O processo de privatização da TAP em concurso não terá alterações via Parlamento. O debate desta sexta-feira, 19 de setembro, requerido há cinco semanas por PCP, Livre e Bloco de Esquerda, foi rejeitado na Assembleia da República. Chega, IL, PSD e CDS-PP votaram contra e garantiram que o processo não sofre alterações.O PS tinha pedido ao Governo para que a companhia mantivesse a área de manutenção de aeronaves em Portugal e que, além disso, continuasse a comprar bens e serviços a centenas de fornecedores nacionais. Tal como avançou o DN, o PS também vincou, à semelhança do Chega, que se devem manter rotas para as ilhas e para a diáspora, exigindo a recuperação dos 3,2 mil milhões de euros que o Estado injetou na companhia. Como tal, os socialistas abstiveram-se, viabilizando, portanto, a medida, mesmo que o Chega tivesse alterado o sentido de voto. O JPP absteve-se também.De votos favoráveis apenas os partidos de esquerda, Livre, PCP e Bloco de Esquerda e o PAN.O decreto-lei para a privatização de 49,9 por cento da TAP prevê que o investidor privado possa ficar com mais do que 44,9 por cento da companhia, adquirindo o que os trabalhadores não comprarem dos cinco por cento que têm reservados. Lufthansa, Air France-KLM e IAG são as maiores interessadas na compra da TAP. Contrariada a reapreciação da privatização, o processo segue o seu curso, sem deslizes temporais consequentes..Governo insiste que TAP precisa de um “grande parceiro” como acionista.Processo de privatização da TAP escapa a recuos no Parlamento