O primeiro-ministro, Luís Montenegro, fez o discurso de vitória dizendo que os portugueses lhe deram, nestas eleições, uma missão clara: a de governar com o programa da AD.
"O programa de base de governação é o da AD e todos devem ser capazes de dialogar", disse Montenegro, ladeado pela mulher e pela mãe, apelando às oposições para terem "sentido de estado" para que garantam uma legislatura de quatro anos.
"O povo quer este governo e não quer outro", disse Montenegro, acrescentando: "O povo quer este primeiro-ministro e não quer outro".
O líder do PSD promete "continuar a apoiar a juventude", em particular num contexto internacional difícil que se adivinha, bem como "a valorizar a função pública" de forma a que esta possa servir de base a uma economia mais pujante.
"Vamos continuar a regularizar a emigração", prometeu ainda Montenegro, ideia que seguiu de imediato com o "reforço das nossas forças de segurança e Forças Armadas".
Montenegro prometeu ainda "continuar a estimular a produtividade", privilegiando a meritocracia - "quem produz mais tem de ter a compensação" - o líder social-democrata prometeu ainda "não falhar aos pensionistas.
"Vamos ser um governo para todos, todos, todos", foi a última promessa do primeiro-ministro.
Mais de 10 milhões de eleitores são este domingo chamados às urnas para eleger os 230 deputados à Assembleia da República na próxima legislatura, e de onde sairá o novo Governo.
As mesas de voto estarão abertas entre as 08:00 e as 19:00 em Portugal Continental e na Madeira, enquanto nos Açores abrem e fecham uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.
Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar para as eleições legislativas antecipadas de hoje 10,8 milhões de eleitores.
No passado domingo, mais de 314 mil eleitores dos 333.347 inscritos para o voto antecipado já exerceram o seu direito, correspondendo a uma afluência de 94,45%, segundo o balanço enviado à Lusa pela secretaria-geral do Ministério da Administração Interna.
Este número supera o registado nas eleições legislativas de 2024, onde foi registada uma taxa de participação de 93,8% no voto antecipado em mobilidade.
No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais - 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e Fora da Europa -, num ato eleitoral que terá um custo a rondar os 26,5 milhões de euros.
Concorrem a estas eleições 21 forças políticas, mais três do que nas eleições de março do ano passado.
O Partido Liberal Social (PLS) é o único partido estreante neste ato eleitoral, juntando-se a AD (PSD/CDS-PP), PS, Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, RIR, JPP, PCTP/MRPP, Nova Direita, Volt Portugal, Ergue-te, Nós, Cidadãos!, PPM e, com listas apenas numa ou nas duas regiões autónomas, MPT, PTP e PSD/CDS/PPM.
Nas legislativas anteriores, em 10 de março de 2024, a taxa de abstenção situou-se nos 40,10%, tendo-se verificado uma descida em relação às legislativas de 2022, nas quais a taxa de abstenção atingiu os 48,54%.
A legislatura atual, que terminaria apenas em 2028, foi interrompida depois do chumbo de uma moção de confiança apresentada pelo executivo minoritário PSD/CDS-PP, que contou com os votos contra do PS, Chega, BE, PCP, Livre e deputada única do PAN.
Este texto surgiu após a apresentação de duas moções de censura ao Governo (de PCP e Chega, ambas rejeitadas) e de uma comissão de inquérito proposta pelo PS, e foi justificada pelo primeiro-ministro com a necessidade de “clarificação política”.
No centro da crise política estiveram notícias sobre a empresa da família do primeiro-ministro, a Spinumviva, que geraram dúvidas da oposição sobre eventuais conflitos de interesses e acusações de falta de transparência a Luís Montenegro.
Lusa
Estas são as 19.ªs eleições para o parlamento, contabilizando as eleições para a Assembleia Constituinte de 25 de Abril de 1975.
É a segunda vez que os portugueses são chamados às urnas desde março de 2024 e são as terceiras eleições em três anos, desde 2022.
» Número de eleitores: 10.850.215 eleitores
» Eleitores recenseados no estrangeiro:
Europa - 947.217 eleitores
Fora da Europa - 631.673 eleitores
Total - 1.578.890 eleitores
» Deputados a eleger: 230
» Número de círculos eleitorais: 22
» Maiores círculos eleitorais: (no território nacional)
Lisboa – 1.913.096 eleitores – 48 deputados
Porto – 1.591.445 eleitores – 40 deputados
Braga – 782.401 eleitores – 19 deputados
Setúbal – 754.775 eleitores – 19 deputados
Aveiro – 642.080 eleitores – 16 deputados
» Círculos eleitorais mais pequenos: (no território nacional)
Portalegre – 92.543 eleitores – 2 deputados
Beja – 118.328 eleitores – 3 deputados
Évora – 132.631 eleitores – 3 deputados
Bragança – 132.779 eleitores – 3 deputados
Guarda – 139.520 eleitores – 3 deputados
» Número de forças políticas concorrentes (partidos/coligações): 21
» Partidos que concorrem a todos os círculos: AD, PS, CH, IL, BE, CDU, Livre, Ergue-te, PPM, ADN, RIR
» Número total de candidatos: 4.757 (aproximadamente a população de Vila Nova de Paiva, segundo números do INE de 2023)
» Partidos estreantes: Partido Social Liberal (PSL)
» Orçamento total das campanhas: 8.511.740,73 €
» Orçamentos de campanha por partido/coligação:
AD - Coligação PSD/CDS: 2.550.000 €
PS: 2.250.000 €
Chega: 1.600.000 €
IL: 575.000 €
CDU: 595.000 €
BE: 460.140,73 €
Livre: 150.000 €
PAN: 150.000 €
(...)
PTP: 100 €
» Custo global das eleições: 26,5 milhões de euros
» Número de membros das mesas de voto: 63.020 membros de mesa
» Número de mesas de voto: 12.604 mesas de voto em território nacional.
Lusa
O DN responde a estas e mais questões sobre as legislativas deste domingo. Leia aqui:
O Centro Nacional de Cibersegurança vai ter uma “célula de monitorização” a acompanhar as eleições. Secretas e PJ estão convocadas. O coordenador Lino Santos revela quais são as ameaças e medidas.
Leia aqui:
O primeiro-ministro e líder da AD Luís Montenegro já exerceu o direito de voto, no memso local de sempre: a Escola Primária nº 2 de Espinho. Eram perto das 9.45 quando o presidente do PSD, que procura a reeleição para chefe do Governo, surgiu com a mulher, Carla Montenegro.
Após o voto, manifestou aos jornalistas a "expetativa de que haja uma boa taxa de participação". "É muito importante que os portugueses sintam a responsabilidade de escolher o seu futuro e aproveitem o direito a ser parte ativa dessa escolha e, através dessa participação, possam colaborar para a criação das condições para termos um futuro de esperança e estabilidade", acrescentou.
Montenegro salientou "a preocupação que todos têm em que destas eleições saiam soluções positivas, maior capacidade para o país crescer, prosperar, para que possa haver maior justiça social, mais oportunidades".
O primeiro-ministro em gestão, que viu o seu Governo cair após chumbo de uma moção de confiança, levando às terceiras legislativas em quatro anos, reaferiu ainda, perante uma pergunta da imprensa internacional, que "há procura de maior estabilidade, mas isso dependerá agora das escolhas".
De resto, Luís Montenegro garantiu ainda não ter preparado qualquer discurso para esta noite eleitoral: "Só vou pensar no discurso final a partir da aparição dos resultados. Não vale a pena pensar nisso muito cedo. Estou muito tranquilo, como é meu hábito. E também confiante."
As eleições legislativas estão a decorrer com normalidade, apenas com algumas queixas relativas a atrasos no início da votação presencial, devido à necessidade de lançar em urna os votos antecipados, disse fonte da Comissão Nacional de Eleições.
“Neste momento não temos informação nenhuma de boicotes, está tudo a correr na normalidade. Há pequenos incidentes pontuais, mas normais nas eleições”, afirmou o porta-voz da CNE, André Wemans.
“Temos algumas queixas de eleitores, que têm de esperar pela contagem [dos votos postais], mas a mesa quando faz isso já está aberta”, precisou a mesma fonte.
De acordo com o porta-voz da CNE, a mesa tem de colocar em urna os votos antecipados, quando abre: “Por lei, é das primeiras coisas que tem de fazer, verificar os envelopes que recebeu e a seguir abrir o voto e colocá-lo dentro da urna”.
“Isso em algumas mesas está a fazer com que demore. As pessoas podem ter de esperar e como tivemos aquele recorde de participação em voto antecipado, se calhar em algumas mesas fica mais pesado o arranque”, admitiu.
Os números relativos ao voto em mobilidade, enviados à CNE pela Secretaria Geral da Administração Interna, indicavam 333.000 inscrições para votar antecipadamente e a participação rondou os 94%, com cerca de 314.000 votos, precisou André Wemans.
As mesas de voto para as eleições legislativas antecipadas encerram hoje às 19:00 em Portugal Continental e na Madeira, fechando uma hora depois nos Açores, devido à diferença horária.
O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, sublinhou a importância da escolha que os portugueses vão fazer nas legislativas, após “algum tempo com turbulência política, com duas legislaturas que não terminaram”.
Após votar no Centro Cívico de Nogueiró, em Braga, Rui Rocha apelou à afluência às urnas “em massa”, seguindo o “excelente sinal” dado no passado domingo, com o voto antecipado.
“Nós tivemos, de facto, algum tempo com turbulência política, duas legislaturas que não terminaram, também por isso é muito importante a escolha que fizerem, a credibilidade das soluções que encontrarem, das equipas, dos programas, e isso é fundamental”, referiu.
Para o líder da IL, o que se está a decidir nas Legislativas de hoje “é muito importante”.
“O apelo que faço é que tenham em conta que temos quatro anos pela frente de uma legislatura muito exigente, e, portanto, faz sentido que todos contribuam com a sua escolha para esses quatro anos que se seguem”, acrescentou.
Em relação ao pós-eleições e a uma eventual solução governativa entre a AD e a IL, Rui Rocha não se quis pronunciar.
“Isso não é tema para agora, agora estamos a votar, estamos a decidir o parlamento, o parlamento depois terá as opções que os portugueses entenderem. É o momento de apelarmos ao voto e apelarmos a uma decisão em consciência dos portugueses (…). Apelo a todos os portugueses a que se dirijam às urnas e façam as suas escolhas em consciência. Da minha parte, a minha confiança nos portugueses é total”, disse ainda.
Vincou que ir às urnas “é sempre uma homenagem a esse primeiro momento em liberdade que ocorreu há 50 anos”, com as primeiras eleições livres.
Lusa
O secretário-geral do PCP votou pelas 09:36 para as legislativas no concelho da Moita, no distrito de Setúbal, manifestando a expectativa de as pessoas poderem celebrar a vida com mais condições a partir de segunda-feira.
"Espero que hoje, esta noite, existam mais razões para as pessoas celebrarem melhores condições, para começarem a vida na segunda-feira com melhores condições", disse Paulo Raimundo em declarações aos jornalistas depois de depositar o boletim de voto na urna da secção 16 na escola básica de Alhos Vedros.
Lusa
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, publicou na rede social Facebook um vídeo com apelo ao voto na AD e elogios aos candidatos da coligação na Madeira.
O vídeo esteve apenas alguns minutos online e foi posteriormente apagado, mas o DN sabe que chegaram já queixas à Comissão Nacional de Eleições sobre a publicação de Miguel Albuquerque, que, além de presidente do Governo Regional madeirense, é também um alto dirigente nacional do PSD e membro do Conselho de Estado.
As reações de choque sucedem-se.
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O porta-voz do Livre pediu hoje às pessoas para não se esquecerem de votar porque é um gesto simples que pode mudar a vida do país e ajudar a ter uma democracia melhor.
“Que toda a gente vá votar, que toda a gente vá fazer este gesto simples que pode mudar a vida do país”, incentivou Rui Tavares depois de ter votado na Escola Secundária Gil Vicente, em Lisboa.
O dirigente do Livre lembrou que o voto custou muito a conquistar, daí ser tão importante ir votar.
“Só há 50 anos é que tivemos pela primeira vez eleições livres e justas e em que as mulheres participaram sem mas, nem meio mas, sem nenhum tipo de condições”, salientou.
Portanto, acrescentou, aquilo que é pedido é que as pessoas, além de exercer um direito, que cumpram com esse dever para com o país.
“É tão simples e ajuda tanto a que tenhamos uma democracia melhor”, disse Rui Tavares.
Rui Tavares compreende que as pessoas estejam cansadas e frustradas por não terem uma eleição com um ciclo político normal, mas isso não as deve fazer perder de vista o dever que têm para com o país.
“É um direito que temos e que, se não o exercermos, se vai desvalorizando”, insistiu.
Rui Tavares, cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Lisboa, pediu ainda atenção ao voto dos emigrantes de onde têm havido relatos de vários problemas administrativos.
"Se os emigrantes querem participar é sinal de uma ligação ao país que não se pode perder", afirmou, ressalvando que esses problemas deveriam ser resolvidos de uma vez por todas.
“Venham votar, não se esqueçam de votar, é pelo bem de nós todos, dos filhos, dos netos e por aí fora”, concluiu.
Lusa
"Acabei de ser agredido por um indivíduo que me chamou 'amigo dos monhés' e atirou-me ao chão com uma 'pazada' na cara. Gritou 'vota chega'." A denúncia é de Miguel Coelho, presidente de Junta PS em Santa Maria Maior, freguesia lisboeta.
Após ter votado em Telheiras, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, mencionou o episódio de violência em declarações aos jornalistas e formulou votos para que não se repita.
Em declarações telefónicas à Lusa, Miguel Coelho explicou que o incidente ocorreu quando visitava as mesas de voto para saber se o ato eleitoral está a correr bem.
“Numa delas, em Alfama, estavam pessoas para votar na fila, entrei para cumprimentar e um indivíduo começou a chamar-me nomes”, relatou, acrescentando que a agressão foi cometida por um indivíduo que conhece e do qual já fez queixa à polícia.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, fez um apelo a uma “grande participação” nas eleições legislativas, pedindo que ninguém fique em casa, nem deixe para os outros a sua escolha sobre o futuro.
“Este é o momento de apelo à participação, de respeito pela democracia, por uma participação cívica, respeitadora de todos, tolerante, mas muito participada, é isso que eu desejo”, afirmou Pedro Nuno Santos, em declarações aos jornalistas depois de ter votado, pelas 11:45, na Escola Básica de Telheiras, em Lisboa, acompanhado pelo filho.
Pedro Nuno Santos pediu que não se deixe para os outros a decisão sobre o futuro.
“Para que não sejamos surpreendidos com coisas que nós não queremos na segunda-feira é importante que as pessoas participem, votem, votem obviamente naquela que é a sua preferência e, portanto, eu desejo um dia sereno, mas de grande participação eleitoral e de respeito por todos”, afirmou o líder do PS.
Lusa
O presidente do CDS, Nuno Melo, pediu hoje aos portugueses que votem “para que Portugal possa ter estabilidade celebrar a democracia” e para que seja possível às pessoas “concentrarem-se no que de facto é importante”.
“Portugal foi o segundo país da União Europeia que mais eleições teve em 10 anos. Só a Bulgária teve mais eleições. O meu apelo é que votem para que Portugal possa ter estabilidade. Seja quem seja [eleito], votem. Na campanha eleitoral fizemos tudo o que podíamos, corremos o país. Todos os partidos o fizeram e agora é hora de celebrar a democracia”, disse Nuno Melo.
O líder do CDS, que votou na Escola Manoel Oliveira, no Porto, pelas 11:45, mostrou-se impressionado com o número de pessoas que viu neste estabelecimento de ensino a votar, “mais”, disse, do que as que viu à mesma hora há um ano, algo que quer crer que é um sinal positivo quanto à abstenção.
“O facto de termos tido muitas eleições também pode contribuir para os portugueses quererem quebrar esse ciclo. Vamos ter eleições autárquicas e eleições presidenciais e tivemos legislativas há um ano, vamos estar em campanhas sucessivas e apelos sucessivos aos votos, mas o importante é que Portugal tenha, se possível, um ciclo de estabilidade para que as pessoas se concentrem no que de facto é importante”, disse.
Lusa
O registo fotográfico do repórter Leonardo Negrão na Escola Básica 2,3 Professor Delfim Santo, em Lisboa
A líder do BE apelou à participação nas legislativas antecipadas ao lembrar que se assinalam 50 anos das primeiras eleições livres e salientou que “o voto útil é o que elege deputados que defendem propostas úteis”.
“Estes são os 50 anos do voto livre, são os 50 anos em que as mulheres puderam pela primeira vez votar em Portugal e, por isso, apelo a toda a gente para votar, às mulheres e aos homens deste país, que querem um país mais justo, para virem, para votarem, e apelo também para que votem em quem os representa, para que votem com convicção”, apelou Mariana Mortágua.
A coordenadora nacional do BE falava aos jornalistas depois de ter votado para as legislativas antecipadas deste domingo na secção 23 da Escola Básica n.º 1 de Lisboa, freguesia de Arroios, em Lisboa.
“O voto útil é aquele que elege as deputadas e deputados que estão no parlamento a defender-nos, a defender as nossas ideias e as propostas que são úteis para a nossa vida. Esse é o voto mais útil de todos”, defendeu ainda.
Lusa
A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, apelou à participação eleitoral para garantir um “novo ciclo político com estabilidade” que responda às preocupações dos portugueses.
Em declarações aos jornalistas depois de ter votado na Escola Básica de Telheiras, em Lisboa, Inês de Sousa Real apelou ao voto de forma a que os portugueses “escolham as alternativas que querem” e assegurem um “novo ciclo político, com estabilidade e com a garantia” de que o país avança “em prol das preocupações dos portugueses”.
A líder do PAN salientou também a importância de combater a abstenção e assegurar que não ocorrem problemas nestas eleições “como houve em anos anteriores” na contagem de votos dos círculos da Europa e Fora da Europa.
Sousa Real apelou aos eleitores para que “saiam de casa”, alertando que “ninguém vai decidir por eles” e enfatizando que “esta é uma oportunidade única para poderem dar mais voz àquilo que acreditam”.
“Sabemos que temos já três ciclos eleitorais muito curtos, que não cumpriram aquilo que é o seu inteiro mandato e, por isso mesmo, as pessoas, apesar disso, não devem desistir de participar, muito pelo contrário, a democracia conta com todos e cada um de nós”, acrescentou.
Lusa
O presidente do Chega, André Ventura, apelou aos portugueses que votem nestas eleições, alertando que está em causa a “saúde da democracia”.
“Hoje não é sobre a minha saúde. É a saúde da democracia que está em causa. Acho que todos devem votar, independentemente do que seja, não deixem é que os outros escolham por vocês. Façam a vossa escolha, saiam de casa, escolham o futuro do país, independentemente do que seja, independentemente de quem seja. Hoje está nas nossas mãos", apelou.
André Ventura falava aos jornalistas depois de votar numa escola na freguesia do Parque das Nações, em Lisboa, onde reside.
O líder do Chega disse sentir-se melhor, depois de dois episódios de saúde durante a campanha eleitoral que o levaram a ser assistido no hospital.
Lusa
O ex-Presidente da República Cavaco Silva defendeu este domingo que votar é um dever face à situação que se vive no mundo e que Portugal precisa de estabilidade para resolver “graves problemas”, exigindo competência a todos os governantes.
“Cabe hoje aos eleitores decidir em consciência quem consideram mais capaz para liderar o governo de Portugal. Faço votos para que os portugueses em geral não deixem de cumprir o seu direito de votar”, afirmou Cavaco Silva.
O ex-Presidente da República disse ainda que na situação internacional “muito complexa, muito incerta, muito exigente aos governantes”, votar “não é apenas um direito, é um dever” e por isso, espera que uma “grande maioria” vote hoje.
Cavaco Silva falava aos jornalistas à saída da Escola Josefa D’Óbidos, em Lisboa, depois de “cumprir o dever” de votar, pelas 12:00, e adiantou que vai acompanhar os resultados eleitorais em casa, em família.
“Portugal precisa de estabilidade. Eu não vejo, por muito que tenho analisado e estudado, como poderá resolver os graves problemas que tem à sua frente sem estabilidade política”, considerou.
Lusa
O vídeo publicado (e posteriormente apagado) por Miguel Albuquerque, neste domingo, com apelo ao voto na AD continua a provocar reações de choque. Ao DN, fonte do PSD-Madeira - um "conhecido social-democrata" - diz que lhe "custa acreditar que ninguém se tenha lembrado da lei, pois não se tratam de ignorantes".
Mais, sublinha, "se a intenção era afrontar o sistema, então não fazia sentido, depois de todo o processo de elaboração do vídeo, apagar uma hora depois". Em coerência, "mantinham", diz – o que não aconteceu.
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Cerca de 25,56% dos eleitores inscritos nas eleições legislativas de hoje votaram até às 12:00, segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI).
Esta percentagem é superior à das últimas legislativas, realizadas em 10 de março de 2024, quando a afluência média às urnas à mesma hora se estimava em 25,21%% dos eleitores.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) alertou hoje que "os votos para serem considerados válidos só podem conter a cruz no quadrado a seguir ao símbolo da candidatura em que o eleitor pretende votar".
Num comunicado divulgado sobre o preenchimento do boletim de voto, a CNE precisa que "o boletim de voto que contenha outros elementos - por exemplo, em que tenha sido assinalado mais do que um quadrado, em que tenha sido feito qualquer corte, desenho ou rasura ou em que tenha sido escrita qualquer palavra, - é considerado nulo".
Este esclarecimento surge depois de "terem chegado ao conhecimento da Comissão a divulgação de informações incorretas sobre o preenchimento do boletim de voto", esclarece a CNE.
A abstenção registada até às 16h00 foi de 48,28% dos eleitores, um número superior ao das eleições anteriores -- em 2024, à mesma hora, tinha-se registado 51,96% de participação.
Fica assim a perspetiva desta poder ser uma eleição com uma participação histórica, mantendo-se esta tendência até às 19h00, hora de fecho das urnas em Portugal Continental.
Ainda assim, este valor de participação é superior ao das eleições legislativas de 2022, à mesma hora, as que deram a maioria absoluta a António Costa.
A partir das 20:00, quatro sondagens à boca das urnas começam a ser divulgadas. Assim como no ano passado, as empresas autorizadas pela Comissão Nacional das Eleições (CNE) são: - Universidade Católica Portuguesa – CESOP
- Pitagórica – Investigação e Estudos de Mercado S.A.
- Intercampus - Recolha, Tratamento e Distribuição de Informação, S.A.
- GfK Metris - Métodos de Recolha e Investigação Social, S.A.
As equipas estão desde cedo nas principais mesas de votação por todo o país. A lista completa pode ser conferida aqui.
Marcelo Rebelo de Sousa apelou este domingo aos portugueses para que votem. "Quem puder, ainda são cinco da tarde, tem uma hora e meia, duas horas para votar. E eu insisto muito em que as pessoas que possam votar e queiram votar não percam a oportunidade", declarou à RTP por volta das 17:00, quando saiu a pé do Palácio de Belém, afirmando ainda que quer convocar os partidos com assento parlamentar já esta segunda-feira.
A cerca de 10 minutos de serem conhecidos os números da abstenção, alguns nomes do PS já se encontram no hotel Altis, habitual quartel-general socialista em eleições.
O primeiro a fazê-lo foi Duarte Cordeiro, que chegou sem prestar declarações, tal como Pedro Delgado Alves (cabeça de lista por Coimbra) e António Mendonça Mendes (cabeça de lista por Setúbal).
Pedro Costa, filho do ex-primeiro ministro António Costa, também já está no Altis.
Pedro Nuno Santos cheguou por volta das 19h.
A abstenção das eleições deste domingo será um pouco mais baixa do que no ano passado, segundo a SIC Notícias, que projeta uma falta de comparência dps eleitores entre os 34,7 e os 39,7%.
Nas legislativas anteriores, em 2024, o número definitivo apurado foi de 40,16%.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, já está no Altis.
À chegada, não quis comentar os números da abstenção. E ainda que não haja, para já, quaisquer projeções, o discurso do líder socialista pode indicar um resultado algo desfavorável ao PS.
Com ar algo carregado, Pedro Nuno Santos recordou que "o ano passado" os resultados "à boca das urnas foram diferentes dos reais" e não se alongou em mais comentários, remetendo-os para mais tarde.
O ambiente no quartel-general do PS está calmo e sem quaisquer euforias, com alguns dirigentes socialistas já no local e outros a chegarem a conta-gotas.
Assista as declarações:
Rui Rocha, líder da IL, já está na concentração do partido, acompanhado dos principais nomes do partido. São esperadas duas reações, uma sobre a taxa de abstenção e outra logo após as primeiras sondagens.
O deputado do Chega Rui Paulo Sousa mostrou-se este domingo esperançoso de que "se consiga ultrapassar o valor da abstenção" e explicou que para o partido "é sempre uma preocupação os portugueses votarem" e cumprirem "o seu dever cívico e o seu direito".
Confrontado com os mais recentes dados da abstenção, que apontam que deve situar-se entre os 37% e os 39%, Rui Paulo Sousa diz sentir "que a política é cada vez mais importante para" a vida dos portugueses.
Ainda assim, o deputado do Chega assumiu que, "obviamente o ideal era conseguir que todos os cidadãos votassem".
"Se continuarmos com esta tendência dos últimos anos", de a abstenção decrescer, e ficar nos "20 e tal porcento", é algo "dignifica a classe política", considerou o deputado.
"Sem dúvida que demonstra que os portugueses estão cada vez mais empenhados" na política, disse Rui Paulo Sousa nas primeira declarações a partir da sede de campanha do Chega.
O líder do PSD, Luís Montenegro, recusou fazer quaisquer tipo de comentários no momento em que chegou ao hotel lisboeta onde decorre a noite eleitoral da Coligação PSD/CDS.
“Falarei mais logo, como sabem”, disse Montenegro, que chegou ao hotel acompanhado pela família e rapidamente se encaminhou para o elevador de acesso ao andar onde ficará a acompanhar o apuramento dos votos.
Luís Montenegro disse apenas que ainda não tem nenhum discurso preparado e, sobre os indícios de aumento da abstenção em relação às últimas legislativas, respondeu que “ainda não sei se aumentou”.
Numa primeira reação à abstenção, Pedro Vaz, membro do secretariado nacional do PS, começou por agradecer "a todos os portugueses que participaram nas eleições", recordando que os eleitores são o "cerne da democracia".
No entanto, estando as urnas ainda abertas nos Açores, o dirigente socialista disse "aguardar com tranquilidade" os resultados eleitorais deste domingo. "Confiamos no discernimento e no voto destes eleitores", concluiu.
RTP aponta para um valor entre os 36% e 42%; SIC, para uma margem entre 34,7% e 39,7%; e CMTV/Now diz que ficará nos 45,7%.
Com valores projetados entre 36% e 42%, no caso da RTP e 41,5% a 47,7%, no caso da CNN, é possível que a abstenção deste ano fique acima de 2024, que resultou em 40,16%.
A SIC, como noticiámos, projetou este valor entre 34,7% a 39,7%, sendo o único canal que garante uma abstenção abaixo do ano passado.
Projeção da SIC dá à AD uma votação entre os 30,3% e os 34,7%. PS ficará entre os 21,7& e os 25,8%. O Chega nesta projeção está entre os 19,9% e os 24,1%.
A sondagem da Pitagórica para a CNN Portugal/TVI indica que a AD ganha até 100 deputados, num total de 35,1%. O Chega ultrapassa ligeiramente o PS com 25,5% e 70 deputados, encostado no PS, cuja projeção é do mesmo número de eleitos e 25,4% dos votos.
A mesma sondagem da Pitagóricas indica que a IL se mantém como a quarta força política do Parlamento, com até 14 deputados. O Livre pode crescer até 10 deputados, enquanto a CDU pode ter até 5 cadeiras, assim como igualmente o BE. A previsão para o PAN é de até dois deputados.
A projeção da abstenção é de até 47,7%.
Em 2024, AD obteve 28,84%, PS 28% e Chega 18,07%.
A projeção da RTP/Católica dá à AD valores entre os 29% a 34% (85 a 96 deputados), ao PS uma margem entre 21% a 26% (52 a 63 deputados), CH fica na fasquia entre os 20% a 24% (50 a 61 deputados), IL terá valores entre os 4% a 7% (6 a 12 deputados), o Livre entre os 3% a 6% (4 a 10 deputados), CDU entre 2% a 4% (entre 2 a 4 deputados), BE entre 1% a 3% (1 a 3 deputados), PAN 1% a 2% (0 e 1 deputados), JPP 0% a 1% (1 deputado)
Se o ambiente já não era de festa, pior ficou após serem conhecidas as primeiras projeções.
Os primeiros resultados projetados pelas televisões indicam que o PS pode nem sequer ser a segunda força política.
O ambiente no hotel Altis, em Lisboa, é de consternação e de silêncio absoluto, numa sala onde não há qualquer dirigente socialista.
O eurodeputado do Chega António Tânger Corrêa disse que, a ser "verdade [as projecções] , é muito bom e revela que o Chega está em ascensão", o que significa, defendeu que o Chega tem "uma palavra a dizer sobre a condução da política em Portugal".
Questionado sobre se Montenegro deve deixar cair o "não é não" ao Chega, Tânger Corrêa diz que sempre foi "contra cordões sanitários".
"Nós somos vítimas do mesmo cordão sanitário em Bruxelas e consideramos isso totalmente antidemocráctico e mais tarde ou mais cedo vai cair também", afirmou, justificando esta posição com um "medo da ascensão do Chega", que diz que os outros países sentem, passando.se o mesmo com os Patriotas pela Europa.
"É uma questão de poder", conclui o eurodeputado do Chega.
António Leitão Amaro, do PSD, é o primeiro deputado eleito nas legislativas de hoje, com 38,90% dos votos, quando estavam apurados os resultados provisórios em 1.353 das 3.092 freguesias, segundo a Lusa.
O PS é o segundo partido mais votado com 23,40% às 20:09, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério de Administração Interna - Administração Eleitoral.
Nesta página encontra os resultados atualizados em tempo real pelo Ministério da Administração Interna.
As primeiras reações no Chega são de entusiasmo na sede de campanha. No momento em que estão apurados 47,75% dos votos. O Chega, com 22,72% aproxima-se dos 23,33% do PS.
A primeira reação aos votos apurados até ao momento apontam para um "resultado histórico", sustentou o secretário-geral do Chega Pedro Pinto.
Depois de agradecer a "militantes, simpatizantes, mandatários" e todas as pessoas que "lutaram para que este ato eleitoral fosse possível", Pedro Pinto revelou a disputa do momento: "Não sabemos se vamos ficar em segundo ou em terceiro lugar. O que sabemos é que os sistema já está a tremer."
Enquanto as várias pessoas presentes na sede de campanha do partido gritavam "Chega, Chega, Chega", Pedro Pinto aludiu às pessoas, como comentadores políticos, que "diziam mal" do partido.
Agora, completou o líder parlamentar do Chega, foi quebrado "o bipartidarismo em Portugal".
"O Chega é essencial para uma maioria de Governo", afirmou, ainda que tenha pedido para refrear os ânimos.
Apesar de afirmar que os primeiros resultados são históricos, Pedro Pinto pediu que não se entrasse em "euforias".
"Mas o sistema já tremeu", garantiu, enquanto assegurava que "os portugueses reconheceram" o trabalho do partido "durante um ano", feito por 50 deputados.
"A AD também vai ter de refletir sobre o resultado do Chega", atirou.
O DN registou momento em que as primeiras projeções foram assistidas na sede da coligação AD.
O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, comentou as projeções divulgadas pelos canais televisivos, todas unânimes na liderança destacada da AD - Coligação PSD/CDS, como permitindo dizer de forma segura que “o país reforçou a confiança no Governo e no chefe do Governo, Luís Montenegro”.
Hugo Soares, que no momento em que subiu ao palanque do quartel-general da AD, localizado num hotel lisboeta, já tinha sido eleito enquanto cabeça de lista da coligação pelo círculo de Braga, disse que a AD “saiu reforçadíssima deste ato eleitoral”, apesar de ressalvar que o PSD e o CDS “aguardam o veredicto” da contagem dos votos.
Tendo o cuidado de não se referir ao Chega, ao contrário do que fez com o PS, Hugo Soares disse que as projeções revelam uma diferença da AD em relação aos adversários que “parece bastante substantiva”.
“Os portugueses tiveram a firme convicção de avaliar o Governo de forma positiva, reforçar a confiança e escolher a AD para continuar a governar os destinos de Portugal”, disse.
“O Chega matou hoje o bipartidarismo em Portugal”, disse André Ventura, o líder do Chega, à chegada à sede de campanha do partido, numa unidade hoteleira em Lisboa.
De acordo com as várias projeções à boca das urnas divulgadas após o fecho da votação, o Chega está a disputar, de muito perto, o segundo lugar com o Partido Socialista. Com 76% dos votos apurados, o Chega está mesmo à frente do PS, com 23,61% contra os 22,90% dos socialistas.
Ventura agradeceu aos portugueses pelo resultado, dizendo que não foi o seu partido que ganhou, mas sim “o país”.
Sérgio Sousa Pinto, deputado que se excluiu das listas de deputados da direção de Pedro Nuno Santos, afirma que a confirmação das projeções significa um “desastre de proporções históricas para o PS, que obrigará a tomar decisões rápidas”.
Em declarações à CNN Portugal, Sérgio Sousa Pinto diz que com este cenário “é o futuro do PS que está em causa”. E, sustenta, que "é difícil imaginar pior".
Agora, defende, o PS “vai ter que, com coragem e verdade, encarar as razões desta tragédia”.
Às nove da noite, Évora é o único dos cinco círculos eleitorais abaixo do Tejo em que o Chega não está a liderar. Nesse círculo Alentejo o PS mantém a liderança, com 28,51%, contra 25,42% do Chega e 23,23% da AD.
Em Faro, onde o Chega venceu nas legislativas de 2024, o partido de André Ventura seguia com 33,21%, contra 26,41% da AD e 23,23% do PS, pelo que os socialistas poderiam perder um dos três deputados para o Chega.
Mais chocante para o PS será Setúbal, onde o Chega seguia com 27,92%, o PS tinha 23,82% e a AD estava com 21,29%.
O partido de André Ventura também liderava em Portalegre, com 30,14%, seguindo-se o PS, com 27,91%, e a AD, com 27,18%, com a coligação em condições de disputar o segundo deputado do círculo com os socialistas.
Em Beja, onde o Chega trocou de cabeça de lista, tendo agora Rui Cristina, a votação era de 28,25%, contra 27,37% do PS e 18,76% da AD.
Com mais de 85% das urnas, apenas a AD, o Chega e o PS elegeram deputados. A IL está na quarta posição, mas ainda sem eleitos. Nenhum partido à esquerda do PS elegeu um candidato até agora. O Livre está em quinto lugar, na sequência o Bloco de Esquerda o ADN.
Os três deputados deste círculo eleitoral, no entanto, ficaram divididos por Chega, AD e PS
Os três deputados deste círculo ficam divididos por Chega, AD e PS
Chega e PS ficaram aqui, cada um, com um deputado.
Às 21:38, a Iniciativa Liberal (IL) ainda não possui nenhum deputado eleito. Até agora, o partido soma 4,47% e mais de 158 mil votos. No círculo de Lisboa, onde elegeu três deputados na última legislatura, a maior parte das urnas ainda não foi apurada.
AD vence na Madeira e elege os mesmos três deputados das últimas eleições. Chega elege um (fica igual), PS elege um (tinha dois) e o pela primeira vez o JPP entra na Assembleia da República, ao eleger um deputado.
A Comissão Nacional das Eleições (CNE) recebeu 17 mensagens via WhatsApp este domingo de eleições, informou porta-voz da CNE ao DN.
Destas, 1 foi relativa e as demais 16 relativas a conteúdos desinformativos. O canal de denúncias resulta de uma parceria com Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), através do Laboratório de Investigação MediaLab.
O protocolo também prevê a monitorização das redes sociais dos candidatos e candidaturas - Facebook, Instagram, X, TikTok e YouTube, identificação e avaliação de conteúdos desinformativos, com base no trabalho dos fact-checkers nacionais credenciados pela International Fact-Checking Network e análise do impacto das intervenções de líderes de opinião nas redes sociais.
A coligação liderada por Montenegro elegeu quatro deputados, o Chega consegue três e o PS desce para os dois eleitos.
Cada um elege um deputado
Com 93% das urnas apuradas, a Iniciativa Liberal (IL) elegeu o primeiro deputado. Foi o líder Rui Rocha, eleito pelo círculo eleitoral de Braga. Assim, o deputado repete um segundo mandato para a Assembleia da República.
Poucos minutos depois, foi a vez do segundo eleito: Carlos Guimarães Pinto, cabeça de lista do Porto.
Recorda-se que na última legislatura o partido teve oito deputados.
A AD elege dois deputados, o PS caiu para um e o Chega manteve o seu único eleito.
A AD elegeu quatro deputados (tinha três), PS passa de quatro para três deputados e o Chega mantém os dois eleitos.
A IL acaba de eleger mais um parlamentar. Mariana Leitão, cabeça de lista por Lisboa, é a terceira cadeira garantida do partido na Assembleia da República. Mariana, como líder da lista lisboeta, ocupa o lugar deixado por Bernardo Blanco, que optou por não integrar as listas da IL nestas eleições.
CDU que ainda não elegeu tem quase 138 mil votos e o BE quase 92 mil.
Com um cartaz escrito à mão dizendo "Nem mais um governo a comprometer o nosso futuro", cinco autoproclamados ativistas climáticos tentaram esta noite um protesto frente ao hotel que está a servir de sede à campanha da AD.
Por estarem a impedir o acesso fácil das outras pessoas ao local, a ação obrigou a intervenção de um dos agentes da PSP presentes no local, tendo sido detidos.
Segundo disseram membros deste grupo ao nosso jornalista no local, dois deles serão menores.
Vem do Porto o quarto deputado da Iniciativa Liberal: Miguel Rangel, o número dois da lista na Invicta e secretário-geral do partido. O eleito ocupa o lugar de Ana Patrícia Costa Gilvaz, que decidiu não concorrer neste pleito.
Assista a análise:
Desde as 19h30, quando Pedro Vaz reagiu aos números da abstenção, que não houve mais declarações na sede de campanha socialista.
Dentro da sala Londres, onde se acompanha a noite eleitoral, a consternação e o silêncio imperam, e a plateia, sem rostos conhecidos, aguarda com expectativa o desfecho desta noite.
E mesmo à porta do hotel lisboeta, o clima é de consternação. De deputados ou dirigentes do PS, não há sinal. Apenas quatro jovens militantes da Juventude Socialista conversam entre si. Um deles segura numa bandeira, enrolada, sem qualquer sinal de otimismo no rosto.
Com o andamento da apuração das urnas em Lisboa, a IL elegeu mais um deputado. Rodrigo Saraiva, o número dois da lista lisboeta, é o quinto eleito pelo partido. Os liberais seguem com expetativa de alcançar mais parlamentares.
Foi às 22h40 que a CDU teve a primeira e a segunda vitória praticamente ao mesmo tempo. Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP e cabeça de lista por Lisboa foi o primeiro eleito. Minutos depois, confirmou-se que Paula Santos, número um por Setúbal, também foi eleita. O partido está em sexto lugar, com 2,97% do total e 163.716 votos.
Com a certeza de que "agora já há direita" em Portugal, o deputado do Chega Diogo Pacheco de Amorim destaca que o partido liderado por André Ventura já cumpriu o objetivo "fundamental" de quebrar "este sistema de alternância que se arrasta há 47 anos", classificando-o como "mortal".
"É mortal para o país, porque não traz desenvolvimento, como está provado", argumentou, porque "limitam-se a dar continuidade a políticas permanentes, não querem arriscar, não querem perder votos em eleições".
"Era um sistema que estava estabilizado de uma forma doentia nessa alternância", defende, afirmando que "era fundamental quebrar isto, pelo menos para que se sintam", porque "dois partidos em alternância não têm nenhuma motivação para ser diferentes, para fazer melhor".
"Estes resultados, se se confirmarem, reforçam o peso do PSD, mas está longe de uma maioria absoluta. Mesmo com a famosa IL, está longe de uma maioria absoluta", lembra ao DN o deputado do Chega, expondo aquilo que entende como as única opções de Luís Montenegro: "Ou faz uma coligação com o PS, ou faz uma coligação com o Chega ou temos eleições daqui a um ano e três meses. Parece-me óbvio. As mesmas causas não podem dar resultados diferentes. Não funciona."
Em relação ao PS, Pacheco de Amorim diz que o partido de Pedro Nuno Santos vai "entrar em convulsão".
"Obviamente que o Partido Socialista não vai perdoar a Pedro Nuno Santos um resultado destes. Aquilo que eu imagino é que venha um líder mais moderado. José Luís Carneiro, provavelmente. Aí, pode ser que a AD se queira entender com esse novo Partido Socialista", aponta, apesar de também encontrar um problema nesta solução: "Então, temos um bloco central que ainda é pior do que a alternância."
"O bloco central é um pântano. Depois, os portugueses dirão o que entendem sobre isso, reforçando ou não o Chega numas próximas eleições. Nós estamos aqui não é para amanhã, estamos aqui a longo prazo. Crescemos muito depressa, mas também não temos pressa", prometeu.
Em relação a Montenegro, Pacheco de Amorim avisa que, se quiser "governar sozinho, vamos estar aqui [em eleições] daqui a um ano e três meses. Acho que faz muito mal, se o quiser fazer", conclui.
Depois de Jorge Pinto ter sido eleito pelo círculo eleitoral do Porto, seguiu-se o líder o Livre a assumir o mandato por Lisboa.
Rui Tavares afirmou esta tarde, à chegada ao Teatro Thalia, em Lisboa, estar "sereno e de consciência muito tranquila" com a campanha eleitoral, reiterando ainda a preocupação com os constrangimentos nas votações doe emigrantes.
"Aquilo que nos inquietou foi ver relatos de dificuldades a votar por parte dos nossos emigrantes, temos que resolver isto", reforçou.
Foi com “humildade e frontalidade” que a coordenadora do BE admitiu a “grande derrota” que o partido sofreu. Com o pior resultado de sempre, Mariana Mortágua assumiu os maus resultados das votações destas eleições legislativas, momentos antes de ela própria ter sido eleita para o Parlamento, por Lisboa.
“É importante assumir essa derrota com humildade e frontalidade”, disse esta noite às dezenas de militantes e apoiantes que estão na Casa do Alentejo, em Lisboa. A líder bloquista, que deverá ser a única deputada eleita, garantiu que este desfecho irá permitir ao BE fazer “uma reflexão” para construir o “amanhã”.
“Sabíamos que ia ser uma campanha difícil, a campanha das nossas vidas”, começou por dizer, apontando que a “viragem à direita no mundo e na Europa é avassaladora”. “Leva muito mais do que votos e deputados, leva esperança e arrasta a ideologia do medo e do ódio”.
Mortágua relembrou que a estratégia passou por “trazer toda a história” do partido para a linha da frente e que durante as últimas semanas o BE mobilizou “muita gente”. “Mas são tempos difíceis e não escolhemos o tempo”, justificou. No curto discurso deixou ainda uma “nota de esperança no futuro” . “Temos muito trabalho pela frente para enfrentar a extrema direita”, concluiu.
Congratulando-se com o facto de "manter o número de deputados" que obtiveram nas eleições de 2024, o líder da CDU, Paulo Raimundo afirmou ter feito uma campanha contra vários "interesses" e "forças reacionárias" que lutaram contra o seu programa, pelo que considerou que, no resultado final -- três eleitos -- é positivo.
Todas as freguesias apuradas. PS e Chega empatam com 58 deputados.
AD soma aos 86 eleitos no Continente os três eleitos na Madeira.
Têm ainda assento parlamentar 9 deputados da Iniciativa Liberal (ganha um deputado em relação à eleição anterior), 6 deputados do Livre (ganha 2), o PCP (menos um deputado), o BE, agora apenas com um deputado (perde quatro), o PAN (mantém o deputado único) e estreia-se o JPP (deputado único, eleito pelo círculo da Madeira).
O presidente do CDS, Nuno Melo, disse que o aumento da vantagem da AD sobre o PS nestas eleições legislativas “é um sinal de que os portugueses esperam dos socialistas sentido de responsabilidade”.
Numa primeira reação da liderança da AD - Coligação PSD/CDS aos resultados, que ainda estão dependentes dos círculos da emigração, tendo agora 89 deputados, Nuno Melo deixou implícito que o próximo Governo pretende condições de governabilidade do PS, numa conjuntura em que o Chega aumentou o seu grupo parlamentar para pelo menos 58 deputados (tantos quanto os socialistas).
Também não poupou Pedro Nuno Santos, sem o nomear, realçando que o PS “foi fortemente penalizado, sofrendo uma pesada derrota” por ter provocado uma crise política que era “totalmente desnecessária”.
Para o líder do CDS, que falou no quartel-general da AD antes de Luís Montenegro, que espera pelas intervenções de Pedro Nuno Santos e de André Ventura, neste domingo “fez-se justiça à AD, com grande vantagem para Portugal”. Algo que decorre, na sua opinião, por a AD voltar a vencer as eleições, reforçando o resultado do ano passado em percentagem, votos e mandatos, saindo “reforçada a credibilidade” do projeto político que une o PSD e o CDS. E elogiou Luís Montenegro, que continuará a “fazer o que não havia razão nenhuma para ser interrompido”. Numa perspetiva de quatro anos, em vez de 11 meses, é “sentido de missão e um grande espírito reformista”.
“A todos os que votaram em nós, saberemos representar-vos, nunca sentirão senão orgulho e nunca se arrependerão do vosso voto”. A promessa de Rui Tavares ficou feita numa noite em que o Livre contrariou o cenário de derrota à esquerda.
O líder do partido, que foi um dos vencedores destas legislativas, assumiu o quadro pouco favorável. “Não nos conformarmos. Não é normal ter um país no qual a direita se radicalizou e que está num crescendo muito grande e em que esquerda esteja a decrescer”, indicou.
Neste sentido, Rui Tavares, um dos seis deputados eleitos pelo Livre, prometeu que irá dinamizar um movimento nas eleições autárquicas que irá apresentar “o máximo de listas progressistas que disputarão no terreno com a direita radicalizada”.
“Não esqueceremos nenhuma povoação do nosso país”, assegurou. “Portugal pode ser mais do que isto e o que construímos nestes 50 anos do 25 de abril ainda tem muito para dar”, rematou.
Líder socialista admitiu esta noite que "são tempos duros e difíceis para o PS". Garantindo que os socialistas fizeram "tudo o que estava ao alcance" para as vencer, admitiu a derrota e que se demite, com efeitos imediatos, da liderança do Partido Socialista.
"A mim, não cabe ser o suporte deste governo e penso que esse papel também não deve caber ao Partido Socialista", acrescentou.
“Nós não provocámos estas eleições mas queríamos vencê-las. O povo português falou com clareza e nós, como sempre fizemos ao longo da nossa história, respeitamos o povo português, que Luis Montenegro saiba honrar a confiança que os portugueses lhe deram nestas eleições”.
Foram algumas das primeiras palavras que um Pedro Nuno Santos visivelmente emocionado dirigiu aos apoiantes que ainda estavam no Hotel Altis, à espera que o ainda líder do Partido Socialista se lhes dirigisse para que, juntos, pudessem digerir a pesada derrota que sofreram esta noite.
“São tempos duros e difíceis para a esquerda e para o PS e por isso valorizo ainda mais cada voto, cada apoio que conseguimos ter ao longo destas semanas, com a particpação de um partido que estava unido a acompanhar”, referiu ainda Pedro Nuno Santos, que viu, sob a sua liderança, o PS perder 20 deputados entre as eleições de 11 de março do ano passado e as deste domingo, 18 de maio.
Mas não saiu sem deixar um recado para o líder que lhe sucederá: “A mim não me cabe o papel de ser suporte desse governo e creio que esse papel também não deve caber ao PS. E as razões curtas são, tal como dissemos durante a campanha: Luís Montenegro não tem a idoneidade necessária para o cargo de primeiro-ministro e as eleições não alteraram essa realidade; Luís Montenegro lidera um governo que falhou a vários níveis no último ano; O PSD apresentou um programa que vai contra os principios e os valores do PS. Estas são, na minha opinião, mais do que razões suficientes para o que o PS não suporte um governo liderado por Luís Montenegro", afirmou.
Para o ainda líder socialista, "a extrema-direita cresceu, cresceu muito, tornou-se mais violenta...e nós sentimos ao longo desta campanha a agressividade, a violência e a mentira da extrema-direita, que infelizmente cresceu. E a extrema-direita deve ser combatida sem complacência, com coragem e com firmeza. Combater a extrema-direita e as suas ideias, esteja no poder ou a influenciar quem está no poder”.
Pedro Nuno Santos afirmou-se ainda orgulhoso do partido que liderou e do trabalho de todos os que o rodearam, ao longo do último ano e meio, fizeram. “Acho que honrei a história do partido”.
“Assumo as minhas responsabilidades como líder do PS. Vou por isso pedir eleições internas à Comissão Nacional – teremos comício nacional no próximo sábado – às quais não serei candidato", garantiu.
Pedro Nuno Santos terminou citando Mário Soares: “Só é vencido quem desiste de lutar”. "E eu não desistirei de lutar, garantiu.
"Esta é uma noite de vitória também nossa", afirma o líder do Chega, que inicia o discurso com críticas às empresas de sondagens que, na sua opinião, tentaram "manipular a opinião pública" no sentido de privilegiar os dois partidos do centro.
Em consequência, André Ventura considerou que "é hora de as agencias de sondagens retirem consequências dos seus atos em Portugal, para que o futuro fique menos condicionado".
Lembrando que as eleições legislativas não se fazem apenas em Portugal Continental, Açores e Madeira, Ventura acrescentou: "Com as informações que temos dos círculos da Europa e de fora da Europa acho que podemos informar o país algo que nunca aconteceu desde 1974: o Chega tornou-se o segundo maior partido", prosseguiu André Ventura.
E repetiu uma ideia dita à entrada da sede de campanha: "Acabou o bipartidarismo em Portugal".
"O Chega não venceu estas eleições. Ainda não vencemos. Mas fizemos história", prosseguiu o líder do Chega, prometendo: "Nada ficará como dantes em Portugal, a partir da noite de hoje."
Ventura garante que "não [venceu] contra ninguém". "Nem vamos atrás de ninguém. Vencemos pelos portugueses e é por eles que aqui estamos", disse. "Fomos atacados, ofendidos, excluidos. Tivemos o resultado que tivemos hoje porque o país saiu de casa. Em distritos em que se dizia: ‘são de esquerda e nunca deixariam de ser’… Varremo-los do mapa." E deu o exemplo de Setúbal, distrito em que o Chega saiu vencedor.
Num discurso de vitória, Ventura fez questão de dizer que "o Chega venceu o partido de Mário Soares, venceu o partido de António Guterres". Além disso, continuou, "O Chega matou o partido de Álvaro Cunhal. E varreu do mapa o Bloco de Esquerda cá com uma pinta…"
O líder do PSD reafirma que não fará acordos de governação com o Chega e que espera sentido de responsabilidade dos restantes partidos para garantir a legislatura.
"Já mostrámos que cumprimos a nossa palavra", disse Montenegro, fazendo questão de dizer que espera agora sentido de responsabilidade das oposições para que "tirem ilações dos resultados que obtiveram".
"Não queremos violentar as alternativas políticas. A única coisa que queremos é que nos deixem governar ou, como temos dito de forma mais simples durante a campanha, que nos deixem trabalhar", disse ainda. "Se nos deixarem trabalhar ninguém fica mal."