André Ventura vai responder em tribunal por causa de cartazes sobre Bangladesh e ciganos

André Ventura vai responder em tribunal por causa de cartazes sobre Bangladesh e ciganos

Assembleia da República deverá aprovar esta sexta-feira um parecer da Comissão de Transparência que autoriza o presidente do Chega e candidato presidencial a responder em tribunal.
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A Assembleia da República deverá aprovar esta sexta-feira, 5 de dezembro, um parecer da Comissão de Transparência que autoriza o presidente do Chega e candidato presidencial, André Ventura, a responder em tribunal por causa dos seus cartazes que visam o Bangladesh e a comunidade cigana, avança a SIC Notícias.

Este parecer da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados vai autorizar Ventura "a prestar presencialmente depoimento, na qualidade de réu", perante o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, segundo se pode ler no referido parecer.

O líder do Chega não tem obstaculizado o levantamento da sua imunidade parlamentar para responder em tribunal em todos os processos judiciais em que tem estado envolvido.

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Em causa os cartazes onde se lê que "os ciganos têm de cumprir a lei" e "isto não é o Bangladesh".

O Ministério Público (MP) abriu um inquérito, na sequência de várias denúncias, aos cartazes do Chega sobre o Bangladesh e a comunidade cigana, revelou a Procuradoria-Geral da República (PGR) a 11 de novembro, na sequência de uma queixa de associações ciganas.

A queixa foi entregue no inicio de novembro no Tribunal de Lisboa, um documento elaborado pelo advogado Ricardo Sá Fernandes.

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Na sequência da instalação dos cartazes do Chega, o movimento SOS Racismo apresentou também, no DIAP de Lisboa, uma queixa-crime contra André Ventura e outros deputados do Chega por discriminação e incitamento ao ódio e à violência.

A Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial informou igualmente que encaminhara três participações sobre o mesmo assunto para o MP.

Tendo recebido e apreciado as queixas, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) considerou não haver "indícios da prática de algum ilícito eleitoral" nos cartazes de André Ventura no âmbito da candidatura à Presidência da República. Ainda assim, a CNE garantiu que continuaria a remeter para o Ministério Público as queixas que chegassem.

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