José Manuel Pureza foi líder parlamentar do Bloco de Esquerda e deputado em três legislaturas distintas, assumindo-se como aposta forte para o partido em Coimbra, de onde é natural. Depois de o partido ter passado de 12 para cinco vereadores de 2017 para 2021, a meta é ganhar força no centro do país. Ao DN, explica a inexistência de coligações. “Em 2013, o Movimento Cidadãos por Coimbra foi criado, ajudei a criá-lo, e nasceu para tentar juntar a esquerda contra a lógica PS/PSD na governação. O Bloco prescindiu, desde essa altura, de listas próprias, mas esse movimento tomou uma decisão de se juntar à coligação que gravita em torno do Partido Socialista”, declara, contestando “a rotação entre PS e PSD” que, segundo o professor universitário, gera “cansaço nos cidadãos de Coimbra”, por falta de “respostas sociais na habitação, serviços públicos e habitação”, categorizando que o “PS está ladeado de partidos que se mantêm na rotação ao centro.” Assume, porém, que existiram “conversas com o Livre”, mas que a opção conjunta não se proporcionou.A meta é ir “até ao infinito e mais além”, citando o filme da Disney Toy Story, embora depois seja realista nas perspetivas eleitorais. “Queremos representar Coimbra em todos os locais e bater-nos por um lugar na vereação”, afirmando ter sido “a primeira força política a apresentar programa” e que não pensa contribuir na governação de direita e que, em caso de vitória do PS, avaliaria as propostas a aplicar: “Não imagino aceitar um pelouro de um governo municipal de direita, se não for esse o resultado [ganhar o PS] a contribuição do Bloco para uma governação municipal será em função do que for o acolhimento destas propostas.”Está de acordo com a nova solução do Metrobus, mas lamenta que as obras tenham “esventrado a cidade”, pedindo que haja um “efetivo aproveitamento” e criação de uma “rede de transportes públicos que limitem a entrada massiva de carros”. Avança querer “passes gratuitos para todos, considerando “acomodável dedicar 4,5 milhões de euros dos 265 milhões de orçamento”. Falando de um “consumo de drogas duras escondido”, sugere a “criação de uma sala assistida de consumo”, como existe em Lisboa desde 2021. “É uma posição frontal, corajosa, é por isso que somos conhecidos”, assume, dedicando a vontade de investir em emprego qualificado no clima, que “consiga fixar a população e diferencie Coimbra no país”. Pede que pelo menos “25% das novas construções sejam de renda acessível”, as penalizações para devolutos e a “interdição de venda de edifícios públicos para ter uma bolsa municipal de habitação que regule a oferta.” José Manuel Silva é recandidato ao município e apoiado por PSD, CDS-PP, Nós, Cidadãos!, PPM, Volt e MPT, Ana Abrunhosa tem PS, Livre, PAN e Cidadãos por Coimbra a seu lado. A CDU recandidata o vereador Francisco Queirós, Maria Lencastre Portugal foi a selecionada pelo Chega. .Autárquicas. Coimbra, do levantar ao ganhar vai uma enorme montanha para os socialistas.BE defende criação de salas de consumo assistido de drogas.Legislativas: José Manuel Pureza volta a encabeçar lista de candidatos do BE em Coimbra