Diogo Pacheco de Amorim é um dos vice-presidentes da Assembleia da República.
Diogo Pacheco de Amorim é um dos vice-presidentes da Assembleia da República.Foto: Leonardo Negrão

Caso da Mala: Pacheco de Amorim forçado a mandar calar deputados do Chega

Protestos no plenário começaram após deputado social-democrata falar em "autoproclamados combatentes da bandidagem a serem acusados de cometer crimes". "Será que vou ter de interromper a sessão?", perguntou Pacheco de Amorim.
Publicado a
Atualizado a

O vice-presidente da Assembleia da República, Diogo Pacheco de Amorim, que está a presidir aos trabalhos parlamentares nesta quinta-feira, teve que mandar calar os deputados do Chega, seus colegas de bancada, que reagiram ruidosamente à intervenção de Alberto Fonseca. Isto porque o deputado social-democrata tinha iniciado a sua pergunta à secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Duarte, presente na sessão plenária, com uma alusão ao caso de Miguel Arruda, eleito pelo partido de André Ventura pelo círculo dos Açores, e que é suspeito de ter furtado malas de viagem no aeroporto de Lisboa.

Diogo Pacheco de Amorim é um dos vice-presidentes da Assembleia da República.
Caso da Mala: Pacheco de Amorim forçado a mandar calar deputados do Chega

Ao dizer que estamos "num mundo ao contrário", com "autoproclamados combatentes da bandidagem a serem acusados de crimes", Alberto Fonseca foi rapidamente interrompido por gritos vindos da bancada do Chega, forçando Pacheco de Amorim a dirigir-se várias vezes aos deputados do seu partido. "Será que vou ter de interromper a sessão?", perguntou, após várias tentativas para os interromper, recebendo aplausos dos deputados do PSD quando disse "espero que saibam respeitar quem está a falar".

Na sua intervenção, o social-democrata Alberto Fonseca também aludiu à notícia da revista "Sábado" sobre despedimentos de mulheres que tinham sido mães pelo Bloco de Esquerda. E partilhou a sua estranheza por "radicais feministas e defensores de direitos serem acusados de atropelar direitos das mulheres".

Constituído arguido por alegado furto qualificado de malas em tapetes do aeroporto de Lisboa, Miguel Arruda vai ter nesta quinta-feira uma reunião com o presidente do Chega, André Ventura, que reagiu às buscas quando estava em Washington, para onde se deslocou para assistir à tomada de posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"Ninguém está acima da lei por ser deputado", disse Ventura, que pretenderá a suspensão do mandato do deputado. Este pretenderá passar a não inscrito, mas no início da tarde desta quinta-feira ainda não chegara qualquer pedido nesse sentido ao gabinete do presidente da Assembleia da República.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt