Manuel Castro Almeida, ministro Adjunto e da Coesão Territorial.
Manuel Castro Almeida, ministro Adjunto e da Coesão Territorial.ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Castro Almeida admite que Governo pode retirar moção de confiança se PS recuar na comissão de inquérito

"Será a contragosto que vamos para eleições. Mas quem as provoca de facto é o PS”, referiu o ministro da Coesão Territorial ao Observador.
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A revelação foi feita por Manuel Castro Almeida, ministro da Coesão Territorial. Se o PS recuar na intenção de apresentar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à empresa familiar de Luís Montenegro, então o Governo pode retirar a moção de confiança. A ideia foi lançada esta sexta-feira numa entrevista ao Observador.

"Acho que se o PS vier declarar que reconhece ao Governo condições para executar o seu programa, se declarar que se considera satisfeito com os esclarecimentos dados e que retira a Comissão Parlamentar de Inquérito, acho que há condições para a moção de confiança poder ser retirada”, admitiu.

"Será a contragosto que vamos para eleições. Mas quem as provoca de facto é o PS”, atirou ainda Castro Almeida, lembrando que se os socialitas quiserem evitar eleições antecipadas, bastará absterem-se na votação de confiança, ao invés de votaraem contra, na sessão que está agendada para terça-feira na Assembleia da República.

Pedro Nuno Santos, recorde-se, já disse em várias ocasiões que o seu partido vai chumbar a moção de confiança, tal como o Chega, um cenário que a verificar-se vai originar a queda do Governo e a convocação de eleições antecipadas.

O secretário-geral do PS, entretanto, vai reunir-se no domingo com os presidentes das federações socialistas. A reunião está marcada para domingo de manhã, na sede do PS, em Lisboa, e acontece numa altura em que o país está numa crise política.

O encontro, para o qual o líder socialista convidou os presidentes da federação do PS, acontece dois dias antes do debate e votação da moção de confiança apresentada pelo Governo ao parlamento.

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