Medina promete creches gratuitas em Lisboa até 2025

Atual presidente da autarquia apresentou a recandidatura esta tarde. Presente na sessão, António Costa deixou farpas a Carlos Moedas e Rui Rio: "Esta não é uma candidatura para a preservação do líder do PS por interposta pessoa".
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Fernando Medina prometeu esta tarde "creches gratuitas" até final do próximo mandato (em 2025) para as "famílias jovens da classe média" residentes em Lisboa. O atual presidente da autarquia anunciou esta segunda-feira a recandidatura ao cargo nas eleições de 26 de setembro próximo.

"Fará parte do nosso compromisso eleitoral a redução progressiva dos valores pagos pelas famílias com creches, tendo em vista assegurar que se tornarão gratuitas até ao final do mandato para as famílias jovens da classes médias que residam em Lisboa", referiu Medina.

"Será a mais importante política de apoio aos rendimentos das jovens famílias, um poderoso incentivo à natalidade e à fixação de jovens" na cidade, defendeu o autarca socialista, que somou esta promessa às rendas acessíveis e ao passe único para afirmar que estes três eixos serão a base do programa socialista às próximas autárquicas, para fixar residentes na capital.

Mas, para já, diz Medina, a grande prioridade é o combate à pandemia. "Quero ser muito claro: nada neste tempo se sobreporá à nossa missão de proteger Lisboaos lisboetas. Nenhuma ação nos distrairá do fundamental: auxiliar os mais necessitados, apoiar a economia e o emprego, promover a testagem em massa, apoiar a aceleração da vacinação", afirmou o autarca.

Na sessão, que decorreu na Estufa Fria, esteve também presente António Costa. E foi com farpas ao PSD de Rui Rio e à candidatura a Lisboa do social-democrata Carlos Moedas que o secretário-geral socialista abriu a sessão. Falando numa candidatura "pela cidade e para a cidade" - "Ao contrário de outras, esta não é uma candidatura para a preservação do líder do PS por interposta pessoa. O líder do PS está, felizmente, de boa saúde e continuará assim".

E se foi por aí que começou, foi também por aí que acabou. "A cidade não pode ser um espaço simplesmente de aventura política, de afirmação, contabilização do jogo partidário", diria António Costa já no final de um breve discurso, sublinhando que Lisboa "é um grande valor que o país tem".

Pelo meio, o líder socialista - que presidiu à autarquia lisboeta entre 2007 e 2015 - destacou alguns temas para um trabalho que "nos próximos anos vai ser muito exigente". A começar pelas consequências da covid-19: "Temos de tratar as sequelas desta pandemia, económicas e sociais".

A habitação foi um dos eixos destacado pelo secretário-geral socialista, que apontou também a mobilidade como outro desafio central para a cidade.

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