José Luís Carneiro, secretário-geral do PS, rejeitou esta quarta-feira, 3 de dezembro, que tenha pedido favores ao antigo ministro do Ambiente, Matos Fernandes, referindo que apenas recomendou o perfil de uma pessoa para desempenhar determinadas funções.“Recomendar o perfil de pessoas para desempenhar funções para quem está na vida pública, na vida cívica, na vida política, fá-lo, não todos os dias, mas com muita regularidade. Eu era, na altura, secretário-geral adjunto do PS e, portanto, era uma prática muito regular no desempenho de funções, ou seja, recomendar perfis de pessoas para desempenhar funções”, disse José Luís Carneiro.Com o título “As cunhas de José Luís Carneiro e Manuel Pizarro”, a revista Sábado revela esta quarta-feira escutas realizadas no âmbito da Operação Influencer e numa das quais é descrito que José Luís Carneiro terá pedido emprego ao então ministro do Ambiente, Matos Fernandes, para o ex-deputado e ex-autarca de Aljustrel, Nelson Brito, a 20 de outubro de 2021. Nessa comunicação, o atual secretário-geral do PS dizia que a preferência para o emprego era a “sul do Tejo”. Ao qual Matos Fernandes respondeu: “Não me esqueci. Nas águas não há nada na administração das empresas a sul do Tejo.” Ainda assim, o então ministro prometeu telefonar ao interessado.Questionado sobre se pediu um favor, o secretário-geral do PS respondeu: “Não, com certeza que não”.Quanto a ter sido escutado, o líder dos socialistas, que foi confrontado com esta notícia no Hospital de São João, no Porto, onde foi visitar o Presidente da República internado após ter sido operado a uma hérnia, desvalorizou: “Não sabia, mas também não vejo qualquer gravidade especial nisso.”A revista Sábado refere que foram intercetadas perto de 50 chamadas telefónicas de António Costa, quando era primeiro-ministro, sendo que foram ainda escutadas mais de 20 pessoas. .Operação Influencer: Marcelo diz que escutas não validadas com Costa devem ser “lição” para o futuro.Operação Influencer: José Luís Carneiro exige “cabais esclarecimentos” do PGR sobre escutas de Costa