Ventura afirma que "é o fim do sistema que temos"
Foi ao som de cânticos projetados por jovens do Chega que André Ventura chegou à sede de campanha do partido, em Lisboa.
"Ventura chegou, o sistema abalou. Luís vai lá trabalhar para o Ventura governar", diziam enquanto davam as boas-vindas ao líder do Chega.
A primeira palavra que Ventura quis dizer foi "obrigado".
"Obrigado por não terem desistido, por terem acreditado que era possível quebrar 50 anos de sistema político", completou, enquanto classificava o resultado que o Chega teve até ao momento, colocando o partido à frente do PS.
"Aparentemente é um grande resultado, aparentemente é um resultado histórico. O Chega matou hoje o bipartidarismo em Portugal", acrescentou, frisando que este resultado sublinha aquilo que sempre disse que iria fazer.
"Vamos aguardar", respondeu, depois de ser questionado se manteria o não é não a Luís Montenegro.
"É uma grande vitória para o Chega, mas, como digo, temos de esperar para confirmar se esta vitória se confirma ou não. Tudo indica que, quer a nível nacional, quer a nível internacional, já o estão a dizer, que é o fim do sistema que temos, de forma como organizámos o sistema desde o 25 de Abril", considerou Ventura, antes de explicar que esta vitória não é sua mas do país.
"É uma vitória do país, que conseguiu, segundo tudo indica, desamarrar-se de 50 anos de tudo isto", acrescentou, sem entrar em pormenores sobre o que significa "tudo isto".
"Em relação ao governo que se vai formar e àquilo que temos de formar, compreendam que eu vim da missa agora, não olhei para nenhum resultado a não ser as vossas próprias projeções", disse Ventura aos jornalistas.
Insistindo que Portugal se libertou "de amarras de 50 anos sempre iguais em que não era possível haver alternância", o líder do Chega destacou o facto de agora "haver um partido que quebra em resultado, em votos, os dois grandes partidos da governação".
"Só pode significar uma coisa: O Chega é hoje a alternativa à governação", afirmou, antes de prometer que o Chega vai "lutar para que haja um governo digno em Portugal".