, no Parlamento, pelo líder do partido, André Ventura. Dias depois de ter sido noticiado que os dois partidos com mais deputados estavam a "negociar" para "acertar" a eleição de Aguiar-Branco, que se deverá recandidatar ao cargo. Anunciada também foi a mudança de líder parlamentar, cargo que desde 2022 era ocupado pelo deputado Pedro Pinto. O novo nome será anunciado em breve, disse Ventura. A decisão, justificou, surge porque "vai existir um Governo sombra" feito pelo Chega, que vai funcionar em "plena harmonia" o trabalho com o grupo parlamentar para "fiscalizar" o Executivo em funções e para "intervir" em áreas como a saúde ou a habitação.Por isso, na próxima quarta-feira, o partido terá uma reunião onde vai decidir quem vai presidir à bancada parlamentar, que deverá corresponder às "exigências" de liderar a oposição ao Governo de PSD e CDS.Além disso, André Ventura anunciou que o Chega vai propor "dois debates de urgência" mal se iniciem os trabalhos no Parlamento.Segundo o líder do partido, o debate mais prioritário será sobre a "má gestão da saúde" no país. A situação é "verdadeiramente gritante" e agora que é o segundo maior partido no Parlamento, Ventura quer que o plenário dê um "sinal urgente" ao Governo para mostrar que a saúde não foi bem gerida ao longo do último ano. E acrescentou ainda o Chega vai introduzir em plenário o tema dos votos da emigração, onde o número de votos inválidos é muito elevado. Por isso, há que "mudar" o sistema para "resolver" esta questão..Ventura diz-se desiludido com Montenegro e garante que Chega vai avançar para a revisão constitucional .Início da legislatura “calmo”, com o Chega em “estado de graça” e PS em “renovação”