O XVI Governo da Madeira, que surge das eleições antecipadas de domingo, é composto por oito secretarias regionais, tendo sido reconduzidos dois dos titulares do executivo anterior e inclui duas mulheres, foi anunciado esta sexta-feira.Segundo a informação divulgada pela Presidência do Governo Regional da Madeira, o novo executivo madeirense tem mais uma secretaria que o anterior.O presidente do governo madeirense, o social-democrata Miguel Albuquerque, decidiu manter o titular com as pastas da Educação, Ciência e Tecnologia, Jorge Carvalho, que está em funções desde 20 de abril 2015.Também reconduziu o do Turismo, Eduardo Jesus, que passa a ter o pelouro do Ambiente, continuando a coordenar a área da Cultura e ficando sem a Economia.Esta última pasta passa para o líder do CDS-PP, José Manuel Rodrigues, que foi o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira desde 2019 e foi o único eleito do partido no domingo, vai ser o secretário regional com esta tutela, fruto do acordo parlamentar e governativo celebrado com o PSD que veio garantir a maioria absoluta.A secretaria regional da Saúde e Proteção Civil passa a ter como responsável Micaela Freitas, que era presidente do conselho diretivo do Instituto de Segurança Social da Madeira, que vai ocupar o lugar de Pedro Ramos que esteve no governo madeirense desde 2016.A pasta das Finanças será de Duarte Nuno de Freitas, um licenciado em Economia, que foi diretor regional do Orçamento e Tesouro, presidente do Instituto de Desenvolvimento Empresarial da Madeira (IDE) e vai substituir Rogério Gouveia.A secretaria regional da Agricultura e Pescas vai ficar sob a responsabilidade de Nuno Maciel, um professor da escola da Calheta, que foi deputado do PSD nas três últimas legislaturas, ocupando um lugar no hemiciclo desde 2019.Estas pastas estiveram sob a alçada de Rafaela Fernandes na última legislatura.Outra estreia no Governo da Madeira é Paula Margarido, uma advogada com Mestrado em Direito de Empresa e dos Negócios, eleita deputada para a Assembleia da República na XVI legislatura, em 2024, que vai tutelar as áreas da Inclusão, Trabalho e Juventude que tiveram como responsável Ana Sousa.Paula Margarido está ligada à Comissão de Coordenação Nacional das Comissões Diocesanas para Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis e à coordenação da Comissão Diocesana do Funchal para Proteção dos Menores e Adultos Vulneráveis, sendoembro da Comissão Diocesana das Migrações e Turismo da Diocese do Funchal.Também foi membro do Conselho Geral da Universidade da Madeira (2021 até março de 2024) presidente do Conselho Regional da Madeira da Ordem dos Advogados (09/2019 a 12/2019 e 2020-2022).Para a secretaria de Equipamentos e Infraestruturas foi escolhido Pedro Rodrigues, um engenheiro civil que desempenhou o cargo de diretor regional do Equipamento Social e Conservação.Hoje, o representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, depois de ter ouvido representantes das seis forças partidárias que garantiram assento na Assembleia Regional, indigitou o social-democrata Miguel Albuquerque, líder do PSD, vencedor do sufrágio, como presidente do próximo governo do arquipélago..Miguel Albuquerque volta a ser indigitado presidente do Governo Regional da Madeira. O PSD conseguiu eleger 23 deputados, falhando por um a maioria absoluta, mas assinou esta semana um acordo de incidência parlamentar e governativa com o CDS-PP, que obteve um assento na Assembleia Legislativa.O JPP elegeu 11 deputados, passando a ocupar o lugar de líder da oposição, o PS oito, o Chega três e a IL um.Miguel Albuquerque, que lidera o executivo desde 2015, foi constituído arguido num processo que investiga suspeitas de corrupção no início de 2024. Demitiu-se e foi reeleito em maio em eleições antecipadas, mas o seu executivo minoritário caiu com a aprovação de uma moção de censura em dezembro.Estas foram as terceiras legislativas realizadas na Madeira em cerca de um ano e meio, tendo concorrido num círculo único 14 listas: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.O sufrágio ocorreu 10 meses após o anterior, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive Miguel Albuquerque -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.