O Partido Popular Monárquico distanciou-se do PSD depois da polémica à volta da denominação AD, sob a qual se apresentou em eleições em 2024, mas que, entretanto, deixou de integrar em 2025. Por isso mesmo, tal como no Porto, em torno de Nuno Cardoso e na Guarda com Sérgio Costa, é também em Oeiras visível a coligação PPM/Nós Cidadãos.“Candidatei-me para desmarcarar o que se passa em Oeiras. Depois de oito anos de oposição, não faz sentido que o PSD traia os eleitores. Essa oposição nunca foi refletida, porque o PSD assumiu pelouros. Havia um acordo secreto, basta ver a saída da vereadora Joana Baptista para Lisboa na lista de Moedas. Agora, o PSD vai à boleia de Isaltino, que, habilmente, disse ir para o último mandato e também que não pretendia chegar aos 50% de votação para baixar expectativas porque sabe que as pessoas estão cansadas e desiludidas”, assim descreve o advogado Miguel Peixoto Parente, portuense, agora a residir no concelho de Oeiras, e que se declara independente, apesar dos contactos para esta candidatura com os dois partidos.Incomum é a aposta de se candidatar como cabeça de lista do PPM e Nós Cidadãos à Câmara e Assembleia Municipal: “A Assembleia é particularmente importante quando existe uma maioria tão consolidada na Câmara. Podemos fazer esse papel de fiscalização. Aliás, tal como no regime britânico vamos pedir que, em Assembleia, os vereadores com pelouro sejam escrutinados e apresentem o seu trajeto. É forma de garantir confiança e eliminar incompatibilidades.”A crítica estende-se ao PS, que “permitiu que a coligação liderada pelo Bloco de Esquerda fosse a voz da oposição” e que se alia ao PS “na esperança de manter um lugar na Câmara”. Garante que, em caso de ser eleito vereador, “não aceitaria pelouros”. Ao DN manifestou preocupação com a delegação de competências nas freguesias sem o devido escrutínio, exemplificando: “Somos a favor de delegar funções, mas em Algés, Dafundo, Cruz Quebrada foram dados fundos acima dos 500 mil euros para limpeza do espaço público. São 2 milhões de euros num mandato e as ruas estão sujas, a limpeza de sarjetas não existe, o espaço público está ao abandono. É preciso escrutínio.” Peixoto Parente aponta ainda “calçadas sem conservação que levam a quedas”, pedindo uma Oeiras com “gestão mais rigorosa.” .Candidato da IL diz que PSD "continua voluntariamente no bolso" de Isaltino Morais.Última dança de Isaltino depende muito das polémicas e menos da força da oposição