O candidato presidencial António José Seguro apelou este sábado, 8 de novembro, ao Governo para retomar o diálogo com as centrais sindicais, para tentar evitar a greve geral anunciada para 11 de dezembro.Em declarações em Guimarães, à margem de uma conferência sobre economia e habitação, Seguro manifestou-se “bastante preocupado” com a perspetiva da greve.“O apelo que eu faço e dirijo é ao Governo, no sentido de tomar iniciativas de modo a que o diálogo volte a existir, que sejam tidas em conta as propostas que os trabalhadores, através dos seus representantes, têm apresentado e que se evite a realização desta greve geral, que naturalmente terá consequências negativas para o país”, referiu.O secretário-geral da CGTP anunciou este sábado uma greve geral para 11 de dezembro, no final da marcha nacional contra o pacote laboral, em Lisboa.“Estou bastante preocupado porque a marcação de uma greve geral é uma coisa rara no nosso país, a última foi há mais de 10 anos e isso só acontece quando os trabalhadores consideram que não há condições de continuar esse diálogo”, disse ainda António José Seguro.Acrescentou que hoje já teve oportunidade de falar ao telefone com o líder da UGT sobre o assunto, mas escusou-se a adiantar o teor da conversa.“Neste momento, dirijo um apelo ao Governo, porque considero que o Governo tem essa responsabilidade, esse dever e essa obrigação para evitar esta greve geral”, reiterou.O secretário-geral da CGTP disse que “com posição já tomada ou em processo final de decisão por muitas estruturas sindicais, foi possível estabelecer a convergência para uma greve geral no próximo dia 11 de dezembro”.Apesar de não ter mencionado outras estruturas sindicais, foi noticiado esta sexta-feira pelo Expresso que a UGT também se iria unir a esta greve geral.Entre as alterações contidas no anteprojeto do Governo de revisão da legislação laboral estão a extensão da duração dos contratos a prazo, o regresso do banco de horas individual, o fim do travão à contratação externa após despedimentos, a revisão das licenças parentais e o reforço dos serviços mínimos obrigatórios em caso de greve..“O ataque é brutal, vamos à greve geral.” CGTP anuncia paralisação para 11 de dezembro.Trabalhadores afetos à CGTP protestam contra revisão da legislação laboral (veja as fotos)