5 de outubro: Marcelo Rebelo de Sousa pede "compromisso" para manter "República e Democracia"
Paulo Spranger

5 de outubro: Marcelo Rebelo de Sousa pede "compromisso" para manter "República e Democracia"

Apesar da ausência de discursos oficiais, Presidente da República emitiu uma nota no site da presidência. Carlos Moedas recebeu Marcelo e Montenegro. Vereadores João Ferreira e Rui Tavares presentes.
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Não existiram discursos na cerimónia oficial dos 115 anos da Implantação da República. Apenas a habitual guarda de honra, o hino nacional e o içar da bandeira, que decorreu sem sobressaltos e de forma serena, por Portugal estar em período de campanha autárquica.

Marcelo Rebelo de Sousa, que chegou depois de Luís Montenegro à Câmara Municipal de Lisboa, não esteve mais de uma hora no local e não emitiu qualquer declaração pública. Ainda assim, foi publicada, durante a cerimónia, uma nota oficial no site da presidência, com avisos aos cidadãos. "A República e a Democracia estão hoje bem vivas em Portugal, mas para que assim continue precisamos de renovar o nosso compromisso com os seus ideais e os seus valores, sempre com atenção aos novos desafios e à necessidade de estar à altura, na prática política e constitucional, daqueles princípios", pode ler-se.

Sem ser uma mensagem dirigida, de forma direta, a qualquer interveniente, ficou clara a preocupação com os populismos e com os possíveis desrespeitos pelos direitos básicos à Constituição.

Depois de Marcelo Rebelo de Sousa, saiu Luís Montenegro, que ruma já ao Norte para a campanha eleitoral. Apesar de confrontado pelos jornalistas sobre o possível regresso dos ativistas intercetados por Israel, o primeiro-ministro não fez qualquer declaração.

Diga-se que o primeiro-ministro esteve muito sorridente no Salão Nobre, conversando animadamente com o presidente da Assembleia da República, Aguiar Branco.

Carlos Moedas, presidente da Câmara, e Rui Tavares, porta-voz do Livre e vereador municipal eleito em 2021, demoraram-se a explanar algumas das salas e obras mais emblemáticas dos Paços do Concelho ao presidente da República. Animadamente, o historiador e líder do Livre associou-se a Moedas como anfitrião no Salão Nobre.

João Ferreira, da CDU, e Diogo Moura, do CDS-PP, foram alguns dos vereadores presentes na cerimónia e assistiram de perto ao içar da bandeira na varanda para a Praça do Município. Já à porta, os membros do executivo municipal ainda em exercício aproveitaram a ocasião para tirar uma foto de grupo. No final, gritaram: “Viva a República!”

Estiveram poucas pessoas no local, acumularam-se centenas de turistas junto ao Terreiro do Paço, mas foi feito um enorme cordão de segurança, que evitou a passagem para o outro lado e, consequentemente, que muitos pudessem assistir à cerimónia.

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