O PS mantém curta vantagem sobre a AD no Barómetro DN/Aximage de abril, mas está agora dentro da margem de erro da sondagem, ao contrário do que acontecia no mês anterior, o que é consistente com outros dois sinais resultantes das 667 entrevistas realizadas entre 4 e 8 de abril: mais de metade dos inquiridos antecipam que a coligação PSD-CDS vença as legislativas de 18 de maio e Luís Montenegro continua a superar Pedro Nuno Santos na confiança para primeiro-ministro, agora com nove pontos de vantagem.Enquanto no Barómetro Aximage/DN de março, cujas entrevistas foram realizadas antes do chumbo da moção de confiança que levou à queda do Governo e marcação de eleições antecipadas, o PS tinha cinco pontos de vantagem sobre a AD (30,8%-25,8%), agora os socialistas descem para 30,1% e a coligação de centro-direita sobe para 27,2%. Ficam separados por uma diferença inferior à margem de erro, de 3,8%, já após a distribuição dos 7,8% de indecisos. . Os socialistas vão à frente no Norte, na Área Metropolitana de Lisboa e no Sul e Ilhas (nesse caso por oito décimas), enquanto a AD lidera no Centro e na Área Metropolitana do Porto. No que diz respeito a escalões etários, o PS continua a dominar nos mais velhos (65 anos ou mais), com 44,9% das intenções de voto, enquanto apenas 28,3% indicam que votarão na coligação da qual resultou o atual Governo. A AD é a favorita dos mais ricos (31,8%) e mais pobres (30%), enquanto os socialistas dominam nas classes C1 (32,3%) e C2 (31,6%).Pouco atrás do PS e da AD vem o Chega, indiciando que a Assembleia da República poderá voltar a ter uma maioria de eleitos dos partidos de direita. O partido de André Ventura recupera em relação ao barómetro anterior, passando de 17,3% para 18,6% nas intenções de voto, o que lhe permitiria melhorar ligeiramente o resultado que em 2024 lhe permitiu eleger 50 deputados. Passa para a frente nos mais jovens, com 23,9%, adiantando-se aos 23,5% da AD e aos 22,1% do PS, e também não fica longe de liderar no segmento dos 35 aos 49 anos, com 25,5%, contra 26,1% do PS. Fica ainda em segundo nos mais pobres (Classe D), com 24,1%, só atrás da AD (30%), e não anda longe da coligação na Área Metropolitana de Lisboa (22,9%-21,9%) e no Sul e Ilhas (27,1%-25,5%).Em sentido contrário, mesmo com o estatuto de quarta força partidária, conquistado em 2022 e repetido dois anos mais tarde, a Iniciativa Liberal recua em relação a março, descendo de 7,3% para 6,1%, que mesmo assim é um reforço em relação aos 4,9% de 2024. Tem os pontos mais fortes no Norte (12,7%), na Área Metropolitana do Porto (11,3%) e nos inquiridos entre 35 e 49 anos (10,3%), com o pior resultado no Sul e Ilhas (2,3%).À esquerda do PS, só o Livre tem motivos de satisfação, passando de 2,5% em março para 4,4% em abril, em contraciclo com as restantes forças desse lado do hemiciclo: a CDU apresenta 3,2%, ao nível do resultado das legislativas de 2024, o Bloco de Esquerda cai para 2,3% e o PAN recupera em relação ao Barómetro DN/Aximage de março, para 1,8%, que manteriam esse partido com boas hipóteses de permanecer na Assembleia da República. No entanto, dessas quatro forças, só o Livre apresenta resultados acima da margem de erro deste estudo de opinião..Confiança em Montenegro.A vantagem de 2,9 pontos percentuais que o PS mantém sobre a AD nas intenções de voto não impede que a grande maioria dos inquiridos tenha apontado a coligação liderada por Luís Montenegro como grande favorita à vitória nas legislativas. Houve 51% a apontar a AD como vencedora, enquanto 26% indicaram o PS, 5% outros partidos e 18% disseram não saber ou não querer responder. Um dos sinais de falta de crença numa mudança de Governo reside no facto de 28% dos que votaram socialista em 2024 afirmarem que a AD vencerá a 18 de maio, enquanto o inverso só se aplicou a 9% dos que deram o voto à coligação então constituída por PSD, CDS e PPM. E também a maioria dos eleitores do Chega (59%) e daqueles que se abstiveram há um ano (41%) apontam para a vitória da AD. . Para isso também contribuirá o défice de Pedro Nuno Santos face a Luís Montenegro na confiança para ser primeiro-ministro. Em abril, o fosso entre o presidente do PSD e o secretário-geral do PS alargou-se para nove pontos, com Montenegro a ser indicado por 36% dos inquiridos, enquanto Santos ficou nos 27%. No Barómetro DN/Aximage anterior, realizado pouco antes da votação da moção de confiança, e após o Governo sobreviver a duas moções de censura, por entre sucessivas notícias sobre a Spinumviva, empresa fundada pelo primeiro-ministro, o social-democrata tinha a confiança de 34% dos inquiridos e o socialista subira para os 28%. Atualmente, Pedro Nuno Santos só lidera no Sul e Ilhas, entre os mais velhos e naqueles que votaram PS nas legislativas de 2024.. Maior equilíbrio existe entre os que acreditam que destas legislativas sairá uma solução de estabilidade e os que defendem o contrário. Dos inquiridos pela Aximage, 41,4% dizem que sim e 40,8% que não. Os mais otimistas são os eleitores da AD em 2024: 55% acreditam que 18 de maio será o início de algo duradouro. .Ficha técnica.Objetivo do Estudo: Sondagem de opinião realizada pela Aximage - Comunicação e Imagem Lda. para o DN sobre intenção de voto legislativo e temas da atualidade política.Universo: Indivíduos maiores de 18 anos residentes em Portugal.Amostra: Amostragem por quotas, obtida a partir de uma matriz cruzando sexo, idade e região (NUTSIl), a partir do universo conhecido, reequilibrada por género (2), grupo etário (4) e escolaridade (2). A amostra teve 667 entrevistas efetivas: 553 entrevistas CAWI e 114 entrevistas CATI; 328 homens e 339 mulheres; 150 entre os 18 e os 34 anos, 171 entre os 35 e os 49 anos, 152 entre os 50 e os 64 anos e 194 para os 65 e mais anos; Norte 225, Centro 139, Sul e Ilhas 73, Área Metropolitana de Lisboa 230.Técnica: Aplicação online - CAWI (Computer Assisted Web Interviewing) - de um questionário estruturado a um painel de indivíduos qué preenchem as quotas pré-determinadas para os indivíduos com 18 ou mais anos; entrevistas telefónicas - metodologia CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing) do mesmo questionário devidamente adaptado ao suporte utilizado, ao sub-universo utilizado pela Aximage nos seus estudos políticos. O trabalho de campo decorreu entre 4 e 8 de abril de 2025. Taxa de resposta: 80,85%.Margem de erro: O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de + ou - 3,8%.Responsabilidade do estudo: Aximage - Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de Ana Carla Basílio.