A campanha eleitoral para as eleições legislativas termina esta sexta-feira com a tradicional descida do Chiado pela AD e PS, mas sem o líder do Chega, que vai falhar as últimas ações do partido por motivos de saúde.
Depois de André Ventura ter sido hospitalizado duas vezes esta semana, por se ter sentido mal durante ações de campanha, o partido anunciou que o líder “não estará mais na campanha”, atendendo às últimas informações médicas.
O Chega decidiu manter a agenda, com a 'caravana' do partido a arrancar o dia no Mercado do Livramento, em Setúbal, e encerrando com uma arruada no Chiado, em Lisboa.
Também pela capital, estará o líder da AD, Luís Montenegro, que começa o dia com a tradicional descida no Chiado (12h00), seguindo depois para um almoço com mulheres na Estufa Fria. A campanha da AD, coligação que junta PSD e CDS-PP, encerra com um comício no Campo Pequeno.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, dedica a manhã a contactos com a população na zona de Moscavide, seguindo depois para um almoço com apoiantes na Cervejaria Trindade, seguindo depois (15h30) para a descida do Chiado. A campanha socialista termina com uma festa no jardim da sede nacional do partido no Rato, em Lisboa, às 19h00.
A norte estará o presidente da IL, que tem prevista uma visita ao mercado municipal de Guimarães. Da parte da tarde, Rui Rocha vai encontrar-se com o Movimento Cívico contra a Abstenção em Braga e, posteriormente, vai contactar com a população no mesmo local. Os liberais terminam a campanha com um jantar-comício em Braga.
Já a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, tem, pelas 15:00, um encontro com voluntários da campanha no Porto e termina a campanha com uma festa em Setúbal, ao final da tarde.
A CDU (PCP/PEV) começa a manhã com um desfile na Moita, distrito de Setúbal, seguindo depois para o norte, onde ao final da tarde Paulo Raimundo tem agendado um desfile no Porto e à noite um comício em Braga.
O Livre dedica o último dia de campanha ao distrito do Porto. Rui Tavares começa o dia com uma ação no jardim do Palácio de Cristal, seguindo depois para uma ação de rua em Cedofeita.
Da parte da tarde, o Livre tem ainda uma ação de rua em Vila Nova de Gaia e termina a campanha com jantar-comício na escola artística Ginasiano.
Por sua vez, a porta-voz do PAN tem agenda em Lisboa, estando prevista uma visita a um canil, uma caminhada e um jantar de encerramento.
O último dia será ainda marcado por uma ação de encerramento da campanha do partido Ergue-te, prevista para a praça do Martim Moniz, em Lisboa, que contou com a posição contra da Câmara Municipal de Lisboa, com base no parecer da PSP e tendo em conta o “risco real e fundado de perturbação da ordem pública”.
O Chega confirmou ontem que o seu líder estava afastado da campanha por motivos de saúde quando este ainda estava no hospotal de Setúbal para realziar exames médicos. André Ventura teve alta durante a noite, lamentou ficar de fora, mas, já hoje, publicou nas redes sociais uma fotografia tirada no hospital.
"As melhoras, sr. André Ventura. Muita força. Os portuguese precisam de si", é a mensagem que se lê num papel que alguém lhe entregou enquanto estava no hospital de Setúbal, onde realizou um cateterismo.
Quando estás fraco, num Hospital, e recebes mensagens como esta daqueles que cuidam de ti. Ainda nos dá mais força para vencer ❤️ pic.twitter.com/4RyG2JgbDW
— André Ventura (@AndreCVentura) May 16, 2025
À saída do Hospital de São Bernardo, em Setúbal, André Ventura falou aos jornalistas e confirmou que iria falhar o último dia de campanha.
"Sinto-me melhor. Conseguimos fazer uma série de exames, que conseguiram tranquilizar-me muito quanto à parte cardíaca. Hospital aconselhou a medicar-me e parar um pouco. Terei mesmo de parar", começou por dizer, à saída da unidade hospitalar.
"Todo o diagnóstico leva-nos a pensar que foi um espasmo esofágico. Tenho muita pena, mas não conseguirei acompanhar o meu partido amanhã. Vou tentar olhar pelo meu esófago. Vou tentar que isto não afete a campanha eleitoral", acrescentou.
Tempos houve em que muitos sociais-democratas não acreditavam que Luís Montenegro viesse algum dia a ser eleito presidente do PSD e, quando finalmente o conseguiu, à segunda tentativa, só após a segunda derrota de Rui Rio em eleições legislativas, não poucos eram os que tinham grandes dúvidas de que viesse algum dia a ser primeiro-ministro. Tudo se alterou com a Operação Influencer, que conduziu à demissão de António Costa e pôs termo à maioria absoluta do PS que supostamente duraria até ao outono de 2026, e o antigo líder parlamentar de Passos Coelho assumiu a chefia do Governo, fruto da vitória da Aliança Democrática, tão distante da maioria absoluta quanto suficientemente acima do PS.
Os quatro anos em que Pedro Nuno Santos foi o principal articulador da Geringonça, na qualidade de secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, assegurando a gestão do apoio dos deputados do Bloco de Esquerda, PCP e PEV à governação minoritária de António Costa, mantêm-se bem presentes na segunda oportunidade para vencer as eleições que o secretário-geral do PS terá, após a derrota tangencial do ano passado.
O líder do PS apelou hoje ao voto dos eleitores de esquerda e de centro que não querem acordar com um "Governo radical" da AD com a IL, prometendo encontrar uma solução governativa para quatro anos.
Em declarações aos jornalistas à margem da tradicional arruada em Moscavide, no concelho de Loures, distrito de Lisboa, Pedro Nuno Santos escusou-se a comentar diretamente a manchete do Expresso, de que o Presidente da República está disposto a adiar a nomeação do primeiro-ministro para dar tempo aos partidos para que negoceiem um Governo que passe no parlamento.
O líder do PS deixou um apelo direto aos portugueses "para não falharem o voto no dia 18 de maio".
"Quem não quiser acordar com um Governo da AD com a IL tem mesmo de ir votar e dirijo-me aos eleitores à esquerda e aos eleitores de centro que não querem um Governo radical que vai desmantelar o nosso estado social. Têm mesmo que votar no PS e não devem dispersar o voto", pediu.
O líder do PS assegurou que "a partir do parlamento que sair das eleições" vai "procurar as condições para governar durante quatro anos".
"O PS já o fez várias vezes. Já conseguimos mais do que uma vez ter um Governo a durar quatro anos. Em democracia a negociação faz parte de todos os processos democráticos. Nós somos capazes de garantir estabilidade e a totalidade de uma legislatura mesmo quando não é maioria absoluta, enfatizou, considerando que "quem nunca conseguiu foi o PSD".
Lusa
O líder da IL estabeleceu hoje o objetivo de ter “o melhor resultado de sempre em legislativas”, depois de, em 2024, ter conseguido oito deputados, e caracterizou o seu partido como uma “bússola de referência num momento conturbado”.
“Nós estamos a caminho, tudo indica, do melhor resultado da IL de sempre em legislativas. É isso que estamos agora a confirmar nos últimos momentos da campanha. É um resultado que esperamos, que estamos convictos que vai acontecer”, afirmou Rui Rocha em declarações aos jornalistas durante uma visita ao mercado de Guimarães, no distrito de Braga.
Nas últimas legislativas, em 2024, a IL já tinha obtido o seu melhor resultado de sempre em eleições para a Assembleia da República, apesar de manter os oito deputados que tinha conquistado em 2022: teve 4,94% dos votos.
Apesar de, nesta campanha, já ter dito que tinha o objetivo de crescer nestas eleições, Rui Rocha explicitou hoje claramente aos jornalistas que a IL pretende ter “o melhor resultado de sempre”.
“Estamos confiantes. Todas as indicações que temos, os estudos de opinião, o contacto com as pessoas na rua, nos dizem que vai acontecer. Agora é decisão dos portugueses, são eles que vão decidir se querem as tais soluções frescas e boas que a IL oferece aos portugueses”, disse.
Pedindo que “ninguém fique em casa e todos votem na mudança que a IL propõe” este domingo, Rui Rocha afirmou que o seu partido é “uma bússola de referência num momento conturbado em todo o mundo”.
“É urgente tomarmos as decisões certas, corajosas e, portanto, neste momento, nesta eleição, o meu desafio aos portugueses é que votem na mudança, votem na energia da IL, votem na capacidade de trazermos soluções novas para o país”, referiu.
O líder da IL garantiu que, “depois dos resultados apurados”, o seu partido irá estar, “como sempre, ao lado dos portugueses, com responsabilidade, focados na estabilidade e na governabilidade do país”.
“Mas governabilidade, insisto, para a mudança”, vincou.
Questionado se, após os resultados serem apurados, vai estar à espera de uma chamada do presidente do PSD, Luís Montenegro, Rui Rocha respondeu: “Não vou estar à espera de nada”.
“Estou à espera que os portugueses reforcem a sua confiança. São os portugueses que decidem, não é mais ninguém”, afirmou.
Rui Rocha vai terminar a campanha para as legislativas em Braga, distrito onde é natural e concorre como cabeça de lista, depois de já ter sido eleito neste círculo eleitoral em 2022 e 2024.
Interrogado se, desta vez, tenciona levar companhia para a Assembleia da República – ou seja, eleger a “número dois” da IL neste círculo –, Rui Rocha reiterou que o seu objetivo é “crescer e ter o melhor resultado de sempre, em Braga e no país”.
Depois de, na visita ao mercado, ter triturado uma couve para o caldo verde e, nesse processo, considerando que a esquerda se “triturou a si própria” na campanha, Rui Rocha disse aos jornalistas que a esquerda “abdicou de trazer propostas para o país, de trazer soluções”.
“Fez uma campanha de ataques, de medo. E quem recorre ao medo e aos ataques para falar aos portugueses, reconhece a sua derrota”, criticou.
Lusa
“Os Bolsonaro vão voltar a ajudar-nos”. Extrema-direita brasileira mobilizada “em peso” nas redes sociais após a indisposição de Ventura. “Voto de protesto não será tão forte”, acreditam PS e AD.
O secretário-geral do PCP afirmou hoje na Baixa da Banheira, concelho da Moita, que a CDU “só pode subir”, considerando que “a grande questão é até onde”, nas legislativas de domingo.
“As previsões estão todas mal, porque a CDU só pode subir. Não há nenhuma dúvida que a CDU vai subir. Aqui, a grande questão é subir até onde. Essa é, talvez, a grande incógnita deste dia”, disse Paulo Raimundo, manifestando-se “muito confiante” de que essa subida será “para lá” dos seus prognósticos, que aponta para um objetivo mínimo de passar de quatro para seis deputados e cerca de mais 100 mil votos face a 2024.
Paulo Raimundo, que ainda irá hoje ao norte do país, com arruada no Porto e comício final em Braga, afirmou que “vale todo o esforço, todo o quilómetro, todo o minuto”, que “todo o contacto é necessário”.
Aos jornalistas, o secretário-geral do PCP voltou a notar que “as pessoas estão desiludidas” e “fartas de promessas que não são cumpridas”, acreditando que a campanha da CDU “está em profunda sintonia com as preocupações das pessoas”.
“Aquilo que dizemos está em profunda ligação com a vida das pessoas. Isso dá-nos uma grande tranquilidade, não só porque acertamos naquilo que é fundamental, como achamos que é isso que vai fazer diferença na vida das pessoas”, acrescentou.
Sobre as pessoas indecisas em quem votar, Paulo Raimundo considerou que é normal que haja uma grande percentagem de indecisos.
“Se as pessoas, os indecisos e os não indecisos, votarem com a sua vida, votarem com os problemas que enfrentam todos os dias, no Serviço Nacional de Saúde, nos salários, nas pensões, na habitação, na precariedade, se votarem com isso, então vão ter de dar mais força à CDU e isso abre um caminho de esperança para o futuro”, afirmou.
No final de uma arruada mais longa do que o normal (um percurso de dez minutos a pé demorou cerca de uma hora), Paulo Raimundo reafirmou a confiança que tinha transmitido aos jornalistas, notando “o carinho e respeito” com que foi recebido na Baixa da Banheira, um antigo bastião comunista.
“Não votem na Galp, não votem na EDP. Votem nas vossas vidas”, disse Paulo Raimundo, num discurso aguerrido, de microfone na mão e não no tripé, como vem sendo hábito pelo secretário-geral, forma de estar que hoje foi também seguida pela número três por Setúbal, Heloísa Apolónia.
DN/Lusa
O presidente do Chega, impedido de participar na campanha por razões de saúde, publicou nas redes sociais um vídeo em que garante que o partido "está em grande força em todo o país".
"Vocês podem imaginar o que me custa não estar no último dia de campanha eleitoral fisicamente", disse André Ventura.
O líder do Chega deixou uma garantia: "Não é por eu estar mais ou menos debilitado que nós não podemos acabar com a corrupção, não é por eu estar mais ou menos debilitado que nós não podemos acabar com a imigração descontrolada, não é por eu estar mais ou menos debilutado que nós não podemos acabar com a subsidiodependência".
Amigos já estou em casa...mas não podemos parar até logo à noite. O país precisa de mudança e ela está, pela primeira vez, nas nossas mãos. Lutem até ao último minuto desta campanha!!! pic.twitter.com/HaCYvXmDwA
— André Ventura (@AndreCVentura) May 16, 2025
Já antes, Ventura tinha participado na campanha eleitoral através de uma videochamada a partir de casa com alguns dirigentes, no final de uma visita ao Mercado do Livramento, em Setúbal.
Já na reta final desta visita, quando a comitiva deixava o mercado, André Ventura falou por videochamada com o líder parlamentar, Pedro Pinto, e a cabeça de lista por Setúbal, Rita Matias, que lideraram o grupo durante esta penúltima ação de campanha.
Nesta chamada, o líder do Chega disse que já se sente melhor e que está “a recuperar”, embora ainda tenha “algumas dores no peito e no pulso”, depois de ter voltado a sentir-se mal na quinta-feira ao final da manhã, durante uma arruada em Odemira, e de ter sido novamente assistido num hospital.
“O que eu estou a sofrer por não estar aí a fazer essa campanha convosco. Já vi que está a correr muito bem e que estamos a ter muito, muito apoio”, afirmou, dizendo que lhe “custa imenso” estar ausente desta reta final da campanha.
Ventura desejou “muita força” aos dirigentes do Chega e referiu que o partido está a travar “uma luta enorme por Portugal e para mudar o país”.
“Eu sei que vocês são perfeitamente capazes de fazer essa tarefa, mesmo que eu não esteja aí, são perfeitamente capazes de fazer a limpeza que Portugal precisa”, defendeu.
“Espero dar-vos um abraço a todos em breve pelo trabalho enorme que estão a fazer. […] Tenho a certeza que vamos vencer Setúbal também nestas próxima eleições. Continuem esta luta, vale mesmo a pena. A minha saúde é só uma pequena parte desta luta que temos de travar”, disse também o presidente do Chega.
Com Lusa
O porta-voz do Livre, Rui Tavares, afirmou hoje que o PS ainda pode, neste último dia de campanha eleitoral, dizer sim às condições do Livre para negociar um eventual governo de esquerda.
“O PS, no último dia da campanha, ainda pode dizer que sim às condições que o Livre estabelece”, insistiu, no Palácio de Cristal, no Porto, onde foi ver uma árvore que o Livre plantou o ano passado.
Dizendo que nestas últimas horas as pessoas ainda podem refletir e escolher o que querem para o país, Rui Tavares, rodeado dos candidatos pelo círculo eleitoral do Porto, considerou que também os outros partidos à esquerda, designadamente o PS, ainda estão a tempo de dizer sim a negociar um governo de progresso e ecologia.
Porque, acrescentou, o Livre está atingir os seus objetivos e pode trazer mudança nestas eleições legislativas, tornando-se num partido charneira para a política portuguesa.
As condições que o Livre põe em cima da mesa para negociar um governo à esquerda são sete: um primeiro-ministro não pode ter empresas como a Spinumviva, empresa da família do presidente do PSD, Luís Montenegro, os ministros devem ser auditados antes de assumir funções, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não pode ser privatizado, o investimento deve ser reforçado na educação e habitação, deve-se apoiar a Ucrânia e reconhecer a independência da Palestina.
“Estas sete condições são muito claras, ainda vão muito bem a tempo de dizer neste último dia que aceitam essas condições para dar esperança às pessoas”, referiu.
Havendo um sim a estas condições, o Livre está disponível para começar a negociar um novo governo que acabe com o “governo das confusões de Luís Montenegro”, disse.
Continuando nos apelos, Rui Tavares considerou que é através do Livre que no domingo o país pode ter a boa notícia de que o ciclo político está a começar a virar.
Sobre os apelos ao voto útil, o dirigente do Livre entendeu que esses são maus para a esquerda porque a preocupação não deve ser em roubar deputados entre partidos da esquerda, mas sim à direita.
“Nós não queremos estar a roubar outros deputados à esquerda, nós queremos estar a ir buscar representação parlamentar aos partidos de direita que aumentaram a sua representação nos últimos anos”, atirou.
Lusa
O presidente do PSD fez hoje a tradicional descida do Chiado, em Lisboa, e fez promessas de diálogo político e social se formar Governo, mas também de combate à manipulação de factos e à desinformação.
Luís Montenegro falava aos jornalistas a meio do percurso, quando se preparava para descer a parte da rua do Carmo, depois de interrogado sobre a suspeita de o Chega estar usar contas falsas nas redes sociais.
O primeiro-ministro começou por advogar que tem “dado primazia absoluta à fidedignidade da informação e à valorização dos órgãos de comunicação social, combatendo a manipulação e a desinformação”.
“Tenho feito um apelo inclusivamente aos órgãos de comunicação social tradicionais para que não percam o seu foco no combate à desinformação”, acentuou.
Depois, neste contexto, sem falar diretamente no Chega, respondeu: “Aqueles que aproveitam hoje, nomeadamente o mundo digital e as redes sociais, para criar ondas de manipulação e de falsidades, todos os políticos e partidos políticos que exploram esses meios não são dignos da confiança do povo”.
Luís Montenegro advertiu, ainda, que é preciso “não se ir atrás das notícias de que não se consegue identificar a origem e que são criadas precisamente nessas redes”.
Em relação às eleições de domingo, Luís Montenegro procurou destacar os acordos sociais feitos pelo seu executivo ao longo dos últimos 11 meses e prometeu manter esse diálogo se voltar a formar Governo.
Na descida do Chiado, o líder do PSD teve ao seu lado a mulher, Carla Montenegro, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, o presidente da Assembleia da República, e membros do seu Governo como o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, também cabeça de lista da AD por Lisboa.
Na primeira linha, estiveram ainda o presidente do CDS, Nuno Melo, antiga líder social-democrata Manuela Ferreira Leite, a “primeira vice” do PSD, Leonor Beleza, e outros membros do seu Governo como Miguel Pinto Luz, António Leitão Amaro ou Margarida Balseiro Lopes.
Lusa
O presidente do PSD terminou hoje a última arruada da AD, no Chiado, a pedir um “último esforço” de mobilização para as eleições de domingo, dizendo que as eleições de domingo são “uma oportunidade para garantir a estabilidade”.
Aos ombros de dois apoiantes, como aconteceu várias vezes além do percurso de cerca de meia hora, Luís Montenegro falou brevemente de microfone na mão já no final da arruada do Chiado (Lisboa), antes de entrar para o carro na Praça do Rossio, e com papelinhos azuis e laranja (as cores ds AD – coligação PSD/CDS-PP) a serem lançados.
“Muito obrigado a todos e a todas. Estamos no último dia da campanha eleitoral, uma campanha eleitoral mágica, uma campanha eleitoral das pessoas, uma campanha eleitoral do futuro e da esperança”, disse.
Aos apoiantes e eleitores potenciais da AD, deixou um último pedido, também em forma de alerta.
“Só vos peço um último esforço, um esforço para darmos tudo até ao último segundo. Todos os indicadores apontam para que estamos no rumo certo, mas nada está garantido. Temos de levar todos a votar e temos de levar a nossa vitória para darmos estabilidade a Portugal”, apelou.
Um pouco antes, em declarações à comunicação social, Luís Montenegro já tinha pedido “um Governo forte, de um primeiro-ministro forte, com liderança”.
Lusa
O Presidente da República saudou hoje a adesão de mais de 314 mil eleitores ao voto antecipado, considerando que é "um sinal muito, muito bom", e recusou falar do que fará após as eleições legislativas de domingo.
"É um sinal muito positivo. Se corresponder ao que se vai passar agora dentro de dois dias, significa que temos uma adesão que pode ser muito acima do esperado, e eu considero isso um sinal muito, muito bom", afirmou, defendendo uma vez mais que é preciso "estabilidade num momento do mundo instável".
Em breves declarações aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre a notícia do jornal Expresso de que "se prepara para um processo pós-eleitoral mais longo" e "não terá pressa em nomear o novo primeiro-ministro".
O chefe de Estado respondeu que não iria "comentar nada" sobre o processo de formação do próximo Governo, acrescentando: "O povo é quem mais ordena e o povo vai ordenar no domingo. Vamos esperar pelo domingo".
Marcelo Rebelo de Sousa não quis também comentar outra notícia do Expresso, de que quando terminar o mandato irá abdicar da reforma a que tem direito como ex-Presidente da República.
"Essa [questão] só se vai colocar a partir do dia 09 de março do ano que vem e, portanto, neste momento, a grande prioridade para Portugal e para os portugueses é realmente, depois de uma campanha e de uma pré-campanha muito longas e com muitos debates, e depois de uma campanha eleitoral muito intensa, participarem, votarem no domingo", respondeu.
Lusa
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O socialista Manuel Alegre disse hoje que as eleições se ganham nas urnas e não com sondagens e que estas eleições são um combate pela transparência e decência contra a falta de ética política.
“Amigos e companheiros, as eleições não se ganham com sondagens, as eleições ganham-se nas urnas, por isso, vamos levantar as nossas bandeiras, vamos erguer o punho do PS, vamos lutar pelo socialismo democrático e vamos ganhar as eleições”, afirmou o antigo candidato presidencial, que falava durante o tradicional almoço na Trindade, em Lisboa, antes da descida do Chiado, que marcam o último dia de campanha.
Numa curta intervenção, Manuel Alegre começou por referir que o país está nesta campanha eleitoral pela “responsabilidade pessoal e direta” do ainda primeiro-ministro, Luís Montenegro, que escolheu “as eleições antecipadas para não ter que ir ao parlamento dar explicações acerca dos negócios da sua empresa familiar”.
“E por isso o nosso combate tem de ser um combate pela transparência contra a falta de transparência, um combate pela decência contra a falta de ética política”, afirmou.
Lusa
O antigo comissário europeu António Vitorino defendeu hoje que falar de presidenciais durante a campanha para as legislativas é “acrescentar ruído” e recusou fazê-lo quando questionado sobre a sua eventual candidatura a Belém.
“Eu sou socialista e venho aqui manifestar o meu apoio à candidatura do PS para as eleições legislativas. Antes que insistam, digo já que falar de presidenciais neste momento é acrescentar ruído e eu não gosto de ruído”, disse aos jornalista durante o tradicional almoço na Trindade, em Lisboa, da caravana do PS em eleições legislativas.
Questionado sobre se tinha sido isso que tinha feito Gouveia e Melo ao anunciar a sua candidatura às presidenciais durante a campanha legislativa, Vitorino disse apenas: “Eu não vou acrescentar nenhum ruído”.
“Prefiro focar naquilo que está em cima da mesa e o que está em cima da mesa é saber o que é que os portugueses para a governação do país, para garantir a estabilidade, solidariedade e progresso social que é o que interessa ao país”, respondeu apenas, reiterando o apoio ao PS.
Sobre se a sua decisão de concorrer às presidenciais pode ter alguma relação com os resultados de domingo, o antigo comissário europeu respondeu: “Todos os resultados são importantes a ser ponderados qualquer que seja o quadro e qualquer que seja a decisão”.
António Vitorino tem sido apontado como eventual candidato às eleições presidenciais do próximo ano.
Lusa
O porta-voz do Livre disse esta sexta-feira que, depois de ultrapassar a Iniciativa Liberal (IL), o próximo passo é "ir atrás dos votos do Chega", que classificou como "um partido de mentira e ocultação".
“A razão por que queremos ser um partido de charneira não é só para ultrapassar a Iniciativa Liberal é porque, prestem atenção ao que estou a dizer, nós a seguir vamos atrás dos votos do Chega, nós vamos ajudar a esvaziar a extrema-direita”, afirmou Rui Tavares no final de uma arruada pela Rua de Cedofeita, no centro do Porto.
O dirigente do Livre garantiu que vai falar com toda a gente, vai percorrer todo o país para dizer a quem vota no Chega de que estão enganados com o partido e estão a ir pelo lado errado.
E insistiu: “O Livre vai desempenhar um grande papel no esvaziamento da extrema-direita em Portugal, podem escrever isto”.
Para Rui Tavares, o Chega não tem “o mínimo pejo” em fazer uso da falsidade e mentira para atingir os seus propósitos.
“Eu, durante esta campanha eleitoral, já ouvi da boca do próprio André Aventura que fui ao Irão, país onde nunca pus os pés, e depois alguém do Chega a certa altura dizia que eu tinha um prédio em Campo do Ourique, até gostava que me mandassem a escritura que é para eu saber onde é que é”, especificou.
Para Rui Tavares, Chega "é sinónimo de mentiras todos os dias", frisou.
Do distrito do Porto, círculo eleitoral onde nas últimas legislativas o Livre elegeu pela primeira vez um deputado, Rui Tavares dirigiu-se aos eleitores que estão a pensar votar no Chega perguntando se, efetivamente sabem em quem estão a votar e, para até domingo, pensarem bem no que querem para o país.
Nas últimas legislativas, os deputados do Chega que foram eleitos “envergonharam todos” no parlamento com casos criminais, alguns “ridículos e outros muito sérios”, apontou.
“A pergunta que eu faço é sabem mesmo em quem é que estão a votar desta vez? Sabem quem é que vão pôr no parlamento?”, questionou.
Lusa
O secretário-geral socialista apelou esta sexta-feira ao voto dos indecisos e dos eleitores que “vão votando entre o PS e o PSD” e que “não querem um Governo radical da AD com a IL”, prometendo “um Governo decente e sério”.
“Todos aqueles eleitores, muitos indecisos, muitos que costumam votar no centro, entre o PS e o PSD, alguns que votaram na AD há um ano e que estão envergonhados com o comportamento de quem apoiaram, podem olhar para o Partido Socialista como um partido em quem se possa confiar”, apelou Pedro Nuno Santos num discurso no último dia de campanha, no tradicional almoço da Trindade, em Lisboa.
O secretário-geral do PS falou diretamente para esses eleitores e insistiu na ideia da “mudança segura, com estabilidade, que respeita a transparência e a ética da política”.
“E muitos desses portugueses que vão votando entre o PS e o PSD, também há uma coisa que eu sei que não querem. Não querem um governo radical da AD com a Iniciativa Liberal”, apontou.
Apesar de todos os problemas, segundo Pedro Nuno Santo, é o “estado social que protege e que dá garantias à esmagadora maioria do povo português”, com o SNS, escola pública ou o sistema público de pensões, avisando que estas conquistas podiam estar em causa com um Governo AD/IL.
“E quem não quiser ser surpreendido na segunda-feira com um Governo destes, com um Governo que seria sempre radical na sua relação com o estado social e com a nossa forma de viver e de nos organizarmos, quem não quer acordar com um governo destes, só tem mesmo uma alternativa: é votar no PS”, apelou.
Este tradicional almoço, ao qual se segue a descida do Chiado, segundo números do partido, esgotou a lotação de 400 pessoas e tem entre os presentes o ex-presidente do parlamento Ferro Rodrigues, o antigo comissário europeu António Vitorino ou o histórico Manuel Alegre.
Lusa
O Hospital de Faro nega que tenha implementado medidas especiais de segurança durante o período em que o líder do Chega, André Ventura, ali esteve internado, ou que tenha havido qualquer incidente, garantiu esta sexta-feira a administração hospitalar.
"Não houve registo de qualquer incidente de segurança antes, durante ou depois do atendimento hospitalar do deputado André Ventura, nem existiram da parte do hospital medidas especiais de segurança", refere a Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve, numa nota enviada à Lusa.
"Não houve necessidade de orientações específicas relacionadas com a sua condição de eleito político", acrescentou a ULS/Algarve, que garante que foram seguidos os protocolos clínicos adequados à sintomatologia apresentada: "A Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), onde o atendimento ocorreu, manteve a sua dinâmica habitual, com total autonomia técnica na afetação de meios e na atuação dos profissionais de saúde."
Refira-se que o líder do Chega justificou o tratamento diferenciado que recebeu "por razões de segurança" e afirmou que foi colocado "numa sala com segurança à porta". "Ou eu ficava com segurança e com polícia ou deixavam-me matar", acrescentou.
Mariana Mortágua disse, no Porto, que faz o balanço "mais positivo possível" da campanha do Bloco de Esquerda, que quis focar nas "pessoas invisíveis, que trabalham, têm dificuldade em encontrar casa, querem uma vida boa e não conseguem nas coisas mais básicas".
A coordenadora nacional dos bloquistas quer que a "política seja assim: campanhas que falam da vida das pessoas e estar com elas".
Mortágua apelou aos eleitores para que "confiem no Bloco de Esquerda". "Cada deputado do Bloco serve para fazer o que defendemos ao longo da campanha: habitação e respeitar quem trabalha para que ninguém tenha medo do futuro", afirmou.
Argumentando que "a CDU tem gente muito capaz" e que "o partido não pode ser subvalorizado", a antiga deputada Joacine Katar Moreira, eleita pelo Livre em 2019, apelou esta sexta-feira ao voto na coligação entre PCP e o Partido Ecologista Os Verdes (PEV).
"Conheci dois dos mais competentes deputados e, diria também, das melhores pessoas enquanto fui deputada", explicou Joacine, aludindo ao antigo deputado eleito pelo PEV José Luís Ferreira e ao atual deputado do PCP António Filipe, e garantindo também que dava este passo "depois de muito refletir" ressalvando que não é militante comunista.
"Votar ainda é o maior poder que temos para mudar o que é preciso mudar e manter o que está certo", compleotu.
"Apelo a quem me segue e confia em mim, a votar na CDU nas próximas legislativas", escreveu ainda a antiga deputada na sua conta na rede social X.
Joacine Katar Moreira, eleita pelo Livre em 2019, passou a deputada não inscrita ainda durante a XIV Legislatura, em março de 2020, depois de lhe ter sido retirada a confiança política por parte do partido.
Na altura, Pedro Mendonça, do Grupo de contacto do Livre, em conferência de imprensa, afirmou que "não era mais possível qualquer órgão acordar de manhã sem saber o que ia ser dito" em nome do partido.
Lembrando que, na altura, o país assistira, "no ultimo congresso, a situações em que Joacine chamou mentirosos a camaradas de partido", Pedro Mendonça considerou que "não era possível continuar a fingir que estava tudo bem".
Porém, o responsável do Livre na altura disse que, referindo ataques racistas que atriuíam a André Ventura contra a deputada, que "Joacine Katar Moreira terá sempre" o apoio do partido "na luta contra o racismo, fascismo e sexismo".
Depois de muito refletir, não sendo militante, no dia 18 voto na CDU - com todas as suas imperfeições.
— JoacineKatarMoreira 🌍 (@KatarMoreira) May 16, 2025
Votar ainda é o maior poder que temos para mudar o que é preciso mudar e manter o que está certo. pic.twitter.com/9O28rhxIhE
O presidente do PSD pediu hoje um voto de confiança para continuar a governar, prometendo estar à altura da responsabilidade independentemente “da maioria” que obtiver, e salientou que agora é hora de os eleitores rematarem à baliza.
Luís Montenegro falava no final de um longo almoço dedicado a mulheres apoiantes da AD – coligação PSD/CDS para as legislativas de domingo, na Estufa Fria, em Lisboa, que terminou já a meio da tarde.
Na parte final da sua intervenção, o líder da AD considerou que nesta campanha eleitoral, que hoje termina, “está tudo dito” e atacou os seus mais diretos adversários, que “difundem mensagens de última hora com novos medos, desvalorizando a inteligência do povo português”.
Os portugueses, segundo Luís Montenegro, podem confiar na AD, “porque independentemente da dimensão da maioria que for atribuída, esta coligação eleitoral estará “à altura da sua responsabilidade”.
“Saberemos ouvir, saberemos estar em diálogo permanente com todos aqueles que estão de boa-fé no espaço público, com todos aqueles que representam setores de atividade em Portugal. Agora é tempo de rematar a baliza, é tempo de marcar golo, é um tempo de fazer aquilo que as mulheres portuguesas fazem melhor do que ninguém: Trabalhar e atingir o resultado”, completou.
Pedro Nuno Santos, líder do PS ,fez hoje um derradeiro apelo ao voto para que “ninguém fique em casa” no domingo, mostrando-se convicto que vai derrotar a AD e as sondagens, porque considera ser preciso um Governo “sério e transparente”.
“Faltam dois dias e nós vamos ganhar estas eleições. Que ninguém fique em casa. Só o PS pode trazer estabilidade ao país e um rumo para Portugal”, apelou Pedro Nuno Santos no final da tradicional descida do Chiado, em Lisboa, falando em cima de um pequeno palanque com o arco da Rua Augusta em pano de fundo.
O líder do PS pediu, por diversas vezes, “que ninguém fique em casa” para que o país não acorde na segunda-feira com “um Governo da AD com a IL”, considerando que “seria um governo radical”.
“Precisamos de um Governo sério, com políticos sérios, de um Governo transparente, que respeite as pessoas e que permita ao pais avançar em vez de andar para trás”, disse.
Insistindo várias vezes que o PS vai ganhar, mas que para isso é preciso que as pessoas votem no domingo, Pedro Nuno Santos aproveitou as últimas horas da campanha para os derradeiros apelos ao voto.
“No dia 18 nós vamos ganhar, vamos derrotar a AD e vamos derrotar as sondagens porque o povo vai votar e o PS vai ganhar”, enfatizou.
Com três pensos visíveis nos braços, na sequência da hospitalização recente a que foi sujeito, o líder do Chega disse que a sua "saúde era apenas" um "percalço", e que o que motivava era a missão contra a corrupção. "Vivemos num país inundado de imigração ilegal", atirou, insistindo que a sua saúde era apenas um "pequeno ponto".
O discurso de André Ventura, na Praça do Município, em Lisboa, como se tornou tradição no Chega, encerrou o último dia da campanha com a consciência, alegou, de "que não devia estar aqui hoje", mas afirmou que "não conseguia não estar".
"Não conseguia não estar aqui hoje para conseguirmos cumprir a missão de transformar Portugal", acrescentou.
Com várias alusões ao seu próprio estado de saúde, André Ventura agradeceu a todos os que o apoiaram ao longo desta semana, lembrando que, mesmo quando "já estava a dar sinais de maior debilidade, saíram e lutaram ainda mais".
"Mostrámos a força deste partido", afirmou Ventura, enquanto assegurava que o Chega "não é um partido de circunstância, nem é um partido do momento. É um partido que não desiste até transformar Portugal e isso é trabalho destes homens e mulheres".
André Ventura, com uma voz aparentemente emocionada, lembrou os seus "internamentos hospitalares" e as pessoas que, nesses momentos, lhe quiseram "muito mal".
"Houve muitos que nos quiseram mal, houve muitos que me queriam morto e acabado e enterrado. Houve muitos que nos quiseram, mas houve muitos mais que nos quiseram bem pelo país todo e houve muitos mais que nos deram força", disse.
André Ventura considerou que é "nestes momentos" que a "luta" que travou "valeu a pena".
"Por isso muita gente me pergunta se quero responder a políticos, comentadores, que disseram que estávamos a fabricar. Se um dia passassem por isto, sentiriam o que é passar por uma dor terrível e tremenda", argumentou, revertendo as críticas que diz terem sido dirigidas a si e ao partido. "Nós devemos responder aos milhares, se não aos milhões, que nos disseram que continuem."
O líder do Chega, lembrando as palavras de incentivo que disse ter recebido ao longo destes dias de ausência da campanha, destacou a missão do partido: "Mudar Portugal."
"Falharam durante 50 anos", acusou André Ventura, falando numa "bandalheira total" em relação à "imigração ilegal", e insistindo que o seu objetivo é "convencer todos, todos, todos".
"Viva Portugal", concluiu o líder do Chega, assegurando que no domingo o partido vai vencer as eleições.
O ex-juíz Rui Fonseca e Castro, que atualmente lidera o partido de extrema-direita Ergue-te, foi esta sexta-feira identificado pela PSP durante uma ação de encerramento da campanha do partido que incluiu uma cruz em madeira, como símbilo cristão, e vários balões com imagens de caras de porcos estilizadas.
A PSP abordou a comitiva do Ergue-te e mostrou o despacho do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, acabando por informar Rui Fonseca e Castro de que não estava autorizada nenhuma arruada, tendo de ficar a ação do partido confinada à Praça do Martim Moniz. O documento do executivo municipal justificava o impedimento de haver uma arruada do Ergue-te com o parecer da PSP, que alertava para um "risco real e fundado de perturbação da ordem pública".
Durante a ação do partido, Rui Fonseca e Castro disse aos jornalistas que iria conseguir eleger pelo menos um deputado para a Assembleia da República pelo círculo de Lisboa.
Inês Sousa Real pediu hoje aos eleitores que deem uma oportunidade ao partido para crescer, argumentando que votar nas forças políticas que já têm grupos parlamentares "não vai fazer qualquer diferença".
"No dia 18 de maio é a única oportunidade que temos de resgatar o grupo parlamentar, de dar mais força ao PAN. Votar nos grandes partidos ou nos partidos que já sabemos que têm vindo a crescer, até por força do que dizem as sondagens e que já têm grupos parlamentares, não vai fazer qualquer diferença", afirmou a porta-voz do PAN na Avenida de Roma, em Lisboa.
Sousa Real disse ainda que "as pessoas têm demonstrado muita preocupação que o PAN desapareça da Assembleia da República", devido ao que indicam as sondagens, e frisou que se os eleitores "têm um voto que querem depositar de forma útil, esse voto tem de ser no PAN".
Luís Montenegro afirmou esta sexta-feira, no comício no Campo Pequeno que encerra a campanha da AD, que "há muitos anos" que não sentia "tanto entusiasmo".
"Podem ter a certeza que o Luís vai trabalhar, cada vez mais. Vamos dar cada vez mais esperança a cada mulher e cada homem em Portugal. Há muitos anos que não víamos uma campanha assim. Há muitos anos que não sentíamos tanto entusiasmo. Que não sentíamos que nas ruas, em casa, no trabalho, nas instituições e no Campo Pequeno uma força tão grande a acreditar no que somos capazes de fazer enquanto país, nação, comunidade e força que temos dentro de nós. Foi uma campanha mágica, completamente focada nas pessoas e no futuro, é claro, a olhar para os onze meses em que governámos mas a pensar no que vamos fazer nos próximos quatro anos", afirmou o líder da AD e primeiro-ministro cessante.
"Esta é uma campanha com alma, alegre, e da portugalidade. Para toda a gente e em todo o lado. A olhar para cada pessoa para lhe dar esperança e futuro, para sermos mais fortes como país. Este é um projeto interclassista, intergeracional e inter-regional, que assenta numa equipa e numa liderança. É um programa abrangente, estratégico e estrutural, a pensar no futuro", prosseguiu, tendo enumerado os principais desafios de cada faixa etária. "Vamos dar mais rendimento e oportunidades", assumiu, vincando a necessidade de baixar impostos e de garantir que "quem trabalha ganhe mais do que quem não trabalha".
Montenegro voltou a piscar o olho aos pensionistas. "Todas as pensões vão ser atualizadas anualmente. É um compromisso de honra. Em onze meses, subimos duas vezes o complemento solidário para idosos. E no final da legislatura, em 2029, o complemento solidário para idosos vai ser 870 euros. E se tivermos possibilidade, ainda vamos dar um suplemento extraordinário quando as finanças públicas permitirem", assegurou.
O líder da IL, Rui Rocha, ‘fechou’ hoje a sua campanha eleitoral garantindo que saberá “interpretar os resultados” que saírem das eleições legislativas e dirá “presente aos portugueses”, reiterando que o partido pretende “mudar o país”.
“Assim como estivemos à altura das circunstâncias em todos os momentos, a partir da noite do dia 18, saberemos interpretar os resultados, assumiremos as responsabilidades que os portugueses nos quiserem confiar e diremos ‘presente’ portugueses. Sempre com um propósito: transformar o país, mudar o país. Para nós, igual ao que está não é suficiente. Para nós, é preciso muito mais para Portugal”, afirmou o líder da IL.
Rui Rocha discursava no segundo andar do autocarro de campanha da IL, onde subiu ao som da música “We will rock you”, da banda britânica Queen. Quando começou o discurso, foi desenrolada uma faixa na parte lateral do autocarro em que se lia: “Obrigado Portugal, desta vez é liberal”.
Perante algumas dezenas de membros da IL, de camisola e bandeiras azuis, Rui Rocha frisou que a mensagem essencial do partido é que quer “um país de sucesso”, frisando que “Portugal pode ser muito melhor”, ter “muito mais oportunidades, muito mais crescimento e muito mais soluções”.
“E é por isso que quando vemos os outros envolvidos na pequena política, no dia-a-dia, a olhar apenas para o curto prazo, nós dizemos, quer à AD, quer ao PS: o nosso caminho não é por aí. O nosso caminho é para a frente. Não estamos aqui para perder tempo, estamos mesmo para acelerar Portugal”, disse.
Lusa
A coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, avisou hoje que “todos os votos contam” nas legislativas antecipadas de domingo e salientou que “em cada distrito” vai estar em causa um deputado do seu partido ou do Chega e da IL.
“Sabemos que no domingo vamos contar voto a voto, sabemos que no domingo todos os votos contam, voto a voto. E por isso, a toda a gente queremos dizer: em muitos distritos como Setúbal, Porto, Aveiro, Lisboa, Leiria, Coimbra, em Braga, decide-se tudo. Decide-se se há um deputado do BE ou do Chega ou da IL”, realçou Mariana Mortágua no comício de encerramento da campanha bloquista, no Jardim da Avenida Luísa Todi, em Setúbal.
No derradeiro combate ao voto útil, a líder do BE insistiu que “quem quer a esquerda no parlamento, quem quer tetos nas rendas, vota no BE no domingo”.
“Em cada distrito, quem quer uma esquerda forte no parlamento, uma esquerda capaz de combater a extrema-direita, uma esquerda capaz de lutar por todos, vai votar no Bloco de Esquerda”, sublinhou.
A cabeça de lista por Lisboa falou ainda diretamente para “quem ainda está indeciso, não sabe em quem há de votar” e que vai “esperar até ao último minuto, até entrar na urna do voto para decidir”.
“Nós queremos dar uma confiança a todas essas pessoas, todas essas mulheres, todos esses homens, que vão entrar naquela urna para decidirem quem é que vão votar. Eu sei que querem baixar o preço das casas. Eu sei que querem respeitar o trabalho. E eu sei que conhecem a vida difícil das mulheres deste país, que se levantam tão cedo e deitam tão tarde, tão tarde, para aguentar este país. E a todas essas pessoas que sabem o que é importante, que sabem o que conta na vida, nós dizemos, vota BE”, apelou.
Mortágua argumentou que os deputado do seu partido “não vão recuar nem um passo, não baixam a voz, não baixam a cabeça, não se calam, não temem” e estarão no parlamento “para enfrentar a extrema-direita”.
Lusa
A cerca de uma hora do início do dia de reflexão, Pedro Nuno Santos fez um derradeiro apelo ao voto, insistindo nas ideias de que o PS vai derrotar a Aliança Democrática (AD) e as sondagens, no papão que seria um governo da AD com a Iniciativa Liberal (IL) e da não dispersão de votos à esquerda.
"Foi uma grande campanha. Foram umas eleições provocadas por quem não quis dar explicações. Também por isso, mas não só por isso, eles vão perder as eleições e nós vamos ganhar. Vamos ser nós a garantir estabilidade. Além de derrotar a AD, vamos derrotar as sondagens pela terceira vez. Além de não serem sérios, mostraram que eram incompetentes. Vão perder também porque deixaram a saúde pior do que há um ano. Têm de ser penalizados por isso. Enganaram sistematicamente as pessoas", afirmou num comício na sede do PS, no Largo do Rato, em Lisboa.
"A pior coisa que poderia acontecer é acordarmos na segunda-feira com governo da AD e da IL. O estado social foi uma grande conquista. Era só o que faltava se permitíssemos que governassem para meia dúzia de vencedores e o resto de vencidos. Precisamos que não haja dispersão de votos à esquerda, mas sim concentração de votos no PS", prosseguiu.