Pedro Nuno Santos reagiu às notícias sobre a abertura de uma averigação preventiva.
Pedro Nuno Santos reagiu às notícias sobre a abertura de uma averigação preventiva.Foto: José Sena Goulão / Lusa

PS critica DCIAP por abrir averiguação a Pedro Nuno Santos: "Quem fez isto marcou um autogolo"

Ataques ao Ministério Público e à comunicação social marcaram reações de socialistas, repetindo-se o "quem não deve não teme" pronunciado pelo secretário-geral do partido.
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As reações de dirigentes e militantes socialistas às declarações do secretário-geral do PS, após a revelação de que o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) abriu uma averiguação preventiva, na sequência de denúncias anónimas acerca das condições em que comprou imóveis, pautaram-se pelo total apoio ao líder do partido e pelas acusações aos presumíveis responsáveis pelo caso que agitou a política nacional nesta quarta-feira.

"Quem fez isto para tentar fragilizar o PS marcou um grande autogolo", escreveu o deputado e líder da concelhia do Porto, Tiago Barbosa Ribeiro, afirmando que a averiguação preventiva "anunciada cirurgicamente à imprensa em pleno período eleitoral", e baseada numa denúncia anónima sobre "factos com anos que já foram anteriormente cabalmente esclarecidos", acabou por ser "um erro estratégico dos seus autores".

De igual modo, o professor universitário e comentador televisivo Miguel Prata Roque, candidato derrotado à presidência da Federação da Área Urbana de Lisboa do PS, defendeu nas redes sociais que "toda a gente percebeu porque é que Pedro Nuno Santos está sob mira de quem se habituou a manipular eleições".

"É lamentável que o Ministério Público se deixe instrumentalizar, numa luta política suja, e não cumpra as suas funções constitucionais em silêncio e recato", acusou Prata Roque, dizendo que "a tática das fugas para jornalistas escolhidos a dedo" demonstra haver quem, "dentro do Ministério Público, usa os poderes que todos nós lhe investimos para tentar influenciar um resultado eleitoral".

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Além dos ataques ao Ministério Público e à comunicação social, entre os socialistas também se fizeram comparações entre Pedro Nuno Santos, que partilhou online documentos relacionados com as suas transações imobiliárias, e a relutância apontada a Luís Montenegro em prestar esclarecimentos sobre o seu envolvimento com a empresa Spinumviva depois de ter regressado à política ativa, como líder do PSD e, mais tarde, enquanto primeiro-ministro.

"Mesmo em plena pré-campanha, e perante uma denúncia anónima, há uma diferença que salta à vista: Pedro Nuno Santos escolhe a transparência; Luís Montenegro foge à imprensa e recusa esclarecer o Parlamento", escreveu Sofia Pereira, secretária-geral da Juventide Socialista.

Por seu lado, o presidente da Federação de Setúbal do PS, André Pinotes Batista, elogiando a reação de Pedro Nuno Santos à averiguação preventiva aberta pelo DCIAP, escreveu que, "se Luís Montenegro tivesse feito o mesmo, nem em eleições estaríamos e, muito provavelmente, nem as notícias de 2023 tinham regressado, sob a mão do anonimato".

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