Os doze cabeças de lista à Câmara do Porto convergiram esta terça-feira, 30 de setembro, na necessidade da melhoria de transportes públicos na cidade, mas têm visões diferentes para resolver trânsito da VCI e tema do Metrobus passou ao lado.Embora o avanço das obras relativas à segunda fase do Metrobus tenha marcado o primeiro dia do período oficial de campanha no Porto - com a Metro do Porto a garantir que obras foram autorizadas pelo município, Rui Moreira a ressalvar que só foi emitida uma licença de ocupação do espaço público e candidatos a trocarem acusações entre si – o tema só mereceu uma referência pontual ao longo do debate.Para o candidato do PS à presidência da câmara, Manuel Pizarro, “o que é mesmo necessário” é melhorar o transporte público. Pizarro prometeu a gratuitidade do passe para pessoas com mais de 65 anos e aumentar os corredores `bus´. Para a Via de Cintura Interna (VCI) apontou a necessidade de a transformar numa avenida urbana, através da diminuição da velocidade..Metro do Porto diz que obra do metrobus só avançou com autorização da câmara municipal. Já o cabeça de lista pela coligação PSD/CDS-PP/IL, Pedro Duarte, voltou prometer transportes gratuitos para todos os portuenses, uma medida orçada em 25 milhões de euros anuais que quer cobrir com o aumento da taxa turística, e afirmou que para a VCI ou se proíbe a passagem de pesados, ou aplica-se portagens.Para o independente Filipe Araújo, justiça social não é "dar tudo a todos” e, por isso, demarcou-se das “promessas de gratuitidade feitas pelo PS e pelo PSD” e acusou os sucessivos governos de nada terem feito pela VCI.Para além de um “transporte público de qualidade”, Sérgio Aires, cabeça de lista do Bloco de Esquerda, considerou importante haver mais aposta na mobilidade suave, diminuição da velocidade dos carros no centro da cidade e regulamentação dos TVDE..Pedro Duarte (PSD) interpôs providência cautelar para parar obras do metrobus no Porto. Miguel Corte-Real, do Chega, abordou o tema do Metrobus para dizer que é importante ter um plano de como investir para, depois, “o dinheiro não ser para o lixo”, exemplificando com esta obra. Acusou também a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) de “má gestão” e quer levar o Mercado Abastecedor para Gondomar.Diana Ferreira, da CDU (PCP/PEV), defendeu o reforço do transporte público e do seu “conforto”, mais frequência, redes partilhadas de bicicletas integradas no Sistema Andante, a criação de uma rede metropolitana “que responda às necessidades” e lamentou que várias propostas sobre a VCI que levou à Assembleia da República enquanto deputada tenham sido chumbadas.Nuno Cardoso (NC/PPM) defendeu que a A41 não pode ter portagens porque foi criada para dissuadir o trânsito do centro do Porto, quer uma rede de transportes com mais frequência e que a UNIR e a STCP estejam ligadas para “haver uma organização melhor”.Pelo Livre, Hélder Sousa, comprometeu-se com 200 quilómetros de corredor `bus´, a diminuição de espaços para os carros e sublinhou a importância de aumentar as linhas de metro, mas também as ligações ferroviárias intermunicipais.Guilherme Alexandre Jorge, do Volt, diz ser necessário reduzir a velocidade para combater os acidentes rodoviários.Pelo ADN, Frederico Duarte Carvalho, diz ser preciso criar um organismo do Grande Porto para dialogar com o poder central.Maria Amélia Costa, do PTP, defendeu transportes gratuitos e a substituição dos sinais de trânsito por polícias sinaleiros.Do Partido Liberal Social, Luís Tinoco Azevedo não especificou soluções e disse que falta vontade política para concretizar a ideia da cidade dos 15 minutos.Relativamente à segurança, tema discutido nos últimos 15 minutos do debate, os candidatos às autárquicas de 12 de outubro divergem se as “sensações de insegurança” provam que a cidade é insegura e na sua abordagem ao problema.O atual executivo é composto por seis eleitos pelo movimento independente de Rui Moreira, três eleitos pelo PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.