O candidato presidencial Jorge Pinto disse esta sábado, 1 de novembro, que a sua candidatura “fazia falta”, que será uma “voz distintiva” nestas eleições e que o país precisa de um Presidente da República que seja um “contrapeso democrático”.Jorge Pinto, 38 anos e deputado do Livre, falava na apresentação da sua candidatura a Belém, em Amarante (distrito do Porto), concelho de onde é natural.O candidato explicou que decidiu ir a jogo porque “não surgiu uma candidatura extra partidária que agregasse as esquerdas” e pudesse recuperar a Presidência da República.A sua candidatura, frisou, “fazia falta”. É uma candidatura “da esquerda democrática, ecologista, europeísta, regionalista e globalista, uma candidatura feminista, antirracista, defensora intransigente dos direitos humanos, da dignidade e da decência”.“Nós precisamos disto e eu não podia virar a cara a esta luta. Eu estou hoje muito convicto que esta foi a decisão certa. A minha candidatura, a nossa candidatura, vai ser uma voz distintiva nestas eleições”, afirmou, garantindo que é “orgulhosamente de esquerda” e que a “esquerda não é uma gaveta, mas sim uma janela”.Num cenário em que o país tem “uma maioria parlamentar de mais de dois terços de direita e extrema-direita, ambos os governos regionais de direita, Lisboa, Porto e Braga também com presidências de direita”, Jorge Pinto realçou esta eleição presidencial "é particularmente importante"."Porque nós precisamos de um Presidente da República que seja um contrapeso democrático. Um Presidente da República que tenha a coragem e a clareza de dizer o que fará caso o nosso regime e os alicerces do nosso regime estejam sob ameaça”, frisou.A propósito, deixou a sua “primeira promessa”.“Se no parlamento houver a tentação de haver uma revisão drástica da nossa Constituição, feita apenas pela direita e pela extrema-direita, uma revisão drástica que não passou pelas eleições, que não passou pela campanha eleitoral, que não foi discutida com os portugueses, fica aqui a minha promessa: eu voltarei a chamar os portugueses às urnas para que essa discussão tenha lugar e para que os portugueses digam se estão ou não estão confortáveis com uma revisão drástica da nossa Constituição”, garantiu..Presidenciais: 67% dos militantes do Livre aprovam apoio a Jorge Pinto."O Estado está a falhar-nos na habitação, na saúde, na educação. E não pode falhar", aponta Catarina Martins