Alexandra Leitão (à esquerda), vereadora do PS na Câmara de Lisboa
Alexandra Leitão (à esquerda), vereadora do PS na Câmara de LisboaANTÓNIO COTRIM/LUSA

Alexandra Leitão prevê que é "difícil” PS viabilizar orçamentos do novo executivo de Lisboa

Liderando a vereação socialista no executivo municipal de Lisboa, Alexandra Leitão reforçou que o PS vai ser “uma oposição rigorosa, muito exigente, leal, como sempre”.
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O PS na Câmara de Lisboa perspetiva que seja “difícil” viabilizar orçamentos do novo executivo presidido por Carlos Moedas (PSD), ao contrário do que aconteceu no último mandato, afirmou esta terça-feira, 11 de novembro, a vereadora socialista Alexandra Leitão.

“Em princípio, e não me estando a vincular a nada, porque temos também que conversar, temos que ver, mas em princípio eu diria que será difícil viabilizarmos orçamentos deste executivo”, disse Alexandra Leitão, à entrada para a cerimónia de instalação dos órgãos municipais de Lisboa para o mandato 2025-2029, que ocorreu na Gare Marítima de Alcântara.

Liderando a vereação socialista no executivo municipal de Lisboa, Alexandra Leitão reforçou que o PS vai ser “uma oposição rigorosa, muito exigente, leal, como sempre”.

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No anterior mandato 2021-2015, os quatro orçamentos municipais da liderança do social-democrata Carlos Moedas, que governou sem maioria absoluta - situação que se mantém no mandato que agora se inicia -, foram aprovados graças à abstenção dos vereadores do PS, tendo contado com os votos contra da restante oposição, nomeadamente PCP, Livre, BE e Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre).

Sobre uma eventual aliança entre a candidatura PSD/CDS-PP/IL com o partido Chega, a socialista Alexandra Leitão recusou fazer comentários a partir de “boatos ou coisas que ainda não aconteceram”.

“Vamos aguardar para ver como é que, quer na Câmara Municipal, quer na Assembleia Municipal, este novo ciclo que se inicia, com novas correlações de forças, como é que vai evoluir”, declarou a vereadora do PS.

Nas eleições de 12 de outubro, o social-democrata Carlos Moedas foi reeleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa, através da candidatura “Por ti, Lisboa” - PSD/CDS-PP/IL, que obteve 41,69% dos votos e conseguiu oito mandatos, mais um do que os sete alcançados em 2021, ficando a um de obter maioria absoluta, o que exigiria a eleição de nove dos 17 membros que compõem o executivo da capital.

A segunda candidatura mais votada foi a “Viver Lisboa” - PS/Livre/BE/PAN, encabeçada pela socialista Alexandra Leitão, que teve 33,95% dos votos e elegeu seis vereadores, seguindo-se o partido Chega, que conseguiu 10,10% dos votos e dois mandatos, e a CDU (coligação PCP/PEV), que obteve 10,09% dos votos e elegeu um vereador, tendo falhado a eleição de um segundo mandato pela diferença de um voto em relação ao Chega.

No mandato 2021-2025, o executivo municipal integrou sete eleitos da coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), sete eleitos da coligação "Mais Lisboa" (PS/Livre), dois da CDU e um do BE. O Chega não conseguiu eleger vereadores em 2021.

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